terça-feira, 31 de julho de 2012

DILMA em Londres 2012

Dilma, a presidentA, esteve em Londres. Se valesse medalha, já seríamos os primeiros a ganhar OURO em besteirol, uma modalidade que ela não se cansa de bater recordes.
Leiam o que conta CELSO ARNALDO ARAÚJO:

Dois dias antes da abertura oficial dos Jogos, Dilma já brilhava – favoritíssima – em sua versão particular das Olimpíadas. Ontem, no London Film Museum, participou da primeira prova – o Lançamento de Campanha, modalidade em que os petistas são atletas imbatíveis. Essa, no caso, tem como mote a “Promoção Turística do Brasil no Exterior”, mais conhecida como PT do BE.
Em 2:21, incluindo o alongamento na descida da escada do Aerolula e os push-ups na língua para os “how do you dos” da fila dos cumprimentos no aeroporto de Heathrow, a SuperDilma bateria a marca olímpica, desde 776 a.C, de Nada Sincronizado, o que não constitui surpresa: há mais de dois anos, com afinco e disciplina, ela se prepara para estabelecer recordes sucessivos na modalidade, ao não dizer coisa com coisa e vice-versa, de trás para frente.
A vitória iminente não lhe subiu à cabeça, a exemplo dos neurônios. Logo na largada, fez homenagem a outra superatleta, Hortência Marcari, presente na arquibancada:
Eu queria dizê que, em uma homenagem às Olimpíadas”, iniciou, calando aqueles que temiam que ela homenageasse a Copa de 2014, “esse evento foi apresentado por uma das maiores jogadoras de basquete brasileiro de todos os tempos, a Hortência”, lembrando aos ingleses que só nós praticamos o basquete brasileiro.
Pra nós, é um orgulho trazê aqui uma pessoa com a qualidade esportista da Hortência”.
Em cem anos, centenas de livros terão sido escritos sobre Hortência — mas nenhum conseguirá definir seu talento com a precisão desta cesta de trinta pontos:
– A qualidade esportista da Hortência.
Olímpica conhecedora do esporte brasileiro, Dilma então define, com muita felicidade, nossa vocação nos campos e quadras:
O Brasil é um campeão dos jogos coletivos. A Hortência faz parte desse orgulho que nós temos, dessa trajetória do futebol, no basquete, no vôlei, no handebol”, diz a presidente do país que nunca foi campeão olímpico de futebol, basquete e handebol.
Uma legítima campeã olímpica tem o direito de jogar para a galera e até de avançar no tempo – e sem doping:
Saudamos essas Olimpíadas que são, sem dúvida nenhuma, a melhor Olimpíada realizada até agora”, diz Dilma, talvez deixando escapar o que decorou para dizer lá pelo dia 5 de agosto.
Não. Ela explica, sem perder o prumo:
Nós no mundo temos de fazer sempre, a última Olimpíada tem de ser sempre a melhor Olimpíada de todos os tempos. Eu tenho certeza que aqui em Londres nós vamos vivê esse espetáculo”.
Sim, um espetáculo. Como o convite irresistível de Dilma aos ingleses, dentro do espírito olímpico:
Todos vocês serão muito bem recebidos. E de fato, venham se encontrar no Rio de Janeiro, também venham se encontrar conosco”.
As Olimpíadas 2016 serão, portanto, os Jogos da Amizade. Ela marcha célere para o recorde:
E vamos todos, como disse aqui tanto o ministro Gastão…
Um momento: ministro Gastão? Seria uma espécie de heterônimo ou de apelido válido para todos os ministros envolvidos com os preparativos da Copa 2014 e da Rio 2016? Não, espere. Seria o Gastão que substituiu Pedrinho Novaes no Ministério do Turismo no ano passado? Por onde andou esses meses todos? O que fez? O que deixou de fazer? Quem ouviu falar dele, mesmo remotamente, desde que se tornou ministro do Turismo e antes de ser visto e citado em Londres? Eis aí um recorde mundial de inação. Olímpico, quem sabe.
Bem, Gastão, antes da prova, parece ter dito algo como “celebrar a vida”. Dilma agarra o bastão e vai em frente, perto da linha de chegada:
Porque na verdade uma das grandes celebrações da vida é o esporte”, arrisca ela, sem muita convicção. Mas a vitória já estava assegurada. Dilma já “celebrava a vida”, o que quer que seja isso.
Hoje, já com a medalha de ouro ao peito, Dilma bateria outro recorde – noticiado agora há pouco pelo Blog do Planalto, mas ainda sem o vídeo correspondente. Após as vitórias do Brasil no futebol feminino e masculino, chutou de primeira:
Estamos aqui torcendo para que essa Olimpíada que vai começar, que já começou, que nós, aliás, começamos com o pé direito, muito bem começado, e estamos agora, inclusive, continuando esse começo de vitória".
Os Jogos de Londres já começaram muito bem começados para o Brasil com o recorde de Dilma.
ESTÁ DUVIDANDO? Assista:

