sábado, 29 de outubro de 2016

A Milicia de Calheiros e o Abuso de Poder

A prisão, no recinto do Senado Federal, do chefe da sua milícia – o Pedrão – e três de seus companheiros põe à mostra até que ponto os donos daquela Casa, nas últimas décadas, a tornaram um feudo para a prática de grandes crimes e de refúgio de notórios corruptos. Para tanto os sucessivos presidentes do outrora respeitável Senado da República formaram uma milícia, totalmete à margem do sistema constitucional, a que, pomposamente, denominaram “Polícia Legislativa”, também alcunhada de “Polícia do Senado”.
Não se podem negar a esse agora notório exército particular relevantes trabalhos de inteligência – do tipo CIA, KGB –, como a célebre violação do painel de votações daquele augusto cenáculo, ao tempo do saudoso Antônio Carlos Magalhães e do lendário José Roberto Arruda, então senador e depois impoluto governador do Distrito Federal. E nessa mesma linha de sofisticação tecnológica a serviço do crime – agora de obstrução de Justiça – a milícia daquela Casa de Leis promove “varreduras”, nos gabinetes e nos solares e magníficos apartamentos onde vivem esses varões da República, a fim de destruir qualquer prova de áudio que porventura possa a Polícia Federal obter no âmbito das investigações instauradas pelo STF.
Acontece que o poder de polícia só pode ser exercido pelos órgãos instituídos na Carta de 1988, no seu artigo 144, e refletidos nos artigos 21, 22 e 42, dentro do princípio constitucional de assegurar as liberdades públicas. Assim, somente podem compor o organograma da segurança pública constitucional a Polícia Federal (incluindo a Rodoviária e a Ferroviária) e as Polícias Civis e Militares dos Estados (incluindo o Corpo de Bombeiros).
Nenhum outro corpo policial pode existir na República. Se não fosse assim, cada órgão de poder criaria a sua “polícia” própria, como a que existe no Senado. Também seriam criadas tais forças marginais nos tribunais superiores e nos Tribunais de Justiça dos Estados, nas Assembleias Legislativas, nos Tribunais de Contas, nas Câmaras Municipais, cada um com seu exército particular voltado para contrastar e a se opor aos órgãos policiais que compõem o estrito e limitado quadro de segurança pública estabelecido na Constituição.
Cabe, a propósito, ressaltar que todos os órgãos policiais criados na Carta Magna de 1988 estão submetidos à severa jurisdição administrativa do Poder Executivo, da União e dos Estados, sob o fundamento crucial de que nenhum ente público armado pode ser autônomo, sob pena de se tornar uma milícia. Nem as Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica – fogem a essa regra de submissão absoluta ao Ministério da Defesa, pelo mesmo fundamento.
E não é que vem agora o atual chefe da nossa Câmara Alta declarar textualmente que a “polícia legislativa exerce atividades dentro do que preceitua a Constituição, as normas legais e o regulamento do Senado”? Vai mais longe o ousado presidente do Congresso Nacional, ao afirmar que o Poder Legislativo foi “ultrajado” pela presença, naquele templo sagrado, da Polícia Federal, autorizada pelo Poder Judiciário. Afinal, para o senhor Renan, o território do Senado é defendido pela chamada polícia legislativa. Ali não pode entrar a Polícia Federal, ainda mais para prender o próprio chefe da milícia – o Pedrão.
E com esse gesto heroico o preclaro chefe do Congresso Nacional proclama mais uma aberração: o da extraterritorialidade interna.
Como se sabe, a extraterritorialidade é concedida às embaixadas estrangeiras que se credenciam num país e ali têm instalada a sua representação diplomática. Trata-se, no caso, da extraterritorialidade externa, que garante a inviolabilidade da embaixada e a imunidade de jurisdição de seus membros, em tempos de paz e de guerra.
Mas não para aí a extraterritorialidade interna proclamada pelo grande caudilho do Senado. As palacianas residências e os apartamentos dos senadores e senadoras tampouco podem ser violadas pela Polícia Federal. Trata-se de um novo conceito de Direito Internacional Público inventado pelo grande estadista pátrio: a noção de extraterritorialidade estendida. Ou seja, o domicílio de um representante do povo é incólume às incursões da Polícia Federal autorizadas pelo Poder Judiciário.
Foi o que ocorreu em agosto, quando o ilustre marido de uma senadora do Paraná foi preso na residência do casal e dali foram retirados documentos comprometedores. A reação foi imediata: marido de senadora, estando na casa onde com ela coabita, não pode ser ali preso, pois se trata de espaço extraterritorial interno estendido!
E assim vai o nosso país, que não para de andar de lado em matéria de instituições republicanas. E o fenômeno é impressionante. Basta o sr. Calheiros declarar que o território do Senado é inviolável para que a tese seja acolhida por um ministro do Supremo, numa desmoralização do próprio Poder Judiciário, que se autodesautoriza, na pessoa do ilustre magistrado de primeiro grau que acolheu as providências da Polícia Federal no território livre do Senado Federal.
E, last but not least, o senhor das Alagoas, não contente com o reconhecimento da legitimidade de sua milícia e da extraterritorialidade interna, por força do despacho do ministro Teori Zavascki, propõe-se, com o maior rompante, próprio dos destemidos senhores medievais, a cercear as atividades da Polícia Federal, do Ministério Público e do Poder Judiciário, sob a égide do abuso do poder, para, assim, livrar-se, ele próprio, e liberar dezenas de representantes do povo no Congresso do vexame das “perseguições políticas” que se escondem nos processos por crime de corrupção, que nunca praticaram, imagine!
E vivam o foro privilegiado, a futura Lei de Abuso de Autoridade e os demais instrumentos e interpretações, omissões e postergações do STF, que, cada vez mais, garante a impunidade desses monstros que dominam o nosso Congresso Nacional, sob o manto de lídimos representantes do povo brasileiro.
Que vexame, que vergonha!

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Brasil Inundado por Armas para os Bandidos

Órgãos de inteligência do governo federal receiam que ocorra uma elevação no volume do armamento que entra ilegalmente no Brasil. Avaliam que é grande o risco de o país sofrer o que um ministro chama de “inundação de armas”. Elas passaram a chegar em maior quantidade de dois países vizinhos: Venezuela e Colômbia. E reforçam o arsenal do crime organizado, sobretudo no Rio e em São Paulo.
Relatórios sigilosos vinculam o incremento no comércio ilegal de armas a dois fenômenos: o derretimento do regime bolivariano na Venezuela e a desmobilização das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Armadas pelo ex-presidente Hugo Chávez, morto em 2013, milícias pró-governo descobriram na venda de fuzis uma fonte de renda para enfrentar a crise na Venezuela. Guerrilheiros das Farc também levam suas armas ao balcão.
A elevação da oferta provoca um barateamento do produto. Em consequência, cresce o volume de vendas. São cada vez mais frequentes as apreensões de armas de fabricação Russa nas mãos de criminosos brasileiros. Suspeita-se que tenham sido originalmente importadas pelo governo de Hugo Chávez, que se dissolve nas mãos do sucessor Nicolás Maduro.
Outra grande preocupação do governo na área da segurança pública é a “nacionalização” das facções criminosas de São Paulo (Primeiro Comando da Capital, PCC) e do Rio de Janeiro (Comