segunda-feira, 27 de junho de 2016

Operação Custo Brasil

Entenda o caminho do dinheiro, segundo o Ministério Público e a Polícia Federal: 

1. O Ministério do Planejamento firmou um “acordo de cooperação técnica” com duas entidades privadas, a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) e o Sindicato Nacional das Entidades Abertas de Previdência Complementar (Sinapp), com o objetivo de organizar e monitorar os empréstimos consignados para os servidores públicos; 

2. Sinapp e ABBC contrataram a Consist. Segundo a polícia, a Consist foi escolhida por influência política de Paulo Bernardo e outros servidores; 

3. A Consist organizou o sistema de controle dos consignados e, a cada pagamento feito pelos servidores, cobrava uma taxa. Parte dessa arrecadação foi repassada a Paulo Bernardo e ao PT por meio de interpostos, segundo a investigação; 

4. Quanto “dinheiro público” foi para o ex-ministro? A rigor, zero. O dinheiro saía direto do contracheque dos servidores para a suposta quadrilha. Sem contratação direta, o esquema criminoso ficava à margem de auditorias como as da CGU e do TCU. 

 “O esquema teria funcionado entre 2010 e 2015 de forma bastante complexa e por meio de parceria. Cada uma das parcerias seria responsável por mover engrenagens no poder público ou político, para que o contrato da Consist no âmbito do Acordo de Cooperação Técnica entre o Ministério do Planejamento e a ABBC e o Sinapp fosse firmado e mantido”, escreveu o juiz Paulo Bueno de Azevedo, autor da decisão que autorizou a operação Custo Brasil.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Vocês estão rindo do que, mesmo?

Daqui eu até posso ver a carinha de satisfação de vocês com a prisão do Paulo Bernardo e sua quadrilha de lezar velhinhos e aposentados; da saída da Grã-Betranha do bloco europeu e com isso diminuir a importância dos seus vizinhos 'çocialistas' espanhóis, franceses e gregos que só SUGAM e em nada contribuem para o povo inglês. Por isso a imprensa está em polvorosa!
- Ah! E agora? Quem vai financiar os coitadinhos dos imigrantes do norte da África e Oriente Médio?
- Ah! Logo agora que conquistamos a prefeitura de Londres e poderíamos dominar a ilha...
- Ah! Como vamos trazer de volta o partido Trabalhista ao poder? Já perdemos o PT no Brasil...

Mas o sorriso largo estampado nas carinhas felizes de vocês é porque o Senado Federal, comandado por aquele 'patriota' alagoano, voltou ao original no caso da lei desfigurada pela Câmara - comandada por aquele imbecil maranhense - impedindo que políticos indiquem dirigentes das empresas estatais...
Falem a verdade! É por isso, não é? E por isso que estão rindo a toa...

Tirem o sorriso do rosto...
Esses nossos políticos não fazem nada sem uma segunda, terceira, quarta e até uma quinta intenção.
Lá no meio da lei, por volta do inciso X do artigo 29, uma nova regrinha dispensa de licitações as concessionárias do serviço público.
O dispositivo, que mais se parece com um detonador de bomba, diz que empresas públicas e sociedades de economia mista podem dispensar de licitação para contratar concessionárias de energia elétrica ou gás natural "e de outras prestadoras de serviço público"...
Pronto! Cagou!

Agora, qualquer concessionária de serviço público - telecomunicações, água, administração de portos, sei lá... mesmo que o mercado competitivo seja melhor, não precisa passar por concorrência pública. Na Lei de Licitações, inciso XXII do artigo 24, já há a dispensa de licitação para contratação de concessionárias de eletricidade e gás, "segundo as normas da legislação específica". Eles só AMPLIARAAAAAAAAAM um tantinho, não é mesmo?

E não é por falta de direcionamento. Uma pesquisa no site do Senado encontra 80% de opinião favorável da obrigatoriedade de licitação em TODAS as compras das estatais. Já 97% declararam ser favoráveis as regras MAIS transparentes para as empresas públicas. Sem contar que o artigo 175 da Constituição, do livrinho aquele, diz que o Estado deve prestar serviços públicos, direta ou indiretamente, SEMPRE através de licitação.