domingo, 29 de julho de 2012

Mensalão. Como será a votação?

Faltam poucos dias para o início do julgamento do MENSALÃO. Com base nas informações compiladas pelos jornalistas Raymundo Costa, Maíra Magro e Juliano Basile, no jornal Valor Econômico; acrescentando uma pitada e outra de "observação" dos últimos votos dos ministros do STJ, acredito que serão assim:
Ayres Britto, presidente – Indicado pelo então presidente Lula, ele é visto como um magistrado que costuma levar em conta a opinião pública na hora de votar. "Juiz não é ácaro de gabinete", diverte-se. O mensalão só não prescreveu, e está sendo votado agora, por obra e vontade dele, que até mesmo reuniu seus colegas como forma de pressionar o revisor Ricardo Lewandowski a soltar seu texto e permitir, assim, a marcação da data de início do julgamento. Deve votar pela ABSOLVIÇÃO.
Joaquim Barbosa, relator – Acredita-se que ele deverá proferir seu voto, no melhor estilo de promotor que foi. Primeiro negro na história do STF, acredita no Direito como agente de transformação social. Seu passado no Ministério Público indica uma inclinação maior para a acusação que a defesa. Deve votar pela CONDENAÇÃO.
Ricardo Lewandowski, revisor – Nascido em São Bernardo do Campo, berço político do ex-presidente Lula, que o indicou, Lewandowski sofreu pressões para entregar seu relatório a tempo de o caso ser julgado ainda este ano e não prescrever. Será um dos termômetros do julgamento: se votar por condenações, pode frustrar os que veem nele um magistrado inclinado a acreditar na tese da defesa de que faltam provas para a culpabilidade dos réus. Deve votar pela ABSOLVIÇÃO por falta de provas.
Celso de Mello – Mais antigo da Corte, indicado em 1989 pelo então presidente José Sarney, tem a admiração dos advogados que frequentam o STF, em razão do preparo técnico. Os réus têm nele uma grande esperança de voto contra a condenação. Deve votar pela ABSOLVIÇÃO por falta de provas.
Cármen Lúcia – Admirada pelo ex-presidente do STF Sepúlveda Pertence, ela foi procuradora-geral em Minas Gerais. De hábitos simples e pouco afeita aos holofotes, é mais um voto dado como provável pelos que estão com as cabeças a prêmio. Deve votar pela ABSOLVIÇÃO por falta de provas.
Marco Aurélio Mello – Muitos juristas o veem como o melhor juíz do Brasil, no sentido de circunstanciar com maior embasamento suas decisões. Os autos do processo são, desde sempre, suas referências únicas. Para os que vão ao STF alegando falta de provas para comprovar a existência do que se chama de mensalão, ele deve ser um dos mais sensíveis à tese. Deve votar pela ABSOLVIÇÃO por falta de provas.
José Antonio Dias Toffolli – Ex-integrante de um escritório de advocacia que defendeu o hoje réu José Dirceu, ele já declarou que não se vê impedido de votar. Considerado o juíz mais próximo dos petistas, porém, tem adotado posições surpreendentes e, se antes era tido como voto certo pela absolvição, hoje virou a própria caixinha de surpresas. Deve votar pela ABSOLVIÇÃO por falta de provas.
Gilmar Mendes – Se este votar a favor dos réus, então eles podem festejar. Todas as manifestações do ministro Mendes, em outros casos, indicam que ele é um dos mais indignados frente ao caso do mensalão. Em meados do primeiro semestre, acusou o ex-presidente Lula de tentar influir sobre o seu voto. Se, digamos, os chamados mensaleiros são Fla, ele, ao que parece, é Flu. Ou vice-versa. Deve votar pela CONDENAÇÃO.
Luiz Fux – Magistrado de carreira, considerado eminentemente técnico, seu primeiro voto no STF, após indicação da presidente Dilma Rousseff, foi pela não aplicação imediata da Lei Ficha Limpa, em franca oposição ao que parecia ser a opinião pública. Seu voto é de prognóstico talvez o mais difícil. Deve votar pela CONDENAÇÃO.
Cezar Peluso – Indicado pelo então presidente Lula, teve uma gestão na presidência do Supremo marcada pela exposição pública e polêmicas com colegas. Será um dos últimos a votar, mas se aposenta, compulsoriamente, em setembro. Como o julgamento deverá ultrapassar essa data, dada a complexidade e o volume de envolvidos, pode pedir para antecipar seu posicionamento. Deve votar pela CONDENAÇÃO.
Rosa Weber – Caçula do STF, será a primeira a votar. Indicada pela presidente Dilma, espera-se que ela leve em consideração mais as atunuantes do caso que seus agravantes. Se os réus saírem perdendo de 1 a 0 pelo voto dela, o risco de goleada irá aumentar muito. Mas, ela deve mesmo é votar pela ABSOLVIÇÃO por falta de provas.
O resultado então seria de 7 x 4 em favor dos "mensaleiros". É o que eu estou imaginando.

sábado, 28 de julho de 2012

Alcool, A Praga

É fato que o consumo das drogas em geral cresce em ritmo de Fórmula 1 no Brasil da última década. Mas é o alcool que mais preocupa. Aos médicos! A nós e ao governo? Nadica!
Leia a íntegra publicada em VEJA, aqui.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Estelionato Eleitoral

Neste fim de semana a leitura dos dois principais jornais de São Paulo, dão conta de que o partido que governa o Brasil é muito pior do que eu admitia. E por vezes até afirmei!
Numa reportagem na Folha de São Paulo, pode-se perceber claramente o método "engana eleitor" que o PT implementa nas eleições. Durante as campanhas de Lula e de Dilma, qual a tecla que o PT batia a mais não poder? Privatização, lembram? Chegaram a criar um slogan que dizia: "Dilma é o caminho, Serra é o pedágio!". No governo, o partido revolucionou o dicionário trocando a expressão "privatização" por "concessão".
Agora, tudo pode! Foi assim com os aeroportos, recentemente, uma "concessão" pra lá de mal conduzida e mal elaborada: a Infraero, a estatal da ineficiência e da malversação do dinheiro público, continua como "parte integrante" da empresa "concessionária" na administração aeroportuária. Só para não ficar aqui perdendo tempo com este assunto: Se a empresa concessionária não quiser o funcionário da Infraero por considera-lo, sei lá, incompetente; pra onde vai o tal "servidor"? Pra rua é que não vai! Então, quem continua pagando o seu salário? Entenderam? Não entender aqui nem vem ao caso, o empregado continua funcionário da Infraero e são seus impostos que continuam pagando o salário do rapaz!
Retomando o que eu estava dizendo, o Governo Federal se jogou nos braços das "concessões" e em agosto (dois meses antes das eleições nos municípios) a presidentA Dilma vai lançar um pacotes de privatizações, digo "concessões". Mas qual é o busílis?
É que o PT está em plena campanha para que o partido não seja "ligado" a este acontecimento, que a marca "PT" seja desvinculada das tais "concessões". Não acredita? Leia a reportagem:

