terça-feira, 24 de dezembro de 2013

As Campeãs Mundiais de Handebol... Apesar do Brasil

A maioria dos brasileiros talvez nem saiba que a seleção feminina de handebol ganhou neste domingo o campeonato mundial disputado em Belgrado. E a final contra a Sérvia, que jogava em casa, só foi vista em telas menos mirradas por quem sintonizou o Esporte Interativo, único canal de televisão a transmitir ao vivo a partida histórica. Até este fim de dezembro, como lembrou o comentarista Otávio Campos, apenas a equipe da Coreia do Sul, em 1995, conseguira impedir que a competição fosse vencida por alguma seleção europeia.
O épico triunfo das meninas do handebol merecia ser visto por todo brasileiro capaz de distinguir uma bola de uma lâmpada. Mas a miopia da TV aberta e a arrogância da TV paga se conjugaram para negar a milhões de telespectadores as emoções proporcionadas por um timaço burilado pelo técnico dinamarquês Morten Soubak. Leiam um trecho do texto publicado em seu blog pelo meu velho amigo Juca Kfouri. Volto em seguida:
Por 22 a 20, num final de jogo de matar, as brasileiras venceram as sérvias em sua casa e com 20 mil pessoas no ginásio de Belgrado para ganharem o Mundial de handebol feminino.
Duda, a melhor jogadora do Mundial, Alê, a melhor jogadora do mundo, a goleira Babi, a Fê, a Dani, a Dara ( que trio: Dani, Dara e Duda!), a Mayara, a Samira, a Ana Paula, todas, o que dizer delas?
Fizeram 13 a 11 no primeiro tempo, abriram uma boa diferença no começo do segundo, acho que chegaram a botar quatro gols, mas as sérvias, em casa, estavam dispostas a morrer e empataram uma, duas, três vezes.
Morreram só no fim.
Agora quem manda no handebol feminino, como no vôlei, são as mulheres brasileiras.
Pego uma carona do post de Juca Kfouri para lembrar que a vitória é só delas. Além de vencer equipes fortíssimas, as bravas campeãs tiveram de derrotar governantes incapazes de criar uma política esportiva que mereça tal nome (mas sempre prontos para assumir expropriar conquistas alheias), as oscilações oportunistas de patrocinadores federais ou financiadores privados (que minutos depois da proeza já estavam reencenando o espetáculo do cinismo patriótico), o descaso da cartolagem olímpica (que nem esperou o dia seguinte para reivindicar a paternidade do feito) e a a cegueira dos donos da telinha (que só descobrem futuros medalhistas depois de vê-los empoleirados num pódio).
As heroínas de Belgrado representaram uma nação que não acompanhou a saga na Sérvia nem torceu por elas sequer à distância. Os jornais nativos confinaram o  campeonato mundial de handebol em espaços semelhantes aos reservados a torneios de rúgbi na Índia. No domingo, enquanto a seleção de Morten Soubak lutava contra uma equipe apoiada por milhares de sérvios no ginásio e milhões espalhados pelo país, os assinantes da NET e da SKY foram submetidos pela dupla de polvos à contemplação de mediocridades de chuteiras dando pontapés em múltiplos sotaques.
O novo campeão mundial de handebol não é o Brasil. O título pertence a um grande time formado por um grande técnico — e a mais ninguém. 
Augusto Nunes - Veja.com

sábado, 14 de dezembro de 2013

Boas Festas!

Estou saindo de férias!
Deixo com vocês a imagem do ano de 2013:
Retorno programado para 05/01/2014.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Moral da História

Hoje vou contar uns casos para você. Aproximam-se o Natal e o Ano-Novo, e sempre pensamos o que poderia ser diferente no Brasil. Eu, diferentemente daqueles que creem em modas como "consciência política" (para mim isso é uma coisa tão real quanto carma), espero que um dia o Brasil se livre de sua inhaca de ser um país no qual quem dá emprego é visto como bandido. Porque, ao contrário do que diz a moçada da "justiça social" (carma...), quem dá emprego é quem faz verdadeira justiça social.
 