Vejo que aquele sorrisinho sumiu dos rostinhos de vocês... uma pena!
Mas isso serve pra lembrar que não podemos afrouxar um minuto sequer, ou eles nos engolem.
Dia 31 de Julho vamos voltar as ruas, exigir a saída do PT deste desGoverno maldito que nos arrasou durante 13 anos, exigir a saída imediata desses cretinos todos que já foram citados em delações e que sejam investigados com PRIORIDADE sobre qualquer outra ação. Exigir que os partidos políticos envolvidos na roubalheira generalizada sejam EXTINTOS. O Brasil tem pressa!

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Jornalecos

O Jornal O Globo, assim como a Folha de S.Paulo, está a cada dia pior...
É uma DISTORÇÃO da importância do fato que chega a dar nojo.

A Polícia Federal deflagrou nesta manhã de quinta-feira (23), a operação CUSTO BRASIL, que é um desdobramento da 18ª fase da Lava Jato. Pra variar, ministros dos desGovernos Lula e 'Diuma' montaram esquemas de corrupção, roubando dos aposentados e pensionistas para fazer campanha e se perpetuar no poder. De lambuja, também aumentavam o patrimônio pessoal que 'ninguém é de ferro'. Tem marido de senadora, tem ministro 'mui amigo' da governanta, tem secretário da prefeitura de S.Paulo, tem até pseudo jornalista que faz do seu blog um reduto de transformar mentiras em verdades mal contadas a favor do PT.

A PF, como faz sempre em dias de operação, publicou uma foto do seu grupo de operações especiais, descendo de um caminhão e fortemente armados.
Foi o que bastou para o O Globo, em vez de se concentrar na operação, contar aos brasileiros o que os que estão sendo presos fizeram, segundo o MPF; fazer as relações entre a Organização Criminosa com Registro Partidário - conhecida pela alcunha de PT - e o intricado sistema de corrupção montado pelo partido e seus líderes, repercutir que é o terceiro tesoureiro do partido que é preso em 10 anos... Não!
Foi questionar a PF sobre esta foto publicada no twitter, como se os CRIMINOSOS fossem os agentes da Polícia Federal.

Só dando com um gato morto na cabeça desses 'jornalistas' LIVRES COMO UM TAXI.

PS: Quem quiser ver a foto e ler a matéria 'esclarecedora' e 'inquisidora', siga aqui!

terça-feira, 14 de junho de 2016

1235 Dias.

Nos sonhos dos políticos que têm contas a ajustar com a lei, há sempre um Supremo Tribunal Federal receptivo aos embargos auriculares. Nesses devaneios, os encrencados dizem com incômoda frequência que conversam com ministros do Supremo. Como se alguns desses ministros, sentados à mão direita de Deus, fossem simpáticos à ideia de firmar um “pacto” para “estancar essa sangria”.
Nas pegadas da divulgação do áudio das conversas vadias do delator Sérgio Machado com os morubixabas do PMDB, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, soltou uma nota oficial sobre o tema. Nela, escreveu:
“Faz parte da natureza do Poder Judiciário ser aberto e democrático. Magistrados, entre eles os ministros da Suprema Corte, são obrigados, por dever funcional, a ouvir os diversos atores da sociedade que diariamente acorrem aos fóruns e tribunais.''
Lewandowski anotou também que “tal prática não traz nenhum prejuízo à imparcialidade e equidistância dos fatos que os juízes mantêm quando proferem seus votos e decisões, comprometidos que estão com o estrito cumprimento da Constituição e das leis do país''.
Admitindo-se que não há razões para duvidar da sinceridade de Lewandowski, o ministro renderia homenagens à sensatez se explicasse aos brasileiros por que o tribunal que preside não consegue julgar um processo que traz na capa o nome de Renan Calheiros.
Trata-se daquela denúncia em que a Procuradoria-Geral da República acusa o presidente do Senado de usar dinheiro da empreiteira Mendes Júnior para pagar pensão a uma filha que teve fora do casamento. O Supremo precisa dizer se aceita a denúncia, o que converteria Renan em réu.
A plateia espera por uma resposta há 3 anos, 4 meses e 3 semanas. Repetindo: a Procuradoria protocolou a denúncia contra Renan no Supremo há 1.235 dias. E nada. Originalmente, o relator do processo era Lewandowski. Sentou em cima dos autos por um ano e sete meses.
Em setembro de 2014, Lewandowski assumiu a presidência do Supremo, deixando para trás cerca de 1.400 processos que aguardavam deliberação em seu gabinete. Entre eles o de Renan. O caso deveria ter migrado para a mesa de Joaquim Barbosa. Mas o relator do mensalão aposentou-se.
Dilma demorou a providenciar a substituição. Só em junho de 2015 tomou posse o substituto de Barbosa: Luiz Fachin. Ele herdou o processo contra Renan. Há quatro meses, em fevereiro passado, Fachin pediu a Lewandowski que incluísse a encrenca na pauta do plenário do STF.
Dias depois, entretanto, o mesmo Fachin requisitou os autos de volta ao seu gabinete. Os advogados de Renan alegaram que havia uma “falha processual”. Chamada a se manifestar, a Procuradoria negou a existência de falhas e devolveu os autos no mesmo dia, encarecendo que fosse marcado o julgamento. E nada.
No mês passado, Fachin acionou novamente a Procuradoria. Alegou que faltam documentos ao processo. O Ministério Público pediu que o julgamento fosse marcado com urgência. Renan foi acusado de três crimes: peculato (uso do cargo público para desviar dinheiro), falsidade ideológica e uso de documento falso. Se condenado, poderia pegar até 23 anos de cadeia. Mas o último delito já prescreveu. E nada.
Beneficiário da demora, Renan continua presidindo o Senado como se nada tivesse sido descoberto sobre ele. Já está metido noutro escândalo, o petrolão. É protagonista de uma dúzia de inquéritos no Supremo, dos quais nove referem-se à Lava Jato.
A delação de Sérgio Machado deve resultar em nova denúncia contra Renan. E nada de uma manifestação do Supremo sobre o caso da empreiteira que bancava a pensão da filha do senador. O STF revela-se capaz de tudo, menos de incomodar Renan Calheiros. Para o senador, o Supremo é um Judiciário muito distante, uma Justiça lá longe.
Josias de Souza

