quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Pizza de Acarajé

Hoje, lamentavelmente, foi divulgado que o relatório sobre a CPI do BNDES foi votado e aprovado, conforme redação do relator: deputado José Rocha (PR-BA).
Ninguém foi indiciado!
Respondendo aos 'jornalistas', o relator disse que não poderia indiciar as pessoas citadas, porque elas não foram ouvidas na CPI, que isso seria uma ação de 'parcialidade' e que ele quis demonstrar sua 'imparcialidade'.
Ninguém perguntou por que as pessoas não foram ouvidas, o relator então não precisou explicar que os membros governistas da CPI vetaram todas as requisições para que os implicados fossem ouvidos.
Tudo muito bem orquestrado pelo desGoverno, que não queria a implicação de Lula, o presidente do BNDES e outros ministros caros a presidentA 'Diuma'.

Mas não vai adiantar muito...
As operações Zelotes, Acrônimo e Lava-Jato estão desnudando esses e os demais cretinos, alguns deles já foram associados as operações do BNDES no exterior e logo toda a trama será desvendada.

A pizza de Acarajé, promovida pelos aliado$ da Organização Criminosa com Registro Partidário só serviu para envergonhar ainda mais os raros parlamentares honestos do Congresso Nacional.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

BBB mais importante que PT

LEIO no Facebook e Twitter que JULIANA foi eliminada do BBB16, com mais de 100 milhões de votos.
É um país de merda esse nosso...
Eita povo que merece mesmo o desGoverno que tem...
O Ministério Público está ha meses tentando arregimentar UM milhão e meio de assinaturas, pra forçar o Congresso aprovar leis mais duras pra inviabilizar a corrupção, e não consegue.
- E o Zé povinho, em menos de uma semana, vota mais de 100 milhões de vezes nuna sei lá o que do BBB...
O Senado tem uma página na internet onde você pode OPINAR sobre projetos de leis que estão em tramitação na Casa. Nunca vi mais de 75 mil opiniões, isso nos procedimentos de SIM ou NÃO. Comentários? Sugestões? Uma raridade.
- E o Zé povinho, em menos de uma semana, vota mais de 100 milhões de vezes nuna sei lá o que do BBB...
No carnaval, milhões de brasileiros saem as ruas durante quase uma semana, pulam, cantam, dançam, investem em fantasias, bebidas, ingressos, abadás, acessórios, alimentação, gastam o que tem e o que não tem. Tudo em nome da diversão! O mundo para, o tempo para, os problemas não existem.
Já pra se reunir um único dia, durante pouco mais de três horas e berrar a plenos pulmões FORA PT e escorraçar estes bandidos do poder... uma meia dúzia aparece por lá, outro tanto de heróis que gastam o que não tem pra pagar carro de som, pintar faixas, colar cartazes...
- Mas logo mais a noite deste mesmo dia, o Zé povinho, estará reunido, serão mais de 100 milhões em frente a TV para saber quem vai para o paredão do BBB. Dias depois, votarão em massa, pagando por ligação e gerando impostos para este desGoverno ferrá-los na segunda-feira e adiante, até 2018.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

O Supremo Contra-ataca

O Supremo resolveu sair em sua própria defesa. Com o voto do ministro Marco Aurélio, o Supremo decidiu impor multa para agravos inadmissíveis ou infundados. 

Mais do que a multa, o importante foi a clara, descritiva e factual argumentação do ministro: “Decisão de primeiro grau desfavorável. Decisão de segundo grau desfavorável. Interposto o recurso foi negado seguimento a este recurso. Protocolado agravo de instrumento julgado por integrante do Supremo, portanto, pelo Supremo. E ainda me vem com agravo interno…” 

Não disse, mas expressa: “Basta!”. 

Não se sabe ainda se o Supremo está dizendo “lides temerárias, nunca mais”. “Embargos protelatórios, nunca mais”. “Agravos infundados, nunca mais”. É cedo. Mas é fundamental mudança: da inércia para a autodefesa. Agora reagir parece possível. 

