sábado, 30 de junho de 2012

Festa Junina

Quem não viu as fotos da Festa Junina na casa da sogra no último sábado e que estão publicadas no meu Facebook; reprise dos "melhores momentos":

CLICANDO EM CADA UMA DAS FOTOS VOCÊ AMPLIA O FORMATO

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Democracia Avacalhada

LUIS INÁCIO LULA DA SILVA vai construir uma coisa chamada MEMORIAL DA DEMOCRACIA, num terreno público doado ao Instituto Lula por obra e graça de Gilberto Kassab, prefeito da cidade de São Paulo.
Não satisfeito de impedir que naquele local seja construido um posto de saúde, uma delegacia de polícia ou uma escola; o ex-presidente mais "amigo" de ditadores de toda a "istóriadextepaíz" quer também a renúncia fiscal do Governo Federal, que supõe ser de sua propriedade, para conseguir arrecadar o montante que edificará seu projeto através da Lei Rouanet do Ministério da Cultura.

Com isso, os pobres e miseráveis deste país deixam de ganhar a construção de um hospital, a compra de equipamentos médicos, remédios, de ter uma rua eletrificada, com instalação de esgoto e água, de ter um transporte público para seu deslocamento ou outro serviço público que tal numerário vai ser dispensado para construir uma homenagem que nem de longe julgo que este cidadão mereça.
Basta ver na lista abaixo, resumido apanhado de ações contra a democracia nacional que o governo e o partido deste senhor promoveu; o que o impede de citar numa mesma frase "DEMOCRACIA" e "EU PRATICO" sem estar mentindo.

Constituição — A negativa dos petistas em participar da sessão homologatória da Constituição de 1988, uma das atitudes mais indignas tomadas até hoje por esse partido, fará parte do “Memorial da Democracia”, ou esse trecho será aspirado da história?
Expulsões — A expulsão dos três deputados petistas que participaram do Colégio Eleitoral que elegeu Tancredo Neves, pondo fim à ditadura — Airton Soares, José Eudes e Bete Mendes — fará parte do “Memorial da Democracia”, ou isso também será aspirado da história? Em tempo: dia desses, Soares negou na TV Cultura que tivesse sido expulso. Diga o que quiser, agora que fez as pazes com a legenda. Foi expulso, SIM!
Governo Itamar — A expulsão de Luiza Erundina do partido porque aceitou ser ministra da Administração do governo Itamar, cuja estabilidade era fundamental para a democracia brasileira, entra no “Memorial da Democracia”, ou esse fato será eliminado da história?
Voto contra o Real — A mobilização do partido contra a aprovação do Plano Real integrará o acervo do “Memorial da Democracia”, ou os petistas farão de conta que sempre apostaram na estabilidade do país?
Guerra contra as privatizações — As guerras bucéfalas contra as privatizações — o tema anda mais atual do que nunca — e todas as indignidades ditas contra a correta e necessária entrada do capital estrangeiro em setores ditos “estratégicos” merecerá uma leitura isenta, ou o “Memorial da Democracia” se atreverá a reunir como virtudes todas as imposturas do partido?
Luta contra a reestruturação dos bancos — A guerra insana do petismo contra a reestruturação dos bancos públicos e privados ganhará uma área especial no “Memorial da Democracia”, ou os petistas farão de conta que aquilo nunca aconteceu? Terão a coragem, já que são quem são, de insistir na mentira e de tratar, de novo, um dos pilares da salvação do país como um malefício, a exemplo do que fizeram no passado?
Ataque à Lei de Responsabilidade Fiscal — Os petistas exporão os documentos que evidenciam que o partido recorreu à Justiça contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, tornada depois cláusula pétrea da gestão de Antônio Palocci no Ministério da Fazenda?
Mensalão — O “Memorial da Democracia” vai expor, enfim, a conspiração dos vigaristas, que tiveram o desplante de usar dinheiro sujo para tentar criar uma espécie de Congresso paralelo, alimentado por escroques de dentro e de fora do governo? O prédio vai reunir os documentos da movimentação ilegal de dinheiro?
Duda Mendonça na CPI — Haverá no “Memorial da Democracia” o filme do depoimento de Duda Mendonça na CPI do Mensalão, quando confessou ter recebido numa empresa no exterior o pagamento da campanha eleitoral de Lula em 2002? O museu de Lula terá a coragem de evidenciar que ali estava motivo o bastante para o impeachment do presidente?
Dossiê dos aloprados — O “Memorial da Democracia” trará a foto da montanha de dinheiro flagrada com os ditos aloprados, que tentavam fraudar as eleições — para não variar —, buscando imputar a José Serra um crime que não cometera? Exibirá a foto do assessor de Aloizio Mercadante, que disputava com Serra, carregando a mala preta?
Dossiê da Casa Civil — Esse magnífico “Memorial da Democracia” trará os documentos sobre o dossiê de indignidades elaborado na Casa Civil contra FHC e contra, pasmem!, Ruth Cardoso, quando a titular da pasta era ninguém menos do que Dilma Rousseff, e sua lugar-tenente, ninguém menos do que Erenice Guerra?
Censura à imprensa — o “Memorial da Democracia” reunirá as evidências das muitas vezes em que o PT tentou censurar a imprensa, seja tentando criar o Conselho Federal de Jornalismo, seja introduzindo no Plano Nacional de Direitos Humanos mecanismos de censura prévia?
Imprensa comprada e vendida — Teremos a chance de ver os contratos de publicidade do governo e das estatais com pistoleiros disfarçados de jornalistas, que usam o dinheiro público para atacar a imprensa séria e aqueles que o governo considera adversários nos governos dos estados, no Legislativo e no Judiciário?
Novo dossiê contra adversário — O “Museu da Democracia” do Instituto Lula reunirá as evidências todas das novas conspiratas do petismo contra o candidato da oposição em 2010, com a criação de bunker para fazer dossiês com acusações falsas e a quebra do sigilo fiscal de familiares do candidato e de dirigentes tucanos?
Uso da máquina contra governos de adversários — A mobilização da máquina federal contra o governo de São Paulo em episódios como o da retomada da Cracolândia e da desocupação do Pinheirinho entrará ou não no “Memorial da Democracia” como ato indigno do governo federal?
Apoio a ditaduras — O sistemático apoio que os petistas empenham a ditaduras mundo afora estará devidamente retratado no “Memorial da Democracia”? Veremos Lula a comparar presos de consciência em Cuba a presos comuns no Brasil? Veremos Dilma Rousseff a comparar os dissidentes da ilha a terroristas de Guantánamo?

