Por mais que eu tente, não consigo encontrar NADA que este governo brasileiro faça que seja "perfeito". É tudo pela metade, quando não é mera propaganda. Ah! Achei: em propaganda eles são bons, embora não sejam perfeitos. Basta você dar uma olhadinha na performance do que propagam no rádio e na TV pra ver que, ou não fizeram o que alardeiam ou propagaram mais do que fizeram.
Em agosto do ano passado lançaram o tal Plano Brasil Maior. A propaganda oficial dizia que "nuncaantiznaistóriadextepaíz" e tal e coisa... Balela! Em vez de criar uma nova ordem fiscal e tributária que favoreça o investimento, a produção e a poupança interna, o governo veio com aquele papo furado de "redução temporária", "incentivo", "desoneração", "capital externo especulativo" e blá-blá-blá...
Este mês novas "tentativas" de ressuscitar o Plano Brasil Maior vieram com "velhos" incentivos para um mercado quase paralisado nos pátios das montadoras: vender carro com IPI zerado. Acham que vai dar certo porque na primeira vez venderam mais carros do que nos meses anteriores, como mostrou a propaganda oficial. O que eles esperam? Que quem comprou um carro zero em agosto de 2011, que vai pagar até 2014 ou mais, vai trocar por outro zero menos de um ano depois? Ou que vá comprar um FLEX porque a nossa política energética para o etanol é um fracasso? Coisa de brasileiro patriota, assim: "eu sou brasileiro e não desisto nunca, vou me ferrar de mãos dadas com a PresidentA Dilma; a campeã de popularidade entre os idiotas". Ah! Tá, então!
Mexem na poupança "pra pior" e querem que o cidadão faça poupança; ao mesmo tempo incentivam com desonerações pontuais o consumo de bens que vem morder o rabo do cachorro mais adiante: automóveis! Emitem gás de efeito estufa, enquanto os carros a etanol são desprezados porque nosso plano energético está errado (mantém a gasolina subsidiada) e não há políticas públicas para novos meios de transporte (fluvial e marítimo, por exemplo)... Bem, disso já falei em outro post. O próprio sistema de governo (coligação remunerada da base aliada) prioriza a distribuição de verbas através de emendas ao orçamento e não um investimento planejado na infraestrutura nacional, coisa que nem na propaganda o tal PAC consegue fazer por erros de projeto e definições de prioridades.
Um governo que gasta mais do que arrecada e gasta mal, compra mal, distribui mal os recursos entre as prioridades nacionais... é um bom governo? Não! É péssimo! Mas porque a presidentA está com esses índices de aprovação tão alto? Simples! Primeiro porque o povo é sistematicamente enganado pelo marketing presidencial. Vamos a um exemplo bem claro! A mídia informa que o ministro é corrupto, a presidenta vem a público e diz que não se pode julgar sem provas; a mídia vem e mostra as provas, a base aliada diz que não prova nada o cara ter pego a grana, que o vídeo precisa ser periciado; a presidentA conversa com o Ministro que sai dizendo que não vai cair, a presidentA convenceu o cara a pedir as contas; ele sai e um "novo" ministro é nomeado; o marketing do palácio alardeia que a presidentA está fazendo uma faxina nos corruptos, o povo tem orgasmos delirantes!
E então entram os espertalhões e começam a pressionar pra que as ações propagadas pelo governo lhes concedam os maiores benefícios possíveis. Esses dias fiquei sabendo que as grandes industrias estão vindo nos fornecedores e "obrigando" que os mesmos concedam descontos em razão do Plano Brasil Maior. Eles fazem as contas de "quanto" estes fornecedores deixam de recolher para o governo em impostos e querem achar um impacto positivo adicional que lhes favoreça em preço de compra. Ou seja, na cadeia produtiva, os grandes e fortes ainda querem achacar os pequenos. Algo assim: o que não vai ser recolhido ao governo na forma de impostos (impacto gerado, desprezando os aumentos de custos de matérias-primas, salários, variação cambial), deve ser reconhecido como desconto... Espertinhos, ãhn? Lá na ponta, ao consumidor, só some o IPI... Mas "pra dentro", eles querem até o talo!
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