domingo, 14 de outubro de 2012

Neo-Mensalão

Tem gente, até alguns amigos meus, que vislumbra um "novo Brasil" depois do julgamento do Mensalão. Eu, notadamente um cético militante e juramentado, não creio. E não creio porque vejo, diariamente, notícias e mais notícias de políticos e politiqueiros (principalmente aqueles que não sendo mais políticos, se acham no direito de vir à boca de cena falar bobagem como se fosse lei) infringindo a legalidade ou tendo suas ilegalidades passadas tornadas públicas; sem que isso motive o eleitor a defenestrar esses canalhas!
Todo mundo sabe, até as pedras, que Marta Suplicy "ganhou" o Ministério da Cultura pra entrar na campanha pela prefeitura de São Paulo, socorrendo assim o candidato do patrão Lula, Fernando "desconhecido nas bases" Haddad.
Agora, sem nenhuma intensão de esconder, porque é público e notório, Chalita (candidato derrotado do PMDB) foi fisgado pra apoiar Haddad no segundo turno: vai ganhar um ministério em Brasília!
Isso é o que? O pagamento não é com "valerianas" mas não deixa de ser um neo-mensalão.

Isso sem voltar a falar no caso infame da presidentA Dilma e suas viagens de apoio aos petistas candidatos, com despesa paga com o nosso rico dinheirinho dos impostos recolhidos na fonte. (leia artigo anterior sobre este assunto, postado ontem).

Mas tem mais! Esse é um caso que mostra muito bem como essa gente pensa e faz política, como administram o país e usam sem cerimônia o dinheiro público como se fosse do partido:


Ministério da Cultura: O produtor cultural Henilton Menezes tinha pendentes prestações de contas de dois projetos com incentivo fiscal quando foi nomeado secretário de Fomento e Incentivo do Ministério da Cultura em 2010. Uma situação de potencial conflito de interesses.
Mais ainda quando a prestação de contas de um dos projetos estava atolada de irregularidades. Entre outros problemas, o projeto foi parcialmente financiado pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB), onde Henilton trabalhava como gerente de cultura na ocasião. Isso é ilegal.
Um parecer interno do Ministério da Cultura apontando a malandragem sumiu do processo. Coincidentemente, este sumiço deu-se quando Menezes já estava no ministério, em julho de 2011.
Foi providenciado, então, outro parecer, assinado por um servidor nomeado pelo próprio Menezes. A nova análise, claro, avalizou as contas.
Ana de Hollanda e, agora, Marta Suplicy souberam do caso, que já chegou ao Conselho de Ética da Presidência da República e à CGU. Por enquanto, nada foi feito.
Da coluna Radar On-Line de Lauro Jardim, dia 12.10.12 em Veja


Senador Petista: A 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio condenou o senador Lindbergh Farias (PT) por improbidade administrativa e suspendeu por cinco anos os seus direitos políticos. A decisão só passa a valer, no entanto, se todos os recursos impetrados pela defesa do senador forem rejeitados pela Justiça.
O senador, que articula sua candidatura para o governo estadual em 2014, informa que vai recorrer da decisão.
A condenação diz respeito a uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra Lindbergh e a empresa Luxelen Montagens Elétricas LTDA, contratada sem licitação em março de 2005. Na época, Lindbergh era prefeito de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Nenhum comentário:

Postar um comentário