quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Visão Global

Segundo a empresa de consultoria Bain&Company, oito tendências econômicas irão acrescentar US$ 27 trilhões ao PIB global até 2020. A média de crescimento estimada é de 3,6% ao ano. Chama a atenção a inclusão de 1,3 bilhão de pessoas à classe média, sendo que dois terços virão da China e da Índia. Veja o resumo, em trilhões de dólares:
- Nova classe média global: US$ 10
- Consumo de produtos inovadores: US$ 5
- Gastos com saúde: US$ 4
- Demanda por "commodities": US$ 3
- Desenvolvimento da força de trabalho: US$ 2
- Investimento em Infraestrutura: US$ 1
- Gastos com segurança: US$ 1
- Investimentos em inovação tecnológica: US$ 1.

No Brasil, este governo incompetente e centralizador, que se mete no que não sabe fazer e quer ter o controle do que não sabe controlar, continua fazendo as empresas perderem dinheiro, o que poderia estar sendo aplicado em inovação tecnológica, geração de empregos, crescimento...

Matéria na VEJA desta semana dá conta de que:

As intervenções feitas pelo governo federal em alguns setores da economia, em nome do aumento da competitividade, já custaram 61,6 bilhões de reais para as empresas. A cifra corresponde ao valor de mercado perdido pelos setores elétrico, bancário e de telecomunicações na bolsa.
Para especialistas, as incertezas geradas pelas mudanças de regras afugentam investimentos e prejudicam o ambiente de negócios no país. Para o governo, no entanto, essas medidas podem dar uma nova cara à economia brasileira.
Desde o início do ano, as ações das empresas do setor elétrico caíram, em média, 24%. A queda foi de 21,4% nas telecomunicações e de 9,8% nos bancos, revela estudo feito por Sérgio Lazzarini, professor do Insper, e pela assistente de pesquisa Camila Bravo Caldeira. No mesmo período, o índice Ibovespa teve uma queda de apenas 0,8%.
"As relações entre estado e empresas mudaram no governo Dilma", diz Lazzarini, autor do livroCapitalismo de Laços. "Em vez de movimentações de bastidores por meio do BNDES e dos fundos de pensão, como ocorria nos governos Lula e FHC, as intervenções são explícitas e ocorrem por meio de mudanças nas leis ou da utilização das estatais para forçar a concorrência."
Para o governo, as medidas eram necessárias. "O governo compreendeu que chegara o momento de fazer com que a eletricidade deixasse de ser um entrave para a competitividade das empresas brasileiras", escreveu o ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmerman.
Para o presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, "a finalidade é justa, mas a maneira como foi conduzida gera insegurança". No início do mês, o governo detalhou seu plano para renovar as concessões para as geradoras, sob a condição de que aceitem patamares de preço inferiores. Se aceitarem as condições,  a receita de 81 usinas pode despencar até 70%. A maior prejudicada foi a própria Eletrobrás. "Recebi ligações de investidores externos que queriam saber se o Brasil tinha virado uma Argentina", diz Gabriel Laera, analista do Banco Espírito Santo.


No setor de telecomunicações, a Agência Nacional de Telecomunicação decidiu que as grandes operadoras (TIM, Vivo, Claro e Oi) terão de compartilhar, a um custo duas vezes e meia menor, redes e infraestrutura com empresas menores, como Nextel, Sercomtel e CTBC.
"Com o plano, as donas da rede terão de renunciar a uma receita que têm hoje. Conclusão: as margens terão de encolher", diz uma fonte. Mas, para o especialista Guilherme Ieno, a Anatel está forçando a abertura das redes de acesso e favorecendo a entrada de novos competidores. "As operadoras estavam muito acomodadas."
Voltei: A expectativa é que o governo divulgue, ainda em novembro, planos com pacotes para investimentos em portos, aeroportos e também ferrovias e rodovias. Tudo na esteira das tais "concessões", que é como os socialistas chamam as privatizações com manutenção do controle estatal.
Todo mundo sabe que o estado é ineficiente, principalmente na gestão. Já disseram: se for dado ao governo um deserto pra administar, em cinco anos falta areia!

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