Imaginem uma jovem empresária cheia de vida e fé no seu negócio. Isso aconteceu alguns anos atrás, hoje ela se transformou numa cética com relação ao valor da atividade do pequeno e médio empresário brasileiro, porque acha que só ingênuo e mal informado dá emprego no Brasil.
Um dia sua loja de produtos finos foi assaltada em plena luz do dia. Ela e sua sócia tiveram suas vidas ameaçadas. Vários talões de cheques da empresa roubados do cofre. Não tinha muito dinheiro em "cash", por sorte.
Na sequência, se inicia a via crúcis para cancelar os talões e fazer o BO. Horas em delegacias com funcionários que complicavam as coisas com clara intenção de, quem sabe, garantir um "extra".
Alguns dias depois, a dona de um pequeno restaurante fora de São Paulo liga para elas dizendo que um grupo grande de homens havia passado um cheque de sua empresa como pagamento de uma festa que eles tinham dado no restaurante dela. Nossa jovem empresária, prontamente, informa à mulher que a loja tinha sido assaltada, que esses talões estavam cancelados e que tinha a documentação necessária para comprovar o relato, e, portanto, sentia muito, mas o cheque não tinha qualquer valor.
Claro que a dona do pequeno restaurante não quis saber e "pôs elas no pau". Foram obrigadas a depositar em juízo. Quando da audiência, após apresentar toda a documentação, o juiz decidiu que sim, elas deveriam pagar o cheque.
Quando questionado em sua decisão (já que elas tinham sido vítimas de um assalto!), o juiz as ameaçou dizendo que, caso não aceitassem a decisão, o processo se alongaria e sairia mais caro para elas. Ao ser indagado acerca da injustiça que ele cometia ao obrigá-las a pagar por um gasto que não fizeram, o juiz soltou a pérola de costume: "As senhoras são ricas, podem pagar por isso".
Eis o juiz fazendo caridade com a grana alheia. Comunista gosta de distribuir o dinheiro dos outros. No Brasil, muitos juízes acham que devem fazer (in)justiça social com as próprias mãos.
Moral da história: as empresárias foram roubadas duas vezes, uma pelos ladrões, outra pelo Estado.
 
Outro caso. Funcionário rouba o patrão. Ele demite o funcionário por justa causa. Abre processo na Justiça comum contra o funcionário. O juiz do trabalho decide que o patrão deve pagar "todos os direitos trabalhistas" do funcionário sob alegação de que uma coisa é roubar, outra é ser demitido. Risadas? Claro, o juiz do trabalho argumentou que as duas Justiças "não se comunicam" e que os direitos trabalhistas são inquestionáveis.
A questão é: afinal, roubar não seria causa suficiente para você demitir alguém? O problema é que cá nestas terras demitir é crime. O Brasil é mesmo o fim da picada.
Moral da história: o empresário foi roubado duas vezes, uma pelo funcionário ladrão, outra pelo Estado.
 
Mais um. Jovem empresário de uma cidade em outro Estado faz uma reforma na fachada de sua loja. Fica muito bonita. Dias depois, roubam quase tudo dessa fachada.
No Brasil, tudo é roubável. A fachada fica destruída. Passados poucos dias, aparece aquele cara chamado "fiscal da prefeitura". O "amigo" avisa ao empresário que vai lhe passar uma bela multa, a não ser que ele seja razoável. O jovem empresário, munido da fé comum daqueles que creem que escândalos com fiscais é coisa rara, argumenta e apresenta documentação provando a destruição criminosa e o roubo. Não adianta, o "representante do bem público", leia-se, o fiscal, lhe apresenta uma multa enorme.
Moral da história: o jovem empresário foi roubado duas vezes, uma pelo ladrão, outra pelo Estado.
Luiz Felipe Pondé - (ponde.folha@uol.com.br)

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Contra a Cafonice

Benditas sejam as moças de vestido sem brilhos, ombreiras e tantos babados, sem cintos de couro, barbante, metal, muito menos fivela; e jamais embaladas a vácuo, pois que a sensualidade, para além da atitude, está mais no detalhe do tecido que roça o corpo em movimento que no grude integral ao corpo estático.
 
Benditas sejam as moças de calça jeans e blusinha branca ou preta, sempre básicas por ruas e bares – como aliás pedem as ruas e os bares, nas calçadas da Pavuna ou do Leblon -, e quiçá de alcinha, como quem dá de ombros aos excessos da moda e leva o sorriso à frente da roupa.
 
Benditas sejam as moças que não saem para tomar um chopinho como quem vai para um casamento, e nem vão para um casamento como quem vai para um Halloween.
 