Herói é você, que sobrevive no Brasil mesmo com a classe política que aí está, não Lula. Ele é só um contumaz sabotador de governos alheios, que agora pretende, com a privatização de terreno e dinheiro públicos, erguer o Museu das Imposturas. De resto, basta que ele estale os dedos, e haverá empresários em penca dispostos a lhe encher as burras de grana.
Por que essa verdadeira compulsão pelo nosso dinheiro, Lula?
(Lista extraida do Blog de Reinaldo Azevedo - VEJA)

Só quem não quer ver é que enxerga
nesse homem reflexos de democracia!

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Governo Inteligente

Não, não!
O título deste post não se refere ao nosso...
O nosso é burro! Não existe outra palavra, a não ser que você queira ser ainda mais realista do que eu. Nesse caso, você vai poder chama-los de estúpidos, idiotas... e estará certo!
Senão vejamos:
No dia do encerramento da Rio+20 o Brasil (Ministro Mantega e sua chefe Sra. Dra. Dilma, a Gestora mais capaz de toda a "istóriadextepaiz") vai ao plenário e fala maravilhas sobre o nosso Etanol. Aquele mesmo, conhecido entre nós por "álcool": não emite gás de efeito estufa, não é combustível fóssil, é renovável, gera emprego e renda no campo, blá-blá-blá... Os "gringos" ficam maravilhados, batem palmas, brilham os olhinhos e até sentem uma pontinha de inveja: fomos os primeiros no mundo! No MESMO dia, "surprise!"... a Petrobrás anuncia aumento do preço da gasolina (quase 8%)  e do diesel também; e o que faz o nosso governo? O que? O que? O que?

Reduz a CIDE, impostinho com sobrenome de contribuição pra enganar a nós, os contribuintes; e "empata" de novo o preço do combustível fóssil que emite gás de efeito estufa, que precisa ser importado e custa uma banana pra extrair dos nossos campos, a imensa maioria em alto mar. Conclusão: o preço na bomba (posto) não sobe! Que bom! Que bom! Que bom! Que governo bonzinho! Como a "Soberana, Primeira e Única" é competente, como ela se preocupa com os miseráveis que andam de fusquinha e não podem gastar mais com gasolina, como ela se preocupa com o trânsito e incentiva a todos continuarem gastando gasolina (não aumentou) e entupir as estradas e as ruas das grandes cidades... Ooops! O que? Sim!

Nós temos etanol renovável, produzido a partir da cana-de-áçucar. Não emite gás de efeito estufa, é muito menos poluente do que a gasolina (e do diesel, não esqueçam do diesel), é uma tecnologia que podemos exportar, gerar divisas; ao invés de importar petróleo. Ãhn? Vou ficar só nisso...
O que faz nosso governo em pleno encerramento da Rio+20? Diz para o consumidor (nós) que pode gastar gasolina sem problema, que ele (governo) vai absorver o aumento, abrindo mão da arrecadação da CIDE pra bomba não ter aumento de preço, pra não encarecer pro eleitor... Ooops! Eleitor? Eleição em Outubro deste ano... o PT quer ganhar o máximo de municípios possível... mas vamos deixar barato e nem colocar essa questão a luz da verdade!
O fato é que esse dinheiro da CIDE, que eu sou contra lá no nascedouro, poderia "voltar" para o consumidor em forma de INVESTIMENTO. Aumento da frota dos ônibus, implantação de rede ferroviária nas grandes cidades (metropolitano) e desenvolvimento do transporte marítimo.
Eu não posso me conformar com o fato de não haver um sistema de transporte nas águas deste país. São rios, lagos e o oceano banhando o leste do Brasil, de Macapá (AP) ao Rio Grande (RS).

Mas este governo inteligente, comandado pela maior gestora de toda a história desde que Cabral aqui aportou, abre mão de arrecadação pra não aumentar o preço da gasolina em ano de eleição!
- E os acionistas da Petrobras? Eles que se danem...
- E um amontoado de carros nas ruas das grandes cidades? Os prefeitos que "se explodam"...
- E o custo de implantação do projeto de etanol durante os últimos 30 anos? Ah! Já passou, desapega...
- E a emissão de gás de efeito estufa? Psiu! Para de falar nisso! Estamos em plena ressaca da Rio+20... Cara chato!