PT busca “vacina” para concessões de Dilma a iniciativa privada
Preocupado com o pacote de concessões públicas que o governo Dilma Rousseff pretende lançar em agosto, o PT quer manter distância de qualquer coisa que associe a sigla, o governo ou suas lideranças à pauta “neoliberal”. Em suas bases eleitorais, representantes do partido já operam vacinas contra possíveis ataques políticos relacionados ao assunto concessões ou privatizações. Apesar de o partido pontuar de forma quase coreografada as diferenças entre as “concessões petistas” e as “privatizações tucanas”, há nos bastidores forte preocupação com a exploração eleitoral do conjunto de iniciativas definido pelo Palácio do Planalto para alavancar investimentos.
Alguns setores do PT reconhecem, reservadamente, que o tema concessões arranha o discurso histórico do partido contra a agenda neoliberal. No início deste ano, durante a preparação do leilão de três dos principais aeroportos brasileiros, tucanos acusaram petistas de praticar “estelionato eleitoral”, exigindo um pedido público de desculpas. A reação foi imediata. O PT usou as redes sociais e seus contatos políticos junto a sindicatos e entidades do movimento social para evitar que essas críticas “pegassem” no imaginário popular de sua militância.
Os petistas conhecem bem o potencial eleitoral do tema, explorado à exaustão pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha pela reeleição, em 2006, e depois pela própria Dilma Rousseff na campanha de 2010. Desta vez, porém, o pacote de concessões do governo federal é mais ambicioso, e exigirá um esforço extra para neutralizar o provável desgaste político. Par dar conta do desafio, emissários da sigla já voltaram a procurar seus contatos no mundo sindical. Eles também pedem para que, na medida do possível, o governo federal inclua representantes dos trabalhadores nas negociações em curso.

Ainda nesta mesma Folha, na coluna do Jânio de Freitas, o decano colunista resolveu achar que talvez tenha sido Palocci e não Zé Dirceu quem estava por trás das movimentações financeiras do partido durante o "mensalão". E acusa a Procuradoria Geral da União de ter "cismado" com o Zé (tadinho) quando o Palocci poderia ter sido muito mais "culpado" de algo que, o próprio colunista defende como sendo algo que não existiu de verdade. Que faltam provas... Olha! É de pirar com esses caras-de-pau!
Já no Estadão o assunto é da maior gravidade, embora no passado tenha sido praticado por Lula e todos acharam que era a coisa mais normal do mundo... É o método PT de fazer as safadezas e ninguém achar que está errado, afinal, eles estão fazendo aquilo pelo "bem" do Brasil. Mesmo sendo criminoso...
A matéria é auto explicativa, não cabe nem comentário adicional:

Dilma repete decretos de Lula e libera verbas “restritas” em período eleitoral

A presidente Dilma Rousseff repetiu seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva e editou decretos que permitem investimentos federais em novas obras durante o período eleitoral. Dilma já publicou seis desses decretos. Eles vão beneficiar 855 projetos, entre os quais a ampliação do Anel Rodoviário de Belo Horizonte, onde a presidente aposta alto na eleição do ex-ministro Patrus Ananias (PT) contra o agora adversário Marcio Lacerda (PSB), prefeito e candidato à reeleição.
A possibilidade de transformar por meio de decretos um repasse “voluntário”, proibido no período de eleição, em repasse “obrigatório”, que é liberado, foi dada a partir de medida provisória editada pelo governo Lula – e depois convertida em lei – no ano anterior à campanha municipal de 2008. A justificativa era não prejudicar obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).
A lei eleitoral de 1997 barra os repasses “voluntários” três meses antes da votação a fim de evitar o uso da máquina em benefício de aliados nos Estados e municípios – neste ano ela passou a valer no dia 7. Exceções ocorrem quando a obra já está em andamento ou quando há situação de emergência ou calamidade pública.
Além da ampliação e modernização do Anel Rodoviário de Belo Horizonte, uma antiga promessa dos políticos mineiros, os seis decretos que abrem a brecha na lei eleitoral liberam investimentos em projetos relacionados a saneamento básico, urbanização de favelas e habitação popular. A mudança na classificação das despesas de “voluntárias” para “obrigatórias” também permite repasses de verbas da União mesmo que as prefeituras beneficiárias estejam inadimplentes.