O motivo desta decisão parece óbvio. Todos os que me leem sabem muito bem. Não é possível o Supremo continuar a receber quase 8 mil processos por mês. Um ministro do Supremo recebe mais processos do que um juiz de primeira instância. 

Nem faz bem ao Supremo diante dos cidadãos, junto aos quais precisam prestar contas do poder que tem, um ministro estar julgando quase 30 agravos regimentais em uma só sessão. A tal ponto que não se julga mais processo, mas lista de processos! 

A decisão do ministro deverá ter repercussões importantes. Duas pelo menos. A primeira é clara. O brasileiro não tem reclamado da justiça que o Supremo produz. Mas da ineficiência e lentidão. Dos quase 30 agravos regimentais indeferidos das listas do ministro Marco Aurélio, 19 tiveram a imposição de multa. Destes casos, a maioria tem como tema servidores públicos. 

Servidores públicos: assunto que inunda o Supremo e que compõe quase 20% do total de seus processos. É este o Supremo que o Brasil quer? Um “resolvedor” de conflitos de funcionários públicos? 

Estes agravos, os dados mostram inúteis. Custam ao orçamento. No fundo, é apropriação privada de recursos públicos pelos interesses das partes, sejam partes governamentais ou privadas. 

A segunda consequência da imposição de multas é o simbolismo na convergência entre todos os ministros da 1ª Turma: Luís Roberto Barroso, Marco Aurélio, Luiz Fux, Rosa Weber e Edson Fachin.  
Ao convergirem, ficou evidente que divergências de teses jurídicas que acontecem aqui e ali, e são naturais, podem ser ultrapassadas, quando se trata de fazer o próprio Supremo mais legítimo, porque mudou, para ser mais eficiente. 

Afinal, o Supremo começa a reagir diante do abuso processual. 

Joaquim Falcão 
Diretor da FGV Direito Rio

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Prender e Não Soltar

Os 'adevogados' já estão ladrando sobre a decisão do STF de mandar prender quem for julgado e condenado em segunda instância. Alegam que a Lei 12.403 modificou o art. 283, do Código de Processo Penal e impede a prisão.
Então que se altere o artigo 283. É recurso demais, nos Estados Unidos pra recorrer a segunda instância o condenado o faz da prisão. Ninguém está defendendo que não recorra, que recorra até o infinito... Mas ficar livre até o último recurso, mesmo depois de passar com instância de colegiado e condenado, é muita presunção de inocência para pouca inocência que possa convencer juizes.
Mas falta também reformular a coisa da progressão da pena. Assassinato não pode ter progreção da pena assim tão fácil. Matou um ser humano, tem que pagar 'na moeda mais cara', não na 'moeda mais barata' de cumprir uma parcelinha da pena e ser libertado por 'bom comportamento'. E progressão é: sair do regime fechado para um regime de trabalho em área penal, controlada, depois, muito depois, para trabalhar na rua e voltar para o presídio a noite e, só no final, dependendo da ressocialização comprovada, a liberdade condicional.
Hoje tem até 'saidinha de Natal', os caras saem a vontade, praticam crimes no período e voltam pra prisão, quando voltam, e tudo certo! Está errado! E não venham com argumentos de direitos humanos, 'os direitos humanos' para as vítimas que morreram ninguém vai restituir... a vida foi perdida! Já se faz tarde modificar isso tudo! Muito tarde!

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Conceda, Lewandowski...

A defesa de Jonas Suassuna (aquele amigo de Lula, que dizem, é dono de parte do sítio em Atibaia que não é de Lula...), entrou no STF com um pedido de suspensão da investigação feita pelo Ministério Público. Alegam restrição do trabalho da defesa, pois não lhe foi dado "amplo acesso " aos autos.
A ação, aberta pelos escritórios Bergher & Mattos e Gomes de Mattos, argumenta que a defesa não conseguiu cópias dos autos do processo.
A Procuradoria da República do Paraná permitiu apenas que os advogados compulsassem os documentos da investigação em dia, hora e local determinados.