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Mulheres em Ação

Uma coisa é ser impulsionada à um cargo, como uma boneca de ventríloquo nossa conhecida. Esta oficial da Força Aérea Americana fez carreira e por méritos próprios, chegou ao topo.
"Ela tem 54 anos, é casada, tem uma filha e um currículo impressionante, que inclui até um master em astronáutica pelo prestigioso Massachusetts Institute of Technology (MIT). Mas o que realmente distingue Janet C. Wolfenbarger são dois fatores: sua recente promoção como a primeira general de quatro estrelas da história da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) e o fato de ela ter assumido o comando do maior Departamento USAF, o de Material — o que lhe dá o comando de 83 mil homens e o controle sobre um orçamento de 60 bilhões de dólares.
Texto com informações e imagens do blog de Ricardo Setti da Veja On-Line
General de quatro estrelas é o posto máximo a que se pode chegar nas Forças Armadas americanas. O grau superior a este, correspondente a generais e almirantes de cinco estrelas, coube, em todos os casos, aos grandes comandantes vencedores da II Guerra Mundial — quatro generais do Exército, a começar pelo comandante supremo das forças aliadas que combateram a Alemanha de Hitler e o Japão, Dwight D. Eisenhower, quatro almirantes e um general da Força Aérea.
O título máximo das Forças Armadas americanas, por designação do Congresso, cabe a George Washhington, o comandante da Guerra da Independência dos EUA e seu primeiro presidente: “general dos Exércitos dos Estados Unidos”.
A general Wolfenbarger tem seu QG na base da Força Aérea de Wright-Patterson, no Estado de Ohio, e sua tarefa é crucial na manutenção da supremacia militar dos EUA no mundo: esses 60 bilhões de gastos a seu cargo destinam-se a pesquisa, desenvolvimento, teste e avaliação de sistemas de armas, bem como à aquisição de serviços de gestão e de logística.
Wolfenbarger já esteve envolvida, ao longo de sua carreira, no desenvolvimento, entre outros, de duas aeronaves fundamentais para a USAF: o caça supersônico de quinta geração F-22 ...
... e o bombardeiro estratégico B-2, ambos dotados da tecnologia stealth, que os torna “invisíveis” a radares.

A USAF está na família da general, que recebeu sua quarta estrela da filha, Callie, numa cerimônia a que estavam presentes o marido, Craig, coronel da reserva da Força Aérea, a mãe, Shirley, e o pai, Eldon Libby, também da reserva da USAF, só que major."
E nem por isso baixou decreto "mandando" que a chamem de "GENERALA"...
Isso tudo não é esse tal de PAC da Ilha da Fantasia, não! É realidade! Como é realidade a gestão de uma certa moça minha conhecida, de potencial inquestionável, que está assumindo funções de direção no ramo industrial onde a imensa maioria é de homens; como esta general, ela conquistou tudo com seu próprio esforço e competência. São as mulheres assumindo as posições por qualificação, não por "indicação"! Nós devemos render-lhes homenagens, elas merecem. E muito!

terça-feira, 26 de junho de 2012

Comic Sans!

É o que isso? Uma espécie de RESTART?

Desculpem minha falta de cultura nesse assunto...

O Irã é Aqui?

Na sua chegada ao país, enquanto ficávamos indignados com a presença do fascínora do Irã, MAHMOUD AHMADINEJAD em solo brasileiro, a UNE - União Nacional dos Estudantes (pelegos) do Brasil, fazia visita e entregava uma bandeira da entidade ao exterminador de gays e cristãos (a foto acima é uma execução pública de homossexuais no Irã).
Maior vergonha não há... 
Ooops! Pérai! Essa aqui é uma afronta à 
soberania nacional e aos brasileiros!

Agente do Irã, como se estivesse em Teerã, arranca sem ser incomodado uma faixa de protesto (foto abaixo) na rota de deslocamento do presidente iraniano. Assista no vídeo a retirada do protesto! Na foto, assinalada pelo círculo vermelho, está uma das câmeras que flagrou o evento.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Daqui CINCO Dias

Enrique Ricardo Lewandowsky
- Profissão: MAGISTRADO no STF.
- Função: REVISOR do PROCESSO.
- Missão: ATRASAR JULGAMENTO DO MENSALÃO.

Para que o rito processual, votado pelos membros do STF seja possível de ser cumprido antes da aposentadoria de dois dos seus membros, o ministro relator precisa entregar seu trabalho até dia 30 deste mês. Portanto, faltam apenas 5 dias!


Examinando a folha de pagamento de março de 2012 (disponibilizada no site do STF) é possível contar entre os assessores diretos do ministro cerca de 50 funcionários, entre efetivos, cedidos ao STF e terceirizados. Veja alguns:

Recepcionistas: 5
Seguranças: 3
Analistas Judiciários: 17
Técnicos em Secretariado: 3
Técnicos Judiciários: 4
Assistente Administrativo:1
Procurador Federal: 1
Chefe de Gabinete: 1


A lista não está completa. É possível deduzir que não é por falta de funcionário que o relatório ainda não foi entregue até hoje.

Divulgue!   Cobre!
Exija que os réus do MENSALÃO sejam julgados!

domingo, 24 de junho de 2012

Oslo

O aeroporto de Oslo, na Noruega vai ser totalmente transformado (é mais que uma reforma) e deve ser o mais moderno da Europa em 2017, quando for concluído.
A apresentação do projeto foi através deste stop-motion feito pela Passion Pictures.
Enquanto isso, num país de "faz de conta que tem governo", onde haverá uma copa do mundo de futebol e uma olimpíada com hiato de dois anos...

sábado, 23 de junho de 2012

Rio(-)20

Imagem do cartunista AROEIRA


Basta ver que num dia o Secretário-Geral da ONU (Ban Ki-moon) arrasa com o documento gerado no encontro e no outro dia o enaltece, pra gente perceber que essa Rio+20 não passou de uma grande farra turística internacional na Cidade Maravilhosa.
Mas queriam o que?
Com um governo desses, repleto de incompetentes e mal intencionados, despreparados até pra tocar uma padaria na esquina de qualquer bairro; que não se digna a ler a constituição do Paraguai ANTES de sair esbravejando palavras de ordem ditas por Rafael Correa (Equador), Evo Morales (Bolívia) e Cristina Kirchner (Argentina) sobre o impeachment de Fernando Lago... queriam que essa gente LIDERASSE uma proposta de solução brilhante, que gerasse adesão inconteste e fosse um norte para a solução dos problemas ambientais do mundo? Só a Miriam Leitão é que acredita nisso...

Mas, como um dia só é pouco pra "melhor gestora da istória dexte paíz" tornar pública sua inclinação natural para o autoritarismo, assista o vídeo onde ela "tortura" o Secretário-Geral da ONU, questionando-o em português, mas imaginando que fala fluentemente "ingrês", pra que ele dê conta do "ví-de-o-ô" da NASA. E a gente ainda tem que se orgulhar disso, enquanto no Paraguai eles estão anos-luz a nossa frente em termos de constituição.