domingo, 22 de julho de 2012

Atletismo e Dança

Você já ouviu falar da australiana de 19 anos Michelle Jenneke?
É bom saber quem ela é... já que não se classificou pra nos brindar com seu show em Londres-2012.
Talvez esteja no Rio de Janeiro em 2016, então até lá... acompanhe!
Veja o aquecimento dela, muito bem humorada e transbordando alegria.
E ainda: ganhou fácil a prova que disputou no Campeonato Mundial Júnior, no domingo passado em Barcelona.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Olimpíadas



Você, eu, todos nós estamos acostumados a "comer com farinha" informações que nos são repassadas pela mídia como sendo verdadeiras, incontestáveis...
Sabemos que, se "fuçar" um pouquinho... pronto, lá se vai a certeza.
Política: quem garante que o escriba não está puxando a brasa pra sua sardinha quando escreve sobre um assunto político? Tá aí o "mensalão", comprovado pelas investigações da Polícia Federal, gente que fez acordo pra se livrar do processo, o presidente da república vindo a público pedir desculpas pelo ocorrido, gente que foi na boca do caixa sacar dinheiro; tudo isso NÃO ACONTECEU?
Esporte: basta um contraditório no lance que a arbitragem marcou ou deixou de marcar pra fazer a galera se exaltar numa transmissão e o que é pior, a gente em casa assistindo tudo com a massacrante visão de trinta e tantas câmeras, desmentindo tudo; e o repórter lá sustentando o inexistente.
Poderia ficar aqui enumerando com milhões de caracteres essas situações. Não é necessário!

Estamos as vésperas das Olimpíadas de Londres e isso trás a pauta reportagens do tipo: qual o legado que as olimpíadas no Brasil vai deixar para o nosso povo? Uma comparação com a de Londres é inevitável, apesar de ser impossível comparar tudo. Metrô, por exemplo: o Rio de Janeiro é uma cidade espremida entre o mar e as montanhas, as linhas de metrô são, por isso mesmo, mais "lineares"; enquanto que em Londres as linhas partem em várias direções. Mas os "experts" da mídia não se tocam e malham o que não tem que malhar, deixando passar o que é preocupante: custo do projeto, tempo de execução, uso da obra como elemento político-partidário.

Outra coisa que ouvi esses dias: "o Brasil não fez um planejamento pra investir em modalidades que possam dar MAIS medalhas, como o ranking é por modalidade não adianta ganhar medalhas com esportes coletivos..." Ãhn?! Quem disse?! Onde está escrito?!
Erradíssimo! O COI - Comitê Olímpico Internacional conta as medalhas entregues: futebol 18 jogadores, 18 medalhas; 100 metros rasos, um atleta, uma medalha.
- Ah! É? E como mostram na TV as medalhas de ouro, prata e bronze, com "peso" e ranking de países e blá-blá-blá...?!

Isso não é reconhecido pelo COI, é uma invenção da mídia americana que o Brasil copia. E ainda copia errado! Servia aos interesses dos americanos divulgar que eles ganhavam a maior quantidade de medalhas de ouro até 2008. Então, quando a China ganhou mais medalhas de ouro depois disso, os americanos passaram a somar tudo (ouro, prata e bronze) e só divulgam assim... É porque assim, eles são os maiores ganhadores de medalhas olímpicas no mundo. A China, claro, adotou o antigo critério americano e agora só divulga daquele jeito: agora eles são os primeiros!