O pedido, feito diretamente a Ricardo Lewandowski, presidente do STF, também sugere uma alternativa, se o procedimento de investigação não for sustado, que se adie por vinte dias o depoimento de Suassuna, marcado para o dia 25, próxima quinta-feira.

ACHO JUSTO que Lewandowsky conceda a suspensão da investigação. Esse pessoal do MP é muito invejoso. Só porque o rapaz faz parte de um complô para ocultação de propriedade do sítio, ninguém tem que ficar bisbilhotando isso. 
Já imaginaram o trabalho que deu fazer essa ocultação? 
Comprar o sítio em duas glebas, uma no nome de cada 'laranja', depois juntar as duas partes da laranja, chamar a empreiteira pra fazer a reforma, fazer laguinho em córrego - sabiam que isso é crime? Que o rapaz 'dono' do sítio pode até ser preso? Coitado... Teve até que pedir pra comprar pedalinhos de cisne - a dona Marisa parece que não gostou muito porque comprou uma canoa de alumínio - depois, achar outra empreiteira pra doar a cozinha kitchen, encontrar uma operadora de telefonia que instalasse uma antena pro celular que os amigos que vão visitar o sítio, mas não tem celular, pudessem ter sinal de comunicação... Gente, uma antena dessas é carésima, mais de 500 contos; sem falar nas obras na estrada para o sítio - asfalto, pontes de concreto - que o prefeito do mesmo partido do amigo que visita o sítio 111 vezes, mas não é o dono, pudesse chegar no sítio sem atolar o carro. 
Não é fácil, meu... Tem estrada no interior que os fazendeiros perdem a produção porque os prefeitos não fazem o asfaltamento das estradas, mas os caras conseguiram... E vem o Ministério Público e fica fuçando essas coisas até achar esses problemas todos aí... E não quer deixar os advogados do rapaz saber tudo, tin-tin por tin-tin o que eles ainda não sabem pra poder traçar uma estratégia de defesa que livre a cara do coitado do visitante que não é o dono do sítio... Tá certo isso, então? E ainda copiaram o rapaz! Ele oculta tudo e o MP quer ocultar suas descobertas também... Invejosos!

#IroniaModeON

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

O Brasil do PT... faliu!

Só um trechinho da reportagem de Malu Gaspar, na Revista Piauí, que escreve um artigo muito didático a respeito de como a moratória brasileira é praticamente inevitável, diante do crescimento explosivo da dívida pública.
ASSOMBROSO:
"Só de juros, o governo deve pagar neste ano algo como 400 bilhões de reais. Os títulos que vencem até dezembro vão exigir do Tesouro mais 602 bilhões em 2016. O trilhão que resulta da soma dessas duas parcelas é equivalente a tudo o que o governo arrecada de impostos e contribuições em um ano, de modo que o Brasil não pode pagar – e não paga – a dívida toda de uma só vez. Entra aí a famosa rolagem – quando o Banco Central troca papéis que vencem em prazo curto por outros, com vencimento mais longo.
O BC também vende títulos aos outros bancos com a obrigação de recomprá-los em uma data determinada antes do vencimento, pagando juros de mercado. De troca em troca, vai manobrando os vencimentos dos papéis e os juros para não deixar a situação descarrilar. Quando a confiança no governo é grande, quem compra o título concorda em esperar mais e ganhar menos juros. Do contrário, os prazos diminuem e os juros aumentam.
Em 2007, mais da metade dessas negociações, chamadas tecnicamente de “operações compromissadas”, tinham prazo máximo superior a três meses. Agora, 80% dessas operações vencem num período menor do que três meses. E 29% dos títulos são resgatados em até duas semanas. Ou seja, aumentou muito a proporção de investidores que querem um retorno rápido do governo – e que apostam, portanto, que não demora muito para a vaca ir para o brejo."