Mortes

A 91 Rádio Rock encontrou uma forma divertida e educativa de convencer você a seguir o slogan a risca: SE BEBER, NÃO DIRIJA! E hoje é sábado, então... se liga!



sexta-feira, 22 de junho de 2012

A vingança maligna de Maluf

Editorial do Estadão de 20/06/2012:

Perto das imagens que estavam ontem na primeira página dos principais jornais do País, o fato de o PT de Lula ter ido buscar o apoio do PP de Paulo Maluf à candidatura do ex-ministro da Educação Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo chega a ser uma trivialidade. O chocante, pela abjeção, foi o líder petista se dobrar à exigência de quem ele já chamou de “ave de rapina” e “símbolo da pouca-vergonha nacional”, indo à sua casa em companhia de Haddad, e posar em obscena confraternização, para que se consumasse o apalavrado negócio eleitoral.
Contrafeito de início, Lula logo silenciou os vagidos íntimos de desconforto que poderiam estragar os registros de sua rendição e cumpriu o seu papel com a naturalidade necessária, diante dos fotógrafos chamados a documentar o momento humilhante: ria e gesticulava como se estivesse com um velho amigo, enquanto o anfitrião, paternal, afagava o candidato com cara de tacho. Da mesma vez em que, já lá se vão quase 20 anos, colocou Maluf nas “nuvens de ladrões” que ameaçavam o Brasil, Lula disse que ele não passava de “um bobo alegre, um bobo da corte, um bufão”. Nunca antes - e talvez nunca depois - o petista terá errado tanto numa avaliação.
Criatura do regime militar, desde então com uma falta de escrúpulos que o capacitaria a fazer o diabo para satisfazer as suas ambições de poder, prestígio e riqueza, Maluf aprendeu a esconder sob um histrionismo não raro grotesco a sua verdadeira identidade de homem que calculava. As voltas que o País deu o empurraram para fora do proscênio - menos, evidentemente, no palco policial -, mas ele soube esperar a ocasião de mostrar ao petista quem era o bobo alegre. A sua vingança, como diria o inesquecível Chico Anísio, foi maligna. Colocou de joelhos não o Lula que desceu do Planalto para se jogar nos braços do povo embevecido, deixando lá em cima a sucessora que tirara do nada eleitoral, mas o Lula recém-saído de um câncer e cuja proverbial intuição política parece ter-se esvanecido.
Nos jardins malufistas da seleta Rua Costa Rica, anteontem, o campeão brasileiro de popularidade capitulava diante não só de sua bête noire de tempos idos, mas principalmente da patologia da sua maior obsessão: desmantelar o reduto tucano em São Paulo, primeiro na capital, na disputa deste ano, depois no Estado, em 2014, para impor a hegemonia petista ao País com a reeleição da presidente Dilma ou - por que não? - a volta dele próprio ao Planalto, “se a Dilma não quiser”. Lula não é o único a acreditar que, em política, pecado é perder. Mas foi o único a dizer, em defesa das alianças profanas que fechou na Presidência, que, se viesse a fazer política no Brasil, Jesus teria de se aliar a Judas.
Não se trata, portanto, de ficar espantado com a disposição de Lula de levar a limites extravagantes o credo de que os fins justificam os meios. O que chama a atenção é a sua confiança nos superpoderes de que se acha detentor, graças aos quais, imagina, conseguirá dar a volta por cima na hora da verdade, elegendo Haddad e sufocando a memória da indecência a que se submeteu. Não parece passar por sua cabeça que um número talvez decisivo de eleitores possa preferir outros candidatos, não pelo confronto de méritos com o petista, mas por repulsa à genuflexão de seu patrono perante a figura que representa o que a política brasileira tem de pior.
Lula talvez não se dê conta de que a maioria das pessoas não é como ele: respeita quem se respeita e despreza os que se aviltam, ainda mais para ganhar uma eleição. Ele tampouco se lembrou de que, em São Paulo - berço do PT -, curvar-se a Maluf tem uma carga simbólica incomparavelmente mais pesada do que adular até mesmo um Sarney, por exemplo. Não se iluda o ex-presidente com o recuo da companheira de chapa do candidato, a ex-prefeita Luiza Erundina, do PSB. Ontem ela desistiu da candidatura a vice, como dera a entender na véspera ao dizer que “não aceitava” a aliança com Maluf. Razões outras que não o zelo pela própria biografia podem tê-la compelido, no entanto, a continuar apoiando Haddad. Já os eleitores de esquerda são livres para recusar-lhe o voto pela intolerável companhia.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Brigitte Bardot

Um dos maiores ícones vivos do cinema, a francesa Brigitte Anne-Marie Bardot (28/Set/34) foi também o sex symbol dos anos 50 e 60. Estreou nas telas em 1952, aos 17 anos, em Le Trou normand. Mas foi com seu segundo filme que ela realmente começou a chamar a atenção: Manina, la fille sans voile (1952).


Atualmente, ela se dedica a causa da proteção dos animais.