O Brasil, nas últimas Olimpíadas, pelo citério que nossa mídia usa, ficou em 27º lugar numa suposta classificação geral por países, que o COI não reconhece. Reconhecesse, o COI certamente somaria TODAS as medalhas recebidas e o Brasil seria 8º colocado nesta mesma Olimpíada. Nem pra "puxar a brasa" pra nossa sardinha nossa mídia se digna.
Para o COI não há ranking de países, não há nada além de valorizar o atleta em cada modalidade.
O resto é balela! Só que ninguém sabe, nem foi procurar saber...
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CABE AQUI: O tetracampeão da Stock-Car, Cacá Bueno, abriu o verbo, no domingo, quando da última corrida no Autódromo Nelson Piquet, e está coberto de razão. É um crime o que foi feito com o belo circuito do Rio, inicialmente mutilado, para o Pan, e agora exterminado, por conta das  Olimpíadas. Não havia outro grande terreno na cidade capaz de abrigar instalações olímpicas? 
Pior, as que lá foram plantadas em 2007 (a Arena Poliesportiva, o Parque Aquático Maria Lenk e o Velódromo) nem sequer serão utilizadas em 2016! 
Querem demolir até o que foi criado para o ciclismo e construir de novo! Um escárnio. Tudo com o dinheiro público. Tudo para criar mais uma manada de elefantes brancos que custará muitos milhões e, como se comprovou agora, nos escândalos da Fifa, poderá até viabilizar generosas e indecorosas propinas. Uma vergonha!
Transcrito do Blog de Renato Maurício Prado - O Globo

sábado, 14 de julho de 2012

Depois dos 30

Nossos clubes de futebol estão, na minha opinião, com o foco equivocado. O futuro é garimpar e preparar novos NEYMAR, OSCAR, ROMARINHO, ADRYAN, MATTHEUS...
Mas os nossos dirigentes, talvez ávidos por resultados imediatos (sem garantia de ver realizados e com um custo infinitamente maior), estão no mercado buscando ex-craques ou mantendo-os nas equipes, enquanto o pouco que produzem é o contraponto do muito que recebem.
Dá pra fazer duas "seleções", mas eu penso que pra jogar preliminares. Alto rendimento exige, entre outras coisas importantes, uma certa dose de juventude.

TIME A: Dida (Portuguesa, 38 anos); Léo Moura (Flamengo, 33), Índio (Internacional, 37), Juan (*) (ex-Roma, a caminho do Brasil, 33) e Felipe (Vasco, 34); Juninho Pernambucano (Vasco, 37), Deco (Fluminense, 34), Seedorf (Botafogo, 36) e Roberto (Grêmio, 38); Forlan (Internacional, 33) e Loco Abreu (Figueirense, 35). 

TIME B: Rogério Ceni (São Paulo, 39), Paulo Baier (Atlético Paranaense, 37), Fabão (Comercial, 35), Luiz Alberto (Atlético Paranaense, 34) e Kleber (Internacional, 32); Renato (Botafogo, 33), Renato Abreu (Flamengo, 34), Marcos Assunção (Palmeiras, 35) e Ronaldinho Gaúcho (Atlético Mineiro, 32); Deivid (Fla, 32) e Luiz Fabiano (São Paulo, 31). 
E ainda periga aparecer por aqui o Riquelme (ex-Boca, 34), Malouda (Chelsea, 32), o Tcheco (Coritiba, 36 ) que não sabe ainda se pára já ou fim do ano e ser "reintegrado" por algum clube o Roger (ex-Cruzeiro, 33).

Não que eu só enxergue em alguns deles a falta das condições necessárias para defender os clubes que atuam, mas o investimento é desproporcional. Chega a beira da estupidez. O que defendo é a prioridade do investimento para as categorias de base, que na grande maioria dos clubes está com instalações em péssimas condições, com raras excessões. E o que é pior: deixam os "meninos" sem condições de avançar na carreira no seu próprio clube, como é o caso dos garotos do Flamengo, verdadeiros craques sendo impedidos de jogar porque o treinador e os dirigentes querem só os "experientes" ex-craques com mais de trinta.


(*) JUAN é aquele zagueiro revelado pelo Flamengo e da Seleção Brasileira que pode estar vindo para o Internacional de Porto Alegre. Na negociação o clube ofereceu LUCAS, um volante de apenas 18 anos.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Central Única Pró-Mensaleiros?