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

DECAPITADO POR OUVIR MÚSICA

Um adolescente de 15 anos foi decapitado pelo Estado Islâmico no Iraque depois de ter sido flagrado ouvindo música ocidental em um dispositivo portátil. Ayham Hussein foi preso por militantes no reduto Mosul, no Iraque. Ele foi forçado a enfrentar um tribunal islâmico e foi condenado à morte em uma execução púbica. O corpo de Hussein teria sido entregue à família na última terça-feira. As informações são do Metro. Um porta-voz centro de mídia do Estado Islâmico em Nínive disse ao site ARA News que Hussein foi capturado pelos jihadistas 'enquanto ouvia música pop na mercearia de seu pai no mercado Nabi Younis, em Mosul'. Esta teria sido a primeira execução por esse motivo na cidade, o que teria indignado a população. Em um comunicado, há dois anos, o grupo terrorista proibiu “música e canções nos carros, nas festas, nas lojas e em público, bem como fotografias de pessoas nas vitrines das lojas”. Ainda segundo o texto, “canções e música são proibidos no Islã porque impedem a lembrança de Deus e do Corão e são uma tentação e corrupção do coração”. 

Leia mais na matéria jornalistica original: http://extra.globo.com/noticias/mundo/adolescente-decapitado-pelo-estado-islamico-por-ouvir-musica-pop-no-iraque-18702589.html#ixzz40YBCdk4d

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Maquiagem Sem Fronteiras

A MAQUIAGEM promovida pela Prefeitura do Rio na favela Caminho do Zepellin, no Rio de Janeiro, para a visita-propaganda de 'Diuma' travestida de combatente do Aedes aegyPTi, neste sábado, foi como uma fotografia do descaso que o Estado dedica as 'comunidades' e, por isso mesmo, quem domina tudo são os traficantes.
“Começaram a fazer coisas que nunca fizeram aqui”, estranhou a dona de casa Diana Amorim Gonzalez, que contraiu zika há um mês.
“Até sofá velho que estava aí largado há muito tempo eles tiraram”, disse Vani Pereira, diretora de uma escola particular de ensino fundamental."
O governo deveria estudar a criação de um programa novo, o ‘Maquiagem sem Fronteiras’. A experiência não pode ficar restrita a uma favela carioca. Em vez de gastar dispersivamente com saúde e saneamento básico, o Tesouro aplicaria o dinheiro num grande projeto de camuflagem. Não elimina o mosquito. Mas, com uma generosa camada de blush, pode-se revolucionar a aparência dos doentes.
Numa segunda fase, o programa pode distribuir um kit de maquiagem para todos os brasileiros. Conteria base branca para tingir o rosto, batom para a pintar a boca engraçada e uma bola vermelha para realçar o nariz. Por último, o Planalto lançaria uma campanha na internet:
#somostodospalhacos

