Vocês já notaram que muitos jornalistas, especialmente os da TV - os quais podemos observar a expressão corporal - quando fazem matéria com "desgraçados em geral", sempre se compadecem e comentam que é importante o ESTADO assumir a responsabilidade financeira pela criatura?
Então...
- Nunca informam ao telespectador que os serviços assistenciais (prefeitura, ONGs) tentaram, inúmeras vezes, levar o "drogado" pra algum abrigo... que a criatura sempre recusou... quando o fazem, acrescentam sempre de forma muito enfática, que é um direito do cidadão continuar desabrigado e desassistido, se essa é sua vontade;
- Não fazem matéria sobre os outros cidadãos que residem nas proximidades ou mantém comércio em cujas calçadas e marquises esses mesmos "desgraçados em geral" se amontoam, copulam, usam drogas, fazem necessidades físicas, dormem, sujam, depredam... e em muitos casos, agridem essas pessoas que querem vê-los longe do seu estabelecimento ou moradia e até mesmo transeuntes que por ali circulam;
- Em outros casos, como por exemplo no Bolsa Família, acham lindo mostrar para a grande maioria da população que trabalha e luta pela sobrevivência, como o feliz agraciado pela mixaria do Governo faz, pra fazer render aqueles míseros tostões, uma aula de economia e finanças domésticas com o intuito de, pelo que parece, mostrar as vantagens de não buscar suas próprias oportunidades mas sim viver (?) as custas do Estado;
- Algumas emissoras chegam a criar programas especialmente voltados para a exploração dessas mazelas, mostrando todo tipo de "dependente" do Estado, das ONGs, da bondade alheia; como por exemplo as pessoas caridosas que se juntam pra fornecer comida aos "desgraçados em geral" nas ruas, nos templos, nas instalações públicas e privadas.
Que lindo! Pessoas que querem um lugar no "céu" doam seu tempo e algum bem pra alimentar os que tem fome.
Você também acha isso tudo muito lindo?
Eu não tenho este sentimento por essa gente! Pra falar bem a verdade, acho que é isso que não permite o turn over da criatura e a manutenção, a permanência deles nessa "vida" improdutiva.
- Em que telejornal você já viu uma matéria sobre o cara que sai de casa as 4 da manhã em São Paulo pra "curtir" horas de ônibus/trem lotado e engarrafado até chegar no trabalho e/ou ser despedido porque o trem quebrou e ele teve que fazer o trajeto à pé e atrasou 5 minutos?
Matéria ensinando o cara a recuperar seu emprego por injusto ele pagar passagem e não ter o serviço executado, além das consequências. Não há!
- Qual programa de TV ensina o trabalhador a cobrar das autoridades um transporte decente ou indica uma ONG que aciona juridicamente uma empresa pública de transporte coletivo porque ela não cumpre com o fim a que se destina?
- Que matéria jornalística você lembra onde tenha aprendido como fazer pra recuperar os impostos pagos e não recebidos em serviços do Estado, razão maior da vida em sociedade organizada?
Blá-Blá-Blá tem bastante! Soluções? Não há!
Basta uma autoridade ser processada para o telejornal convocar um "especialista" em direito, que vai esclarecer quais são os passos que a defesa do político pode seguir para conseguir se safar do enrosco: embargos infringentes, declaratórios e o escambau.
Assumem "um lado" e declaram alguém herói porque este é o lado do "povo", o que o "povo" quer: a condenação ou absolvição!
E a autoridade será herói ou vilão, de acordo com a linha partidária do veículo de comunicação.
Hoje temos um herói máximo no Brasil e um vilão, ou dois ou três... Alguns são magistrados, todos estão envolvidos numa mesma ação penal.
Uma mídia é livre, a outra é livre como um táxi! Uma vive de publicidade da iniciativa privada, outra é privada de opinião própria e divulga somente aquilo que interessa ao partido que governa naquele momento da vida pública do país. Pra disfarçar, a publicidade é de empresa estatal!
Para esta mídia... se você trabalha... gera renda pra ter a vida que bem entende... paga impostos, não sonega... você é o vilão!
Você está errado... você é o responsável... você não pode dizer isso que é politicamente incorreto, não pode deixar de fazer aquilo senão você é alienado... não pode ter essa opinião porque senão é reacionário... não pode, não deve... tem que!
Tem até que fingir que a cor da sua pele é um pouco mais escura que as dos demais, fingir que é pobre, fingir que não teve oportunidade só pra conseguir uma vaga pra fazer faculdade.
Não ouse estudar e ser instruído, educado e competente!
Mas se você é o contrário disso tudo, você é o queridinho da mídia, do governo, dos partidários do governo, dos militantes dos partidários do governo e pode até, se for servidor público concursado, nomeado ou eleito, ficar com parte dos impostos dos outros que os partidários do governo e os militantes dos partidários e até a mídia vão ficar todos do seu lado e defender você. Desde que você não diga aos quatro ventos que é isso ou aquilo de um deles. Numa hora dessas, é melhor fingir que nem os conhece: não sabe, não viu e não escutou nada! Entendeu?
Vivemos num tempo em que não ser é melhor que ser: não ser culto é não ter tido oportunidade... não trabalhar e passar o dia invadindo propriedades, protestando, é ser engajado; o que é cult... consequentemente não é um reaça abominável...
Não estudar e fazer ocupação de reitoria enquanto transa com a colega de classe e fuma maconha é 'rito de passagem' pra ser um "ser político" comprometido com a causa... desta forma, não é levado em conta que esta criatura está ocupando a vaga de alguém que mereceria estar estudando gratuitamente em universidade pública, mas que está trabalhando feito louco pra pagar sua faculdade privada. Isso? Nunca!
E se você tem twitter, tumblr ou facebook... cuidado! Se disser o que pensa e o que pensa não é o que seus "followers" defendem, você vai levar é muito "unfollow" e terminar o dia sem nenhum amigo na rede social.
Mas nada disso vai mudar o fato de que quem paga imposto é quem financia tudo que o governo gasta, mesmo que isso se volte contra você porque ninguém quer saber o que você pensa!
Só que você pague... e não atrase!
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