“Não pode ser um julgamento político. Se isso ocorrer, nós questionaremos, iremos para as ruas”.
A tal ponto chegou o rebaixamento dos costumes políticos neste Brasil contemporâneo, que o futuro presidente da Central Única dos Trabalhadores, o bancário Vagner Freitas, se sentiu no direito de lançar essa advertência pública dirigida a ninguém menos do que a Suprema Corte de Justiça do País.
Em países onde as instituições democráticas têm mais tradição e solidez, uma manifestação desse tipo provocaria algum tipo de escândalo público e uma reação firme das instituições que representam a sociedade civil.
É possível imaginar que o sindicalista tenha sido advertido por algum correligionário mais ilustrado de que estava ultrapassando os limites da petulância e em seguida buscou amenizar o seu discurso com a tentativa de aplicação de panos quentes:
“Não temos dúvida nenhuma de que teremos um julgamento técnico”.
A tradução das ameaças do sindicalista é a mais clara possível: se o STF condenar os ditos mensaleiros, o julgamento terá sido político; se absolver, o julgamento terá sido técnico.
A definição dos critérios do que seja “político” ou “técnico” no caso, será de exclusiva lavra de quem formulou a engenhosa definição. O paradoxo é esse: para evitar aquilo que consideram o perigo de um pré-julgamento, os sindicalistas fazem o seu próprio pré-julgamento.

[Publicado originalmente no @BlogdoNoblat - O Globo]

Sandro Vaia é jornalista. Foi repórter, redator e editor do Jornal da Tarde, diretor de Redação da revista Afinal, diretor de Informação da Agência Estado e diretor de Redação de “O Estado de S.Paulo”. É autor do livro “A Ilha Roubada”, (editora Barcarolla) sobre a blogueira cubana Yoani Sanchez. @sandrovaia

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Dílmon de Rousseff

DÍLMON DE ROUSSEFF: A PARTÍCULA ELEMENTAR DO PENSAMENTO
CELSO ARNALDO ARAÚJO
Só se fala no tal bóson de Higgs – que os cientistas tentam traduzir aos leigos como a única das 61 partículas elementares que faltava ser encontrada para explicar a estrutura daquilo que chamam de “caldeirão primitivo” da criação da matéria e do universo. Foram 45 anos de buscas, a partir da obsessão do físico inglês Peter Higgs, que primeiro sugeriu a existência da partícula e lhe dá o sobrenome. Já bóson é a designação da partícula em si – derivada do nome de outro físico, o indiano Satyendra Bose, amigo de Einsten, que orbitou pelo tema. Uma convenção universal: o sufixo grego on é acrescentado ao nome de todas as partículas já identificadas – como hádron, férmion, glúon, múon e o indefectível elétron.
Dentro desse contexto, e aproveitando a sensação causada pelo anúncio da descoberta do bóson de Higgs, o Brasil não pode perder a chance de reivindicar o registro, pela comunidade científica internacional, do dílmon de Rousseff — a partícula elementar do pensamento humano, o ponto mais próximo do primitivismo das palavras. A exemplo do bóson de Higgs, o dílmon de Rousseff também pode ser chamado de “partícula de Deus” – ou, pelo menos, de “partícula de quem se acha Deus” – tal como atribuída ao cientista Luiz Inácio, doutor honoris causa de inúmeras universidades internacionais.
Se a comunidade científica internacional demandar provas incontestáveis, uma boa fonte é o portal do universo Blog do Planalto – que diariamente produz evidências irrefutáveis, e impressionantes, da existência do dílmon de Rousseff.
Como as do vídeo sobre o SUS, recém-trazido ao blog de Augusto Nunes...

... em que a nova partícula aparece a cada trilionésimo de segundo – medida de tempo utilizada pelos físicos do Universo – no pensamento da criatura que a batiza.

Ao descrever o SAMU, por exemplo, a partícula produz um campo de força que põe ordem na casa no começo do universo.
E aí, hoje, nós achamos que é normal o SAMU. Mas teve uma época que não tinha SAMU.
O dílmon é a peça que faltava no quebra-cabeça da origem do universo: através da sirene do SAMU, comprova que todas as coisas que hoje existem um dia não existiram.
É o Big Bang enfim desvendado.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Plano Brasil Maior

Por mais que eu tente, não consigo encontrar NADA que este governo brasileiro faça que seja "perfeito". É tudo pela metade, quando não é mera propaganda. Ah! Achei: em propaganda eles são bons,  embora não sejam perfeitos. Basta você dar uma olhadinha na performance do que propagam no rádio e na TV pra ver que, ou não fizeram o que alardeiam ou propagaram mais do que fizeram.