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Tomando no TCU

Eu aqui na minha 'santa ignorância' não entendo: PORQUE o tal dono da UTC que fez DELAÇÃO PREMIADA não é chamado a depor e alguém (pode ser até o carcereiro 'japonês' da Federal) não pergunta pra ele: VOCÊ PAGOU O CARA?
- Paguei! ou
- Não paguei!
Fica a história restrita ao " - Veja bem..." e se arrastando por meses, vai durar anos, enquanto o juiz (juiz?) permanece no TCU e no STJ julgando, 'cagando' sentenças que não se sabe se são suas (do direito) ou compradas.
É do balacobaco! Lendo o artigo do articulista Josias de Souza, a seguir, a gente pensa: Eles não tem cara-de-pau, o que eles tem é cara-de-aço. E o pior: NINGUÉM (Ministério Público, Ministério da Justiça, Imprensa, STJ, STF, N-I-N-G-U-É-M) SE MANIFESTA CONTRA ESTA SITUAÇÃO OU SIMPLESMENTE IMPEDE QUE CONTINUE.
O ministro Raimundo Carreiro, do Tribunal de Contas da União, desempenha no momento dois papeis incompatíveis. No TCU, ele é o relator do acordo de leniência que a empreiteira UTC negocia com o governo. No STF, Carreiro é investigado por suspetia de ter recebido propina de Ricardo Pessoa, dono da UTC. Deve-se a informação ao repórter Vinicius Sassini.
Acordo de leniência é o nome técnico da delação premiada feita por empresas. Apontado como coordenador do cartel de empreiteiras que pilhou a Petrobras, Ricardo Pessoa reivindica o acerto para que sua construtora volte a celebrar contratos com o governo. Faz isso depois de já ter virado delator como pessoa física. Foi nessa condição que ele mencionou o nome de Raimundo Carreiro em depoimento à força-tarefa da Operação Lava Jato.
Ricardo Pessoa contou aos investigadores que pagou mesada de R$ 50 mil mensais ao advogado Tiago Cedraz. Vem a ser filho do presidente do TCU, Aroldo Cedraz. Segundo o delator, os pagamentos eram feitos em troca de informações privilegiadas sobre um processo que corre no TCU. Refere-se às obras da usina Nuclear de Angra 3, tocadas por um consórcio de empresas que incluiu a UTC. Negócio de R$ 1,75 bilhão. O relator do caso é Raimundo Carreiro.
O dono da UTC acrescentou que Tiago Cedraz lhe pediu uma propina de R$ 1 milhão, em dinheiro vivo. Na interpretação do empreiteiro, a verba destinava-se a Raimundo Carreiro. Acionado, o Supremo Tribunal Federal autorizou, em junho de 2015, a abertura de um inquérito sigiloso para investigar o ministro Carreiro e o advogado Cedraz. No mês seguinte, Carreiro virou relator do acordo de leniência da UTC.
Carreiro foi procurado pelo repórter na tarde desta quinta-feira. Aparentemente, caiu-lhe a ficha: “A relatoria foi sorteada para mim. Em 2 de julho, proferi um despacho, com anuência do Ministério Público junto ao TCU, com a definição de que as duas primeiras etapas seriam analisadas uma única vez. Vou me declarar impedido. Não tenho nenhum problema, mas, por estar no foco, vou me declarar impedido.”
O ministro prestou depoimento à Polícia Federal em outubro de 2015. Disse ter encontrado Tiago Cedraz em duas escassas ocasiões: nos casamentos do advogado e da irmã dele. Negou ter recebido, por intermédio de Cedraz ou de terceiros, dinheiro para ajeitar o julgamento do processo sobre Angra 3 aos interesses da UTC.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Não há Vagas

Outro dia, um cartola do PT declarou que Lula "mora no coração do povo brasileiro". Na condição de brasileiro em dia com as obrigações e portador de um coração de dimensões regulares, vi-me tecnicamente apto a hospedar o ex-presidente. Gelei. A ideia de ter meganhas entrando e saindo do meu coração, vasculhando cômodos, armários e debaixo das camas para proteger o chefe, me apavorou.
Além disso, Lula é um hóspede folgado. Apossa-se dos apartamentos e sítios a que o convidam como se fossem dele. Promove reformas como derrubar paredes, mudar escadas de lugar e instalar elevadores internos, vide o famoso tríplex que não lhe pertence no Guarujá -imagine se pertencesse. Com seu à vontade em relação à propriedade alheia, temo que, uma vez hospedado no meu coração, logo iria querer alterar o curso de minhas veias e artérias, como tentou fazer com o rio São Francisco.
E acho que meu coração não comportaria a turma que anda com ele. Lula começaria a receber seus amigos empreiteiros, pecuaristas e doleiros, os quais iriam se meter por meus átrios e ventrículos, e sabe-se lá para onde meu sangue passaria a ser bombeado. Sem falar em sua mulher, dona Marisa - com suas prerrogativas de ex-primeira-dama, mandaria trocar meus velhos fogões por luxuosos micro-ondas e atracaria uma canoa em meu sistema vascular.
Mas isso não acontecerá. Consultei o cardiologista e ele foi taxativo ao se opor a que eu receba Lula em meu coração, mesmo que por poucos dias. Como médico, teve péssima impressão do desempenho de Lula no setor da saúde enquanto presidente. E citou o meu próprio caso.
Nos últimos anos, por certas atribulações cardíacas, quase fui duas vezes para o beleléu. Do qual só me salvei tomando dinheiro emprestado aqui e ali, por ter um plano de quinta e não poder contar com um sistema decente de saúde pública.
Ruy Castro