O site MELHORES FILMES organiza rankings por gênero, diretor, atores, países, de todos os filmes. Nele buscamos os filmes de Brigitte Bardot:


Lista dos filmes de Brigitte Bardot com avaliação (nota) superior a SETE:
Ranking Filme Ano Nota
O Desprezo (Jean-Luc Godard)19639,4
Masculino-Feminino (Jean-Luc Godard)19667,9

Lista dos filmes com avaliação (nota) abaixo de SETE:
Ranking Filme Ano Nota
n/aA Verdade (Henri-Georges Clouzot)19606,8
n/aAs Grandes Manobras (René Clair)19556,5
n/aHistórias Extraordinárias (Federico Fellini)19686,2
n/aAmar É Minha Profissão (Claude Autant-Lara)19586,1
n/aMais Forte Que A Morte (Anatole Litvak)19536,0
n/aQuer Dançar Comigo? (Michel Boisrond)19595,9
n/aViva Maria! (Louis Malle)19655,8
n/aHelena de Tróia (Robert Wise)19565,8
n/aO Príncipe e a Parisiense (Michel Boisrond)19575,7
n/aAo Cair da Noite (Roger Vadim)19585,7
n/aE Deus Criou a Mulher (Roger Vadim)19565,7
n/aAs Malícias do Amor (Edouard Molinaro)19645,7
n/aA Mulher e o Fantoche (Julien Duvivier)19595,6
n/aO Urso e a Boneca (Michel Deville)19695,6
n/aTorneio de Amor (Jean Aurel)19615,5
n/aMeu Filho Nero (Steno)19565,5
n/aBabette Vai à Guerra (Christian-Jaque)19595,4
n/aAs Mulheres (Jean Aurel)19695,4
n/aManina, a Moça Sem Véu (Willy Rozier)19525,4
n/aGarota Levada (Michel Boisrond)19565,3
n/aAmores Célebres (Michel Boisrond)19615,3
n/aDesfolhando a Margarida (Marc Allégret)19565,3
n/aVida Privada (Louis Malle)19625,0
n/aShalako (Edward Dmytryk)19685,0
n/aBoulevard du Rhum (Robert Enrico)19714,9
n/aAs Noviças (Guy Casaril)19704,8
n/aBrotinho de Outro Mundo (Pierre Gaspard-Huit)19564,7
n/aO Repouso do Guerreiro (Roger Vadim)19624,5
n/aEu Sou o Amor (Serge Bourguignon)19674,4
n/aLas Petroleras (Christian-Jaque)19714,4

 

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Twiggy

Lesley Lawson, a Twiggy! Aos 62 anos, esse ícone da moda na década de 60, revela o que pensa sobre ser famosa.

Sobre sua "descoberta" ela disse: Foi um choque. Eu era uma estudante de 16 anos, muito tímida, muito insegura. Uma daquelas esquisitonas que adoravam ir à escola. Eu queria ser estilista. Tive que obter permissão para abandonar a escola. Meu pai disse: “Não sei se é uma boa ideia. Talvez isso só dure alguns meses, mas, se eu impedi-la, pode ser que você acabe me odiando”.

Porque passaram a chama-la Twiggy: Me deram esse apelido ridículo na época. No começo da minha carreira como atriz, cogitei em voltar a usar Lesley, mas pensei: “Eles simplesmente vão escrever `Lesley Lawson, também conhecida como Twiggy’, então de que adianta?”.
É meu nome, ame-o ou deixe-o. Ele tem sido bom para mim

De ter sido estigmatizada como modelo: Você precisa lidar com ele. Eu odiava o fato de parecer uma adolescente. Minha aparência era engraçada. Eu queria ser como a cantora pop americana Brenda Lee, que tinha formas perfeitas. Ela era “o look” antes de mim


Conselhos que dá as pessoas quando perguntada: 
- Não deseje ser famoso. Deseje ser bom naquilo que você faz. 
- Minissaias são para mulheres jovens e magras.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Dom Sebastião Voltou - Marco Villa