Em agosto do ano passado lançaram o tal Plano Brasil Maior. A propaganda oficial dizia que "nuncaantiznaistóriadextepaíz" e tal e coisa... Balela! Em vez de criar uma nova ordem fiscal e tributária que favoreça o investimento, a produção e a poupança interna, o governo veio com aquele papo furado de "redução temporária", "incentivo", "desoneração", "capital externo especulativo" e blá-blá-blá...

Este mês novas "tentativas" de ressuscitar o Plano Brasil Maior vieram com "velhos" incentivos para um mercado quase paralisado nos pátios das montadoras: vender carro com IPI zerado. Acham que vai dar certo porque na primeira vez venderam mais carros do que nos meses anteriores, como mostrou a propaganda oficial. O que eles esperam? Que quem comprou um carro zero em agosto de 2011, que vai pagar até 2014 ou mais, vai trocar por outro zero menos de um ano depois? Ou que vá comprar um FLEX porque a nossa política energética para o etanol é um fracasso? Coisa de brasileiro patriota, assim: "eu sou brasileiro e não desisto nunca, vou me ferrar de mãos dadas com a PresidentA Dilma; a campeã de popularidade entre os idiotas". Ah! Tá, então!

Mexem na poupança "pra pior" e querem que o cidadão faça poupança; ao mesmo tempo incentivam com desonerações pontuais o consumo de bens que vem morder o rabo do cachorro mais adiante: automóveis! Emitem gás de efeito estufa, enquanto os carros a etanol são desprezados porque nosso plano energético está errado (mantém a gasolina subsidiada) e não há políticas públicas para novos meios de transporte (fluvial e marítimo, por exemplo)... Bem, disso já falei em outro post. O próprio sistema de governo (coligação remunerada da base aliada) prioriza a distribuição de verbas através de emendas ao orçamento e não um investimento planejado na infraestrutura nacional, coisa que nem na propaganda o tal PAC consegue fazer por erros de projeto e definições de prioridades.

Um governo que gasta mais do que arrecada e gasta mal, compra mal, distribui mal os recursos entre as prioridades nacionais... é um bom governo? Não! É péssimo! Mas porque a presidentA está com esses índices de aprovação tão alto? Simples! Primeiro porque o povo é sistematicamente enganado pelo marketing presidencial. Vamos a um exemplo bem claro! A mídia informa que o ministro é corrupto, a presidenta vem a público e diz que não se pode julgar sem provas; a mídia vem e mostra as provas, a base aliada diz que não prova nada o cara ter pego a grana, que o vídeo precisa ser periciado; a presidentA conversa com o Ministro que sai dizendo que não vai cair, a presidentA convenceu o cara a pedir as contas; ele sai e um "novo" ministro é nomeado; o marketing do palácio alardeia que a presidentA está fazendo uma faxina nos corruptos, o povo tem orgasmos delirantes!

E então entram os espertalhões e começam a pressionar pra que as ações propagadas pelo governo lhes concedam os maiores benefícios possíveis. Esses dias fiquei sabendo que as grandes industrias estão vindo nos fornecedores e "obrigando" que os mesmos concedam descontos em razão do Plano Brasil Maior. Eles fazem as contas de "quanto" estes fornecedores deixam de recolher para o governo em impostos e querem achar um impacto positivo adicional que lhes favoreça em preço de compra. Ou seja, na cadeia produtiva, os grandes e fortes ainda querem achacar os pequenos. Algo assim: o que não vai ser recolhido ao governo na forma de impostos (impacto gerado, desprezando os aumentos de custos de matérias-primas, salários, variação cambial), deve ser reconhecido como desconto... Espertinhos, ãhn? Lá na ponta, ao consumidor, só some o IPI... Mas "pra dentro", eles querem até o talo!