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

POBRE menino RICO da 'Diuma'

Essa é uma história comum a partir de 2003 no Brasil. Gente que não tinha nada, conseguiu uma boquinha no desGoverno do PT (nem precisa ser um 'cargão', assim) e da noite pro dia fica milionário. De porteiro de estatal até os filhos dos presidentes, o que tem de gente RICA assim é uma grandeza. E tome Lava-Jato pra descobrir isso...

Esta história saiu no blog O ANTAGONISTA, edição de hoje (04 Fev 16):

Anderson Dorneles é o "menino" que Dilma Rousseff teve de dispensar depois que O Antagonista descobriu que ele é sócio oculto do RedBar, no estádio do Internacional construído pela Andrade Gutierrez.
Em 1º de fevereiro de 2008, ele entrou com uma ação revisional contra o Itaú, na 18a Vara Cível de Porto Alegre, porque o banco o havia posto no cadastro de devedores. Até aí nada demais. O dado curioso é que Anderson Dorneles pediu e conseguiu Assistência Judiciária Gratuita (AJG), alegando falta de recursos para pagar custas, embora recebesse salário como assessor de Dilma na Casa Civil.
Como a Justiça aceitou o argumento de pobreza de Anderson Dorneles na época, isso quer dizer que ele NÃO aplicou o golpe corriqueiro de pedir AJG apenas para não ter despesas processuais e, no caso de perda da causa, não ter de pagar honorários ao advogado da parte contrária.
Como Anderson Dorneles era pobre na época, torna-se ainda mais admirável o fato de, em apenas seis anos, ele ter feito dinheiro suficiente para tornar-se sócio de um bar badalado, casar-se numa vinícola chique do Rio Grande do Sul e ter uma lua-de-mel luxuosa em Dubai, Abu Dhabi e Ilhas Maldivas. Sempre assessorando a mesma Dilma Rousseff que, em 2008, não lhe dava salário suficiente para pagar custas de processo.
No poder, o PT realizou a façanha de tirar os seus amigos das classes D e C e colocá-los na classe AAA.

Na ação que moveu contra o Itaú em 2008, Anderson Dorneles pediu Assistência Jurídica Gratuita, mas tinha advogado próprio: Douglas Franzoni Rodrigues (vejam resumo do documento abaixo).
Douglas Franzoni...Douglas Franzoni...
Douglas Franzoni é um dos sócios, no papel, do badaladíssimo RedBar, como já havíamos noticiado.
O advogado de Anderson Dorneles (e seu sócio) bateu ponto, entre outros lugares, pela Petrobras Distribuidora, ANTT e Casa Civil, sempre na órbita de Dilma Rousseff.
Douglas Franzoni é um "menino-satélite" de 'Diuma', digamos assim.

Resumo do Documento:
Julgador: Andréia Terre do Amaral 
Despacho: Defiro o benefício da assistência judiciária gratuita.
Passo à análise dos pleitos liminares:
- Cadastramento: A relação jurídica negocial entretida pelas partes tem, mediante a propositura da presente demanda, sua legalidade discutida em vários aspectos. Nessa perspectiva não se afigura legítima a inscrição da parte autora em cadastros de devedores, porquanto, ninguém ignora sua natureza restritiva de crédito, até que haja pronunciamento judicial acerca do que é devido e se o é.