Benditas sejam as moças capazes de colocar um shortinho e um par de chinelos, e descer em 5 minutos se o homem diz que está passando na portaria, conscientes de que nada é mais elegante que uma mulher despojada e segura de si.
 
Benditas sejam as moças de sandalinha rasteira, sempre baixa, mas, em último – e somente último – caso, aptas a andar e sambar de salto, porque é o samba que dá a medida – mesmo que a ocasião não obrigue ao samba – da altura que uma mulher pode ter.
 
Benditas sejam as moças de bolsas funcionais e discretas – adeus, correntes douradas -, daquelas que jamais atrapalham o abraço, nem substituem a lanterna em caso de apagão, muito menos parecem, redondas, uma capa de pandeiro ou tamborim.
 
Benditas sejam as moças atléticas, que, ao se vestirem, buscam mais suavizar seus atributos – para fugir ao exibicionismo das periguetes turbinadas – do que ocultar seus defeitos – pendurando a saia nos seios, por exemplo, para encobrir a bunda faltante – e ainda dispensam a mão na cintura para tapar o pneuzinho no álbum de fotos.
 
Benditas sejam as moças leves, práticas e apresentáveis à família de seu pretendente, que não se deixam transformar em bonecas russas ou árvores de Natal, daquelas que, de tantas camadas (peças de roupa e cosméticos) e enfeites (colares, pulseiras, braceletes, brincos, pingentes e anéis), um homem precisaria de dois ou três Dias de Reis para desmontar.
 
Benditas sejam as moças que se sabem bonitas, pois nada é mais feio que uma moça bonita que tenta, à força de maquiagens, parafinas e demais pilantragens, ser aquilo que, sem elas, já é.
 
Benditas sejam as moças feias que se embelezam pela força de sua personalidade, de seu caráter e das suas realizações, bem como pela via dos exercícios físicos, ao invés de buscar a solução agravante de um artificialismo (cirúrgico) qualquer.
 
Benditas sejam as moças, bonitas ou feias, cujos pais – sobretudo o pai -, quando não também os demais homens de sua vida, disseram-lhe sempre ser a coisa mais linda do mundo, transmitindo a elas a confiança necessária para ignorar os apelos publicitários, que lhes prometem uma beleza inalcançável à base de todos os produtos que as enfeiam cada vez mais.
 
Benditas sejam as moças curiosas, inquietas e interessadas, que enxergam além das próprias mães e miguxas, sabendo que o senso estético vem do berço e do ambiente, mas, como tudo o mais, pode ser desenvolvido com a ampliação do imaginário e a elevação do espírito, através de um conhecimento que não é servido no Open Bar.
 
Benditas sejam as duas ou três moças que sobraram por aí, imunes ao império da cafonice não (só) pela sorte de terem tido bons exemplos, mas (também) porque, diante do acesso ilimitado aos bens de consumo, conservam o desejo quase extinto de ser muito mais do que aquilo que podem comprar.
 
Benditas sejam as moças que são.


Texto ampliado de Felipe Moura Brasil na Veja.com

domingo, 1 de dezembro de 2013

Quiche de Couve-Flor e Frango

Receita com ZERO carboidrato, perfeita para o jantar:

Ingredientes
- 250g couve-flor cozida ao ponto (12 minutos);
- 4 claras de ovo batidas em neve;
- 2 gemas de ovo;
- 100g de ricota ou queijo Cottage;
- Uma colher de chá de fermento químico em pó;
- 10 gotas de essência de queijo (opcional);
- 100g de frango cozido desfiado e temperado a gosto (nesta receita da imagem, foi temperado com 'pesto de manjericão', pitada de noz moscada e sal rosa do Himaláia).

Modo de Preparar
- Numa tijela, amasse a ricota com as gemas, com um garfo;
- Incorpore a couve-flor cozida, picada média;
- Incorpore as claras em neve aos poucos e mexendo devagar;
- Acrescente o fermento e os temperos;
- Despeje em forma untada com fio de azeite de oliva;
- Leve ao fogo baixo (180°) por aproximadamente 30m, pré-aquecido.
- Sirva em seguida!
Esta receita foi elaborada considerando 
porção ideal para duas pessoas. By @michelle_fvc

PARA OUTRAS RECEITAS, CLIQUE AQUI