Luiz Inácio Lula da Silva tem como princípio não ter princípio, tanto moral, ético ou político. O importante, para ele, é obter algum tipo de vantagem. Construiu a sua carreira sindical e política dessa forma. E, pior, deu certo. Claro que isso só foi possível porque o Brasil não teve - e não tem - uma cultura política democrática. Somente quem não conhece a carreira do ex-presidente pode ter ficado surpreso com suas últimas ações. Ele é, ao longo dos últimos 40 anos, useiro e vezeiro destas formas, vamos dizer, pouco republicanas de fazer política.
Quando apareceu para a vida sindical, em 1975, ao assumir a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, desprezou todo o passado de lutas operárias do ABC. Nos discursos e nas entrevistas, reforçou a falácia de que tudo tinha começado com ele. Antes dele, nada havia. E, se algo existiu, não teve importância. Ignorou (e humilhou) a memória dos operários que corajosamente enfrentaram - só para ficar na Primeira República - os patrões e a violência arbitrária do Estado em 1905, 1906, 1917 e 1919, entre tantas greves, e que tiveram muitos dos seus líderes deportados do País.
No campo propriamente da política, a eleição, em 1947, de Armando Mazzo, comunista, prefeito de Santo André, foi irrelevante. Isso porque teria sido Lula o primeiro dirigente autêntico dos trabalhadores e o seu partido também seria o que genuinamente representava os trabalhadores, sem nenhum predecessor. Transformou a si próprio - com o precioso auxílio de intelectuais que reforçaram a construção e divulgação das bazófias - em elemento divisor da História do Brasil. A nossa história passaria a ser datada tendo como ponto inicial sua posse no sindicato. 1975 seria o ano 1.
Durante décadas isso foi propagado nas universidades, nos debates políticos, na imprensa, e a repetição acabou dando graus de verossimilhança às falácias. Tudo nele era perfeito. Lula via o que nós não víamos, pensava muito à frente do que qualquer cidadão e tinha a solução para os problemas nacionais - graças não à reflexão, ao estudo exaustivo e ao exercício de cargos administrativos, mas à sua história de vida.
Num país marcado pelo sebastianismo, sempre à espera de um salvador, Lula foi a sua mais perfeita criação. Um dos seus "apóstolos", Frei Betto, chegou a escrever, em 2002, uma pequena biografia de Lula. No prólogo, fez uma homenagem à mãe do futuro presidente. Concluiu dizendo que - vejam a semelhança com a Ave Maria - "o Brasil merece este fruto de seu ventre: Luiz Inácio Lula da Silva". Era um bendito fruto, era o Messias! E ele adorou desempenhar durante décadas esse papel.
Como um sebastianista, sempre desprezou a política. Se ele era o salvador, para que política? Seus áulicos - quase todos egressos de pequenos e politicamente inexpressivos grupos de esquerda -, diversamente dele, eram politizados e aproveitaram a carona histórica para chegar ao poder, pois quem detinha os votos populares era Lula. Tiveram de cortejá-lo, adulá-lo, elogiar suas falas desconexas, suas alianças e escolhas políticas. Os mais altivos, para o padrão dos seus seguidores, no máximo ruminaram baixinho suas críticas. E a vida foi seguindo.
Ele cresceu de importância não pelas suas qualidades. Não, absolutamente não. Mas pela decadência da política e do debate. Se aplica a ele o que Euclides da Cunha escreveu sobre Floriano Peixoto: "Subiu, sem se elevar - porque se lhe operara em torno uma depressão profunda. Destacou-se à frente de um país sem avançar - porque era o Brasil quem recuava, abandonando o traçado superior das suas tradições...".
Levou para o seu governo os mesmos - e eficazes - instrumentos de propaganda usados durante um quarto de século. Assim como no sindicalismo e na política partidária, também o seu governo seria o marco inicial de um novo momento da nossa história. E, por incrível que possa parecer, deu certo. Claro que desta vez contando com a preciosa ajuda da oposição, que, medrosa, sem ideias e sem disposição de luta, deixou o campo aberto para o fanfarrão.
Sabedor do seu poder, desqualificou todo o passado recente, considerado pelo salvador, claro, como impuro. Pouco ou nada fez de original. Retrabalhou o passado, negando-o somente no discurso.
Sonhou em permanecer no poder. Namorou o terceiro mandato. Mas o custo político seria alto e ele nunca foi de enfrentar uma disputa acirrada. Buscou um caminho mais fácil. Um terceiro mandato oculto, típica criação macunaímica. Dessa forma teria as mãos livres e longe, muito longe, da odiosa - para ele - rotina administrativa, que estaria atribuída a sua disciplinada discípula. É um tipo de presidência dual, um "milagre" do salvador. Assim, ele poderia dispor de todo o seu tempo para fazer política do seu jeito, sempre usando a primeira pessoa do singular, como manda a tradição sebastianista.
Coagir ministros da Suprema Corte, atacar de forma vil seus adversários, desprezar a legislação eleitoral, tudo isso, como seria dito num botequim de São Bernardo, é "troco de pinga".
Ele continua achando que tudo pode. E vai seguir avançando e pisando na Constituição - que ele e seus companheiros do PT, é bom lembrar, votaram contra. E o delírio sebastianista segue crescendo, alimentado pelos salamaleques do grande capital (de olho sempre nos generosos empréstimos do BNDES), pelos títulos de doutor honoris causa (?) e, agora, até por um museu a ser construído na cracolândia paulistana louvando seus feitos.
E Ele (logo teremos de nos referir a Lula dessa forma) já disse que não admite que a oposição chegue ao poder em 2014. Falou que não vai deixar. Como se o Brasil fosse um brinquedo nas suas mãos. Mas não será?  

Lula para Sempre - Marco Villa

Luiz Inácio Lula da Silva não é um homem de palavra. Proclamou diversas vezes que, ao terminar o seu mandato presidencial, iria se recolher à vida privada e se afastar da política. Mentiu. Foi mais uma manobra astuta, entre tantas que realizou, desde 1972, quando chegou à diretoria do sindicato de São Bernardo, indicado pelo irmão, para ser uma espécie de porta-voz do Partidão (depois de eleito, esqueceu do acordo).

A permanente ação política do ex-presidente é um mau exemplo para o país. Não houve nenhuma acusação de corrupção no governo Dilma sem que ele apoiasse enfaticamente o acusado. Lula pressionou o governo para não "aceitar as pressões da mídia". Apresentou a sua gestão como exemplo, ou seja, nunca apurou nenhuma denúncia, mesmo em casos com abundantes provas de mau uso dos recursos públicos. Contudo, seus conselhos não foram obedecidos.

Não deve causar estranheza este desprezo pelo interesse público. É típico de Lula. Para ele, o que vale é ter poder. Qualquer princípio pode ser instrumento para uma transação. Correção, ética e moralidade são palavras desconhecidas no seu vocabulário. Para impor a sua vontade passa por cima de qualquer ideia ou de pessoas. Tem obtido êxito. Claro que o ambiente político do país, do herói sem nenhum caráter, ajudou. E muito.

Ao longo do tempo, a doença do eterno poder foi crescendo. Começou na sala de um sindicato e terminou no Palácio do Planalto. E pretende retornar ao posto que considera seu. Para isso, desde o dia 1 de janeiro deste ano, não pensa em outra coisa. E toda ação política passa por este objetivo maior. Como de hábito, o interesse pessoal é o que conta. Qualquer obstáculo colocado no caminho será ultrapassado a qualquer custo.

O episódio envolvendo o ministro do Esporte é ilustrativo. A defesa enfática de Orlando Silva não dependeu da apresentação de provas da inocência do ministro. Não, muito pelo contrário. O que contou foi a importância para o seu projeto presidencial do apoio do PCdoB ao candidato petista na capital paulista. Lula sabe que o primeiro passo rumo ao terceiro governo é vencer em São Paulo. 2014 começa em 2012. O mesmo se repetiu no caso do Ministério dos Transportes e a importância do suporte do PR, independentemente dos "malfeitos", como diria a presidente Dilma, realizados naquela pasta. E, no caso, ainda envolvia o interesse pessoal: o suplente de Nascimento no Senado era o seu amigo João Pedro.

O egocentrismo do ex-presidente é antigo. Tudo passa pela mediação pessoal. Transformou o delegado Romeu Tuma, chefe do Dops paulista, onde centenas de brasileiros foram torturados e dezenas foram assassinados, em democrata. Lula foi detido em 1980, quando não havia mais torturas. Recebeu tratamento privilegiado, como mesmo confessou, diversas vezes, em entrevistas, que foram utilizadas até na campanha do delegado ao Senado. Nunca fez referência às torturas. Transformou a casa dos horrores em hotel de luxo. E até chegou a nomear o filho de Tuma secretário nacional de Justiça!!