Editorial O Estado de S. Paulo - 02 Fev 2016

Se em relação a Luiz Inácio Lula da Silva a Operação Lava Jato e afins não conseguirem revelar nada mais do que até agora veio a público, já estará mais do que demonstrado um traço importante do comportamento do ex-presidente que o desqualifica como homem público incorruptível ou, como ele próprio se definiu, a “alma mais honesta” do País: a promiscuidade com empresários corruptos como o ex-presidente da construtora OAS, condenado a 16 anos de reclusão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa no escândalo da Petrobrás.
Pressionado, Lula confessou, em nota divulgada por seu instituto, o que já se tornara indesmentível: fez uma visita, em 2014, a “uma unidade disponível para venda no condomínio”, o famoso tríplex do Edifício Solaris, no Guarujá, acompanhado de Marisa Letícia e de Léo Pinheiro, então firme no comando de sua empreiteira, que havia assumido a construção do prédio. Após a visita – segundo a nota, sob o título Os documentos do Guarujá: desmontando a farsa –, o casal concluiu que o apartamento “não se adequava às necessidades e características da família, nas condições em que se encontrava”. Aparentemente, para satisfazer o casal, Léo Pinheiro mandou fazer novas reformas, que foram fiscalizadas, ainda segundo a nota, em outra visita de Marisa Letícia, desta vez acompanhada do filho Fábio Luís.
Não é necessário especular sobre os motivos que teriam levado a OAS a assumir a construção do Solaris após a quebra da Bancoop nem as razões que teriam convencido a família Lula da Silva a desistir da ideia de ter um luxuoso apartamento naquele prédio. A pergunta para a qual Lula não tem resposta é a seguinte: por que, afinal, Léo Pinheiro se dispôs a apresentar pessoalmente ao ilustre casal a reforma que sua construtora havia realizado no tríplex e, quando foi informado de que o imóvel “não se adequava às necessidades” de uma família exigente, ordenou nova reforma, que a própria ex-primeira-dama viria a conferir pessoalmente pelo menos uma vez?
As razões de Léo Pinheiro são fáceis de imaginar. Lula, na condição de ex-presidente da República e maior líder do partido que continuava no poder, já havia desembolsado boa soma para a aquisição do imóvel e, mais que isso, merecia a deferência especial da presença do dono da construtora na singela apresentação da unidade reformada. E Pinheiro acertou, pois os Lula da Silva efetivamente se interessaram pelo negócio, já que o generoso anfitrião do encontro garantiu que o deixaria nos trinques. Só desistiram dele, meses mais tarde, no segundo semestre do ano passado, depois que a imprensa passou a publicar, segundo a nota, “notícias infundadas, boatos e ilações que romperam a privacidade necessária ao uso familiar do apartamento”, seja lá o que isso queira dizer.
As razões de Lula, homem público com ambições que não esconde, é que interessam aos brasileiros. Não se trata de questionar a lisura do negócio em que a família se envolveu. Trata-se de constatar que Lula, que sempre demonstrou desprezo pelos rigores éticos da “moral burguesa”, se permitiu expor publicamente uma relação promíscua com um empresário desonesto – relação que, a bem da verdade, precede de muito o caso do tal tríplex – interessado em transformar “laços de amizade” em ativos financeiros.
A relação espúria Lula-Léo Pinheiro se reproduz em muitas outras do gênero que povoam o ambiente de promiscuidade entre política e negócios, com uma infinidade de “amigos do peito do presidente”. Ela é a própria essência do secular e corrupto sistema patrimonialista que trava o desenvolvimento do País. Um sistema que, pelas injustiças que tende a provocar – o caso Bancoop é um magnífico exemplo –, sempre esteve na mira do PT enquanto era oposição. Um sistema ao qual Lula e seus seguidores se renderam sem o menor constrangimento há 13 anos, sob o argumento falacioso de que, para fazer bem ao povo, é preciso garantir a “governabilidade” a qualquer custo. Essa é a verdadeira farsa que a Lava Jato está desmontando. Lula e seus fiéis escudeiros, tendo à frente o notório José Dirceu, sempre se apresentaram como heróis ao povo brasileiro. Nunca passaram de homens comuns, daqueles que se deixam corromper pelas circunstâncias. Ao contrário deles, heróis mudam as circunstâncias e conservam suas virtudes. Lula e a tigrada nunca foram nem serão heróis – não passam de homens ordinários. Ordinaríssimos.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Imposto na Veia

