“Passei a vida vendo a banda passar.É o que todo repórter deve fazer”.
Foi o que disse o jornalista Joel Silveira, considerado "o melhor repórter do Brasil" de todos os tempos. Pena que quase nenhum repórter hoje em dia tenha aprendido a lição. Na ânsia de personalizar a matéria, acabam dando seus pitacos na história, em vez de contar a história como ela se apresentou. Querem fazer parte da banda!
O jornal Folha de S.Paulo desde o seu editorial até reportagens destinadas à sua versão na web, todos os 'pontos de vista' estão voltados para o massacre da internação compulsória de viciados em crack, mesmo que ontem não tenha havido nenhum caso. Lendo o jornal, tudo leva a crer que foram internados até os transeuntes que passavam desavisados pela Cracolândia.
É uma ação conjunta do Ministério Público, com a presença de um magistrado e da Defensoria Pública, em conjunto com as secretarias assistencialistas do Governo de São Paulo. Mas os tontos seguem pedindo 'políticas públicas' para o problema. Liberdade de ir e vir e fazer o que quiser, exige um padre e dezenas de outros responsáveis por ONGs que 'cuidam' dos viciados. Nunca vi, reunidos num espaço tão pequeno, tantos idiotas juntos... isso que não quero ser 'maldoso' e chama-los de aproveitadores. Ou ainda há quem acredite que, no Brasil, ONG não é sinônimo de OBG? Organização Bem Governamental!
Não há um ministério do Governo Federal ou Secretaria Municipal ou Estadual que não forneça dinheiro pra uma ONG neste país! Vá lá que algumas fazem bom uso do dinheiro que recebem. Mas não são 'não governamentais'? É o bastante pra qualquer repórter aceitar ser pautado por uma delas, basta que citem 'números' e 'pesquisas' e lá vai o jornalista atrás da conversa dessa gente. São 'a fonte' de credibilidade irrefutável, os donos da verdade! Afinal, ver a banda passar, observar, apurar e relatar, dá um trabalho danado!
Ainda no Folha de ontem, uma mulher foi tentar resgatar o pai, viciado em crack, pra tentar mais uma internação. O que deveria render uma matéria de 'solidariedade', 'um ato de amor', rendeu uma critica velada ao Governo do Estado e 'um ato de esperteza' da filha. Como o pai estava muito agitado, a filha deu um calmante escondido num copo de suco. Como a moça é de classe média alta, fazer o 'duplo sentido' ficou fácil: 'Filha dopa pai' pra conseguir internação! Entenderam? Virou 'filha do papai', pejorativamente.
No texto as mais absurdas críticas e suposições, indignas para alguém que se diz 'jornalista'.
Também no dia de ontem, o Babalorixá de Banânia reuniu Ministros de Estado e Assessores da Presidência para 'discutir' sabe-se lá o que... o encontro não foi aberto à imprensa. Neste caso, pode-se dizer, uma reunião política contra a presidentA em exercício do cargo. Ou não? Não deveria ser ela quem devesse reunir os ministros e assessores para dizer o que quer que seja feito? Ninguém, nem o Governo no seu Diário Oficial, nem a mídia, veio diante do povo brasileiro e declarou que o ex-presidente agora é o novo Secretário de Relações Institucionais ou mesmo o Ministro da Casa Civil; órgãos que, ao longo dos governos anteriores, vinham cuidando da relação política com os parlamentares e partidos. Semana passada ele já fez isso com o novo prefeito de São Paulo e seus secretários, a diferença é que o 'coxinha' participou, afinal, ele é só o poste que foi fincado pelo ex-presidente, que é quem vai dar a 'luz' que iluminará a todos os paulistanos.
Mesmo de fora do 'seminário' a mídia não deixou de especular que é 'legítimo' que o ex-presidente se apodere dessas funções sem ser convocado pela presidentA, afinal ele é um mito, o descobridor do Brasil em 2003 (antes o país nunca existiu, só para pagar indenizações aos índios, aos quilombolas, aos militantes comunistas que resolveram tomar o país a força contra o regime ditatorial de direita pós 1964). Não importa a quantidade de bandalheiras que tenha realizado, afinal, não há provas (principalmente quando não se quer enxergar o mensalão, o caso do BMG e as cartas aos aposentados, o Rosegate...). Uma ova! Está em curso um golpe contra a presidentA com o objetivo de impedi-la de tentar a reeleição, o Babalorixá de Banânia quer voltar ao Planalto. Mas quer ser 'chamado pelo povo', quer que lhe supliquem, quer ser o 'salvador' do país contra os que querem salvar o país desses petralhas que estão sugando tudo por onde passam. Mas para isso é preciso que os repórteres façam parte da banda, toquem afinados e convençam o povo da necessidade da sua volta e não que nos conte o que viu, quando a banda das denúncias passar.
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