sábado, 11 de junho de 2016

Idiotia Jornalística

É cada vez mais difícil entender quais são os pré-requistos para se tornar um colunista da velha imprensa do Bananão.
Quando você acha que já viu de tudo, o colunista de O GLOBO Arnaldo Bloch, o ultra-esquerdista que é também sobrinho-neto de Adolpho Bloch, fundador do grupo de comunicação dono da extinta TV Manchete, lança a seguinte pérola: Freixo, Molon e Jandira, que representam a esquerda mais radical da política carioca, seriam "liberais no sentido clássico".
Sim, queridos, os pré-candidatos a prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Freixo (PSOL), a representando do Partido Comunista do Brasil Jandira Feghali e o petista até outro dia, Alessandro Molon, atual membro da REDE, uma linha auxiliar do PT, são "liberais clássicos" para o colunista que tem meia-página em O GLOBO todo sábado.
Você tem todo direito de pensar o que quiser sobre política, mas chamar de liberal clássico os representantes da extrema-esquerda da política da sua cidade não é opinião, é desonestidade intelectual, ignorância ou ambos.
O que há de "liberal clássico" no programa do PSOL ou do Partido Comunista do Brasil? Alguém poderia me mostrar por favor? Desde quando o "liberalismo clássico" é representado por idéias de controle estatal em cada aspecto da sua vida e a imposição de uma agenda de engenharia social que negue tudo que a população brasileira acredita em termos de moralidade, ordem social e princípios para impor o socialismo?
O mesmo jornal que cortou a coluna de Rodrigo Constantino (e cortou há anos a do Olavo de Carvalho) dá espaço para alguém que faz esse tipo de afirmação, sabe-se lá o motivo. Goste você ou não do que escreve o Rodrigo, você consegue imaginar ele cometendo um erro desta magnitude? É o fim da picada.
Depois os jornais dizem que estão "em crise", quando o que está morrendo é a velha imprensa e suas panelinhas, seus espaços preenchidos por qualquer tipo que passe pelo filtro da cota ideológica.