O desprezo pela História é permanente. Estabeleceu uma forte relação com o símbolo maior do atraso político do país: o senador José Ribamar da Costa, vulgo José Sarney. Retirou o político maranhense do ocaso político. Fez o que Sílvio Romero chamou de "suprema degradação de retrogradar, dando, de novo, um sentido histórico às oligarquias locais e outorgando-lhes nova função política e social". E pior: entregou parte da máquina estatal para o deleite dos interesses familiares, com resultados já conhecidos.

O desprezo pelos valores democráticos e republicanos serve para explicar a simpatia de Lula para com os ditadores. Estabeleceu uma relação amistosa com Muamar Kadafi (o chamou de "amigo, irmão e líder") e com Fidel Castro (outro "amigo"). Concedeu a tiranos africanos ajuda econômica a fundo perdido. Nunca - nunca mesmo - em oito anos de Presidência deu uma declaração contra as violações dos direitos humanos nas ditaduras do antigo Terceiro Mundo. Mas, diversas vezes, atacou os Estados Unidos.

Desta forma, é considerável a sua ojeriza a qualquer forma de oposição. Ele gosta somente de ouvir a sua própria voz. Não sabe conviver com as críticas. E nem com o passado. Nada pode se rivalizar ao que acredita ser o seu papel na história. Daí a demonização dos líderes sindicais que não rezavam pela sua cartilha, a desqualificação dos políticos que não aceitaram segui-lo. Além do discurso, usou do "convencimento" financeiro. Cooptou muitos dos antigos opositores utilizando-se dos recursos do Erário. Transformou as empresas estatais em apêndices dos seus desejos. Amarrou os destinos do país ao seu projeto de poder.

Como o conde de Monte Cristo, o ex-presidente conta cada dia que passa. A sua "vingança" é o retorno, em 2014. Conta com a complacência de um país que tem uma oposição omissa, ou, na melhor das hipóteses, tímida. Detém o controle absoluto do PT. Usa e abusa do partido para fortalecer a sua capacidade de negociação com outros partidos e setores da sociedade. É obedecido sem questionamentos.

Lula é uma avis rara da política brasileira. Nada o liga à nossa tradição. É um típico caudilho, tão característico da América Hispânica. Personalista, ególatra, sem princípios e obcecado pelo poder absoluto. E, como todo caudilho, quer se perpetuar no governo. Mas os retornos na América Latina nunca deram certo. Basta recordar dois exemplos: Getúlio Vargas e Juan Domingo Perón.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Sete Constituições

Desde a promulgação, em 5 de outubro de 1988, não houve momento no qual a Constituição cidadã, como a denominou Ulysses Guimarães, deixasse de ser discutida, elogiada, criticada, ou se encontrasse protegida contra retaliações. Passados 24 anos, contabilizam-se 70 emendas, todas de forte impacto no texto original.
Durante os cinco primeiros anos, a Lei que os presidentes da República, do STF, e do Congresso nacional, assumiram o compromisso de manter, defender e cumprir, permaneceu intocada, pois assim determinava o Art. 3º do Ato das Disposições Transitórias. Cumprida a fase de resguardo, a sensação que se teve foi de abertura da porteira à boiada inquieta, que sobre ela arremeteu. A Emenda nº 1 foi aprovada rapidamente em 2 de março de 1994. Desde então, a Nação viu-se constrangida a acompanhar processo ininterrupto de alterações, que hoje atingem o espantoso número de 70.



A rigor, não deveríamos nos impressionar, pois esta de 88 é a sétima, ou oitava, da série iniciada com a Carta Imperial, de 1824. Vieram, depois, a Constituição de 1891, com apenas 91 artigos e 8 disposições transitórias. A Revolução de 1930 derrubou Washington Luiz e abateu a Lei Superior. Desde então, o País viu malograrem as constituições de 34, 37, 46, 67 (Emenda 1/69), até chegarmos à atual, cuja insegurança confirma-se diariamente.


Comentários às constituições, sob viés político, conheço dois: o primeiro, intitulado “Constituições do Brasil”, editado pelo Centro de Ensino à Distância, de Brasília. São seis tomos, com estudos relativos ao período 1824/1967, redigidos por notáveis juristas: Aliomar Baleeiro, Ronaldo Poletti, Walter Costa Porto, Octaciano Nogueira, Barbosa Lima Sobrinho, Themístocles Brandão Cavalcanti, Luiz Navarro de Brito.


Surge, agora, “A história das Constituições Brasileiras - 200 anos de luta contra o arbítrio”, de Marco Antonio Vila. O autor é mestre em sociologia, doutor em história pela USP, e leciona na Universidade de São Carlos. Escreveu, também, “Jango Um Perfil” e “Canudos o Povo da Terra”. O livro traz, à guisa de conclusão, capítulo cujo instigante título é “O STF e as liberdades; um desencontro permanente”.


Não é, como diz o autor, obra de direito constitucional. Nessa linha temo-las em quantidade. O prolífico Pontes de Miranda, por exemplo, produziu várias, todas em meia dúzia de tomos. Longe disso – afirma Marco Antonio Villa – o que se procura demonstrar é que “na maioria das vezes, os textos constitucionais estavam distantes da realidade brasileira.”