Um dia na vida do desGoverno:
- 7h45 - Vigilante assiste, na portaria do Ministério da Fazenda, o telejornal Bom Dia Brasil na segunda feira, dia 1º de Fevereiro. O som está ligeiramente alto.
- 7h55 - O Ministro chega ao prédio e sobe pelo elevador de serviço. O elevador para no térreo para alguém entrar e o ministro consegue ouvir parte da matéria que o Bom Dia Brasil veicula: ... o segmento de sorvetes subiu quase 26% e chegou a um faturamento de R$ 25 bilhões em 2015...
- 7h59 - O ministro pergunta se o secretário da Receita Federal já chegou. O chefe de gabinete diz que vai verificar. O ministro pede para que ele venha até seu gabinete.
- 8h15 - O chefe de gabinete avisa ao ministro que o secretário da Receita Federal está na ante-sala. O ministro pede que ele aguarde um minutinho.
- 9h23 - O ministro avisa ao chefe de gabinete que o secretário da Receita Federal pode entrar.
- 9h25 - O secretário da Receita Federal adentra ao gabinete do ministro. Eles falam de futebol, tomam cafézinho, comentam sobre a estagiária nova que começou hoje...
- 9h50 - O ministro quer saber se o seguimento de sorvetes tem tido crescimento na arrecadação. O secretário da Receita Federal consulta seu tablet e confirma que sorvetes, chocolates e cigarros foram os únicos que tiveram crescimento na arrecadação de impostos.
- 9h55 - O ministro determina que o secretário da Receita Federal faça uma simulação para 2016 desses seguimentos. O secretário promete voltar no meio da tarde com os dados.
- 12h10 - O ministro sai para almoçar com um deputado da base aliada.
- 15h25 - O ministro retorna do almoço e pergunta ao chefe de gabinete se o secretário da Receita Federal está com os dados solicitados para os seguimentos de sorvetes, chocolates e cigarros.
- 16h05 - O chefe de gabinete informa que o secretário da Receita Federal está disponivel para apresentar os dados solicitados.
- 16h15 - O secretário da Receita Federal chega ao gabinete do ministro e inicia a apresentação dos dados solicitados.
- 17h00 - O ministro interrompe a apresentação do secretário da Receita Federal e pergunta: - mas até outubro qual seria o aumento de arrecadação se a liquota fosse maior como falamos?
- 17h20 - O secretário da Receita Federal conclui a simulação e informa o valor estimado...
- 17h21 - O ministro determina que seja aumentada a alíquota do imposto para esses seguimentos: sorvetes, chocolates e cigarros.

[ ... ]
ANTES MESMO DE OUTUBRO O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL OLHA ATENTAMENTE OS NÚMEROS E VERIFICA QUE CAIU A ARRECADAÇÃO DOS SEGUIMENTOS SORVETES, CHOCOLATES E CIGARROS. OLHA PARA O JORNAL CORREIO BRASILIENSE DOBRADO SOBRE A ESCRIVANINHA ONDE A MANCHETE INFORMA: CANDIDATO A PREFEITO APOIADO PELO MINISTRO DA FAZENDA NÃO CHEGA AO SEGUNDO TURNO.


Esta descrição é uma ficção, qualquer semelhança com fatos presentes, passados ou futuros será mera coincidência. Mas, coincidentemente, o imposto para esses segmentos subiu hoje!