Alexandre Borges

quinta-feira, 2 de junho de 2016

MEU DOADOR MINHA VIDA

Pelo menos 5 ministros do governo Michel Temer serão responsáveis por contratos de empresas que doaram para suas campanhas eleitorais. As empresas têm contratos com os ministérios agora chefiados pelos políticos.
São eles os ministros Maurício Quintella Lessa (Transportes), Raul Jungmann(Defesa), Mendonça Filho (Educação), Helder Barbalho, (Integração Nacional) eBruno Araújo (Cidades).
Nas Cidades, os contratos são do Minha Casa, Minha Vida, supervisionados pelo Ministério e custeados pela Caixa Econômica Federal.
Todos os dados utilizados nesta reportagem são públicos e podem ser conferidos por meio do Portal da Transparência (gastos dos ministérios) e do Sistema de Prestação de Contas Eleitorais de 2014 (para as doações de campanha).
TRANSPORTES
No Ministério dos Transportes, 3 empreiteiras doaram em 2014 ao então candidato a deputado federal Maurício Quintella Lessa (PR-AL). Em entrevista ao Blog, Quintella elencou como prioridade de sua gestão a duplicação do trecho da BR 101 que liga Alagoas a Pernambuco. A obra é tocada pela OAS, que doou R$ 350 mil à campanha dele, por meio da direção nacional do PR.
No total, a OAS e as empreiteiras Barbosa Mello e Sanches Tripoloni despejaram R$ 600 mil na campanha de Quintella. O dinheiro irrigou as contas do candidato via Direção Nacional do PR. Em 2016, as 3 empresas já receberam R$ 145,14 milhões em contratos com a Valec e o Dnit, subordinados aos Transportes.
Embora possa existir no momento algum conflito de interesses, não há irregularidade nas situações envolvendo Quintella e os demais políticos. As doações e os contratos foram feitos antes de os então candidatos tornarem-se ministros.
INTEGRAÇÃO NACIONAL
O atual titular da pasta, Helder Barbalho, recebeu R$ 530 mil da Queiroz Galvão em 2014. Naquele ano, ele concorreu ao cargo de governador do Pará. Perdeu a disputa. A doação foi feita para a Direção Nacional do PMDB. Hoje, Helder comanda o ministério responsável pela transposição do rio São Francisco, um dos principais projetos da construtora.
Só neste ano a Queiroz Galvão já recebeu R$ 21,14 milhões para tocar as obras do megaprojeto hídrico.
Ao longo da semana passada, Helder teve encontros com representantes das empresas responsáveis pela transposição. O ministro anunciou que ampliará os recursos para o projeto, de R$ 150 milhões mensais para R$ 215 milhões, em média. A obra é prioritária para o governo de Michel Temer e o objetivo é que parte dela seja entregue até dezembro deste ano.
DEFESA
Raul Jungmann (PPS-PE) é hoje o titular da Defesa. Em 2016, a Odebrecht já recebeu R$ 278 milhões para tocar o programa de desenvolvimento do submarino nuclear brasileiro. A pasta também possui contratos menores com outras 8 subsidiárias da empreiteira.
Em 2014, a Odebrecht doou R$ 384 mil à campanha de Jungmann à Câmara, uma parte diretamente e outra por meio da direção estadual do PPS.
CIDADES
Bruno Araújo (PSDB-PE), hoje ministro das Cidades, recebeu R$ 710 mil de 4 empreiteiras para sua campanha à Câmara em 2014. São elas: Odebrecht (R$ 130 mil), Queiroz Galvão (R$ 80 mil), Ética Construtora (R$ 300 mil) e Sanches Tripoloni (R$ 200 mil).
Com exceção da Ética Construtora, as demais participam ou participaram de contratos do Minha Casa Minha Vida, programa de moradias populares subsidiadas pelo governo federal.
As construtoras não mantêm contratos diretos com o Ministério das Cidades, mas a pasta é responsável pela supervisão e pela gestão do programa. Os pagamentos são feitos pela Caixa Econômica Federal.
EDUCAÇÃOO atual titular do ministério é o deputado federal Mendonça Filho (DEM-PE). Em 2014, ele recebeu R$ 100 mil do frigorífico JBS para sua campanha à Câmara. Só neste ano, a empresa ganhou R$ 123 mil em um contrato com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), ligada ao MEC.
O QUE DIZEM OS 'OUTROS LADOS':Todos os ministérios e políticos citados na reportagem foram procurados pelo Blog.
A assessoria do Ministério dos Transportes informou que as doações feitas por empresas eram legalmente permitidas na época da campanha do deputado Maurício Quintella e que suas contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.
A assessoria do Ministério das Cidades disse por telefone que as doações aos então candidatos a deputado foram feitas dentro da lei e são anteriores à posse de Araújo como ministro.
As assessorias do MEC, do Ministério da Integração Nacional e do Ministério da Defesa enviaram notas. Eis as íntegras:
Ministério da Integração: 
1) O contrato do Ministério da Integração Nacional com a Construtora Queiroz Galvão foi fechado em 27/9/2013 e prevê a execução das obras civis e eletromecânicas complementares da Meta 3N do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco. O valor é de R$ 612,255 milhões com vigência até 30 de outubro de 2016.
2) Na época de sua contratação, Helder Barbalho nem havia sido referendado como candidato do PMDB ao governo do Estado do Pará.
3) Além disso, Helder Barbalho só é nomeado ministro de Estado, primeiramente da Pesca e Aquicultura e depois de Portos em 2015. Sua posse no Ministério da Integração Nacional só ocorre em abril de 2016.
4) Importante ressaltar ainda que todas as doações foram feitas respeitando a legislação eleitoral. Foram devidamente registradas e as contas foram integralmente aprovadas pela Justiça Eleitoral. Todas as informações são públicas e estão disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral.
Ministério da Defesa:
É importante ressaltar que os contratos do Ministério da Defesa com a Construtora Norberto Odebrechet S.A. foram firmados em data anterior a posse de Raul Jungmann como ministro da Defesa. Por isso, é incorreto associar qualquer informação de campanha aos contratos com a Pasta.
No que tange os questionamentos sobre contratos, os pagamentos efetuados pela Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN), da Marinha do Brasil, à Construtora Norberto Odebrechet S.A. referem-se à implantação de estaleiro e base naval para construção e manutenção de submarinos convencionais e nucleares, dentro do contexto do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub).
Com relação às despesas realizadas pela Capitania Fluvial do Araguaia-Tocantins (CFAT) e pelo Centro de Intendência da Marinha em Rio Grande (CeIMRG), as mesmas referem-se a contas mensais de água e esgoto daquelas Organizações Militares (OM) e das OM por elas apoiadas, cujos pagamentos foram efetuados, respectivamente, às concessionárias “Companhia de Saneamento do Tocantins – Odebrecht Ambiental Saneatins” e “Odebrecht Ambiental Uruguaiana”, as quais integram o Grupo “Odebrecht Ambiental”.
De mesma forma, os valores especificados para o 4º Batalhão de Engenharia de Construção (R$ 7.316,93); para o 22º Batalhão de Infantaria (R$ 15 mil); para o 22º Grupo de Artilharia de Campo Autopropulsado (R$ 1,5 mil); para o 8º Regimento de Cavalaria Mecanizado (R$ 1 mil); para a 2ª Brigada de Cavalaria Mecanizada (R$ 8,6 mil); para o 41º Batalhão de Infantaria Motorizada (R$ 19 mil), referem-se a pagamentos de concessionárias de água e esgoto. Como dito anteriormente, as Organizações Militares realizaram esses pagamentos em virtude das concessionárias pertencerem ao Grupo Odebrecht.
Ministério da Educação:A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) possui autonomia administrativa, financeira e pedagógica, garantida pela Constituição Federal. Dessa forma, tem autonomia para firmar contratos nesse montante, independentemente de autorização do MEC.  Assim, sugerimos contato com a instituição, uma vez que cabe à própria UFSCar fornecer as informações sobre seus contratos.
Fernando Rodrigues