A fragilidade das sete constituições basta como demonstração do divórcio entre utopia e realidade. Das sete, as mais resistentes às intempéries foram obras de um homem só; a do Império, outorgada por D. Pedro I, vigorou 65 anos, com uma única emenda e, a de 1891, redigida por Ruy Barbosa, 40, sendo modificada apenas uma vez.
A mais vulnerável é a de 1988, elaborada por Assembleia Nacional Constituinte, composta por centenas de deputados e senadores, em clima de total liberdade. Deu no que deu. Permanece em pé, enfraquecida, porém, e desfigurada. Do ponto de vista das garantias sociais é ambiciosa, entretanto utópica, para não dizer falsa. Leiam-se os capítulos relativos à saúde, educação, família, segurança. Platão não teria feito melhor.
Detenho-me no art. 196, um dos que maior interesse tem para o povo. Afirma-se, ali: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
Conversa fiada, como diz o homem simples. Direito à saúde tem quem pode pagar por excelente plano, contratar seguro hospitalar, exerce ou tenha exercido, alto cargo na administração pública, o que lhe abre as portas, de imediato e sem custos, aos melhores hospitais do País. O pobre dependente de assistência médica pública, hospital filantrópico, santa casa de misericórdia, ou instituição de caridade, está perdido. Nos municípios menores, mesmo dos estados ricos, inexistem clínicas, ambulatórios e médicos, e quando encontrados, sobrecarregados de dívidas não dispõem de equipamentos e remédios.
É necessário lermos a obra do prof. Marco Antonio Villa, sobretudo os estudantes de cursos superiores. O texto, direto e simples, ensina a distinguir o concreto da fantasia.
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Almir Pazzianotto Pinto é advogado; foi Ministro do Trabalho e presidente do Tribunal Superior do Trabalho.

Miniatur Wunderland - Aeroporto

Os vídeos são grandes, mais de 15 minutos cada um. Mas eu asseguro, você vai ficar impressionado(a) com a riqueza de detalhes e a perfeição. É tudo reprodução em miniatura de um Aeroporto exposto em Hamburgo (ALE) no Miniatur Wunderland. Note que até os aviões(zinhos) decolam de verdade! Imperdível!

domingo, 17 de junho de 2012

Dois Minutos da Sua Atenção


Um tuiteiro se saiu com essa, depois de saber que ninguém menos que Paulo Maluf, vai apoiar o candidato do PT (aquele que Lula apresentou pro Ratinho como O NOVO) a Prefeitura da Cidade de São Paulo“Às vezes, Jesus se disfarça de Maluf só para testar a fé da militância.”
Encantador, né?

Fico imaginando quando todos vierem a luz e se juntarem num mesmo palanque à Luíza Erundina, atualmente no PSB e candidata a vice, ela que foi a maior "inimiga" de Maluf assim como o próprio PT. Eu disse, foi!

Faz muito tempo, desde 2003, que Maluf e sua tropa está agarrado no PT de Lula, hoje comanda o Ministério das Cidades no Governo Dilma.
Erundina não me causou surpresa, ela sempre foi petista. Só não apoiou o PT durante a campanha de 2000 à prefeitura de São Paulo, onde foi candidata e perdeu pra Marta Suplicy. Foi escorraçada do partido (1997) pelo próprio Lula, depois que se negou deixar o cargo de ministra-chefe da Secretaria de Administração Federal no governo de Itamar Franco (1992-1994), que sucedeu Fernando Collor após o impeachement. Marta Suplicy é nesta campanha, o que foi Erundina naquele momento: querem faze-la engolir mais uma decisão ditatorial de Lula que impôs o nome de Fernando Haddad sem nem mesmo maquiar uma "convenção". Em Recife, o prefeito João da Costa venceu a convenção mas não levou. Este PT só não conhece quem não quer ver!

Por que essa gente quase se mata e depois se junta como se fossem amigos de infância?

No caso atual da campanha em São Paulo, tudo é feito para conseguir o maior tempo de TV possível. Maluf é dono de um minuto e meio; Fernando Haddad é um ilustre desconhecido na capital paulista ou está "fixado" nas lambanças do ENEM, do qual foi o gestor supremo enquanto Ministro da Educação. É preciso vender este "novo produto" para o eleitor da periferia, o pobre miserável, aquele que pode ser enganado pela "cara" de Lula, Erundina e Maluf à frente do rosto desconhecido de Haddad. E assim acumula-se VOTOS.

No plano federal a coisa toda gira em torno de dois polos: exposição da legenda partidária (com captação de prestígio político) e gerir verbas públicas, que é o ralo para absorção de verbas partidárias em futuras campanhas. Não, não vou falar sobre todo o mais que estamos cansados de saber: corrupção!
O partido de Maluf pertence a tal "base aliada" que mais não é do que uma base alugada para fazer passar as Medidas Provisórias da Super Gestora Dilma. Isso lhes confere o privilégio de "emendar" o orçamento da União com garantia de sucesso: ou seja, grana federal para os seus próprios aliados políticos nos estados e municípios.

Por esse motivo você ouve, lê ou vê nos telejornais que a Ministra Idelí "liberou" verba de tantos milhões para os deputados e senadores, as vésperas das votações numa das casas do Congresso Nacional. É a senha pra por a mão na grana: vota SIM (ou não, de acordo com a conveniência do executivo) que o dinheiro está a disposição na boca do cofre. E suas excelências, nossos nobres deputados e senadores se põe a votar com pompa e circunstância, como se fossem a peça mais importante da democracia brasileira, fazendo crer com seus discursos da boca pra fora que aquele projeto vai mudar a vida de todos nós!

E muda mesmo! Logo você vai precisar de transporte público e... nada! Creche para seus filhos e ... nada! Escola de qualidade como lhe garante a Constituição e... nada! É assaltado e baleado, porque a segurança... nada! Vai parar num hospital do SUS e... nada! Morre, por falta de UTI e até de médico. Nas próximas eleições lá vai todo mundo da sua família votar naquele que ouviu dizer de alguém que recomendou que o parente precisa que é uma indicação dum rosto conhecido que falou bem do candidato no tempo gratuito do horário eleitoral na TV.
MAS VOCÊ NÃO TEM NADA A VER COM ISSO, NÉ?


"Não há dúvida: pensar me irrita, pois antes de começar a pensar, eu sabia muito bem o que eu sabia
Mentir e Pensar, de Clarice Lispector em seu livro Aprendendo a viver.