quarta-feira, 1 de junho de 2016

PAREM O CONGRESSO

O grande problema dos economistas do governo não é fazer planos. Isso Henrique Meirelles e sua equipe fazem em cima do joelho. A questão é convencer o Congresso e a máquina do Estado da importância do equilíbrio entre receita e despesa. O conceito de que não é possível gastar mais do que se ganha é difícil para pessoas que tratam a verba pública como dinheiro grátis.
Agora mesmo, informa o repórter Leonel Rocha, o Congresso se equipa para aprovar, até agosto, um pacote de reajustes salariais para os servidores do Legislativo, do Executivo e do Judiciário. Os percentuais vão variar no elástico intervalo entre 10,7% e 55%.
Considerando-se que o governo acaba de aprovar no Congresso uma meta fiscal que consiste numa cratera de R$ 170,5 bilhões, a concessão de reajustes generalizados é uma temeridade. Vai ser difícil para Meirelles usar a analogia que equipara o governo a uma família.
Há na praça 11,4 milhões de desempregados. Tem família ameaçada de perder a casa e o carro. Sem dinheiro para encher a geladeira, muitas famílias recorrem ao agiota. Ou ao cheque especial, que é a mesma coisa. Ou ao rotativo do cartão de crédito, que é ainda pior.
O conselho dos economistas para essas famílias é não gastar mais do que ganham. E retirar as crianças da sala na hora que os parlamentares forem votar os reajustes de até 55% para o funcionalismo. Seria uma crueldade permitir que as crianças descobrissem tão cedo que o Brasil continuará endividado até a raiz dos cabelos delas.

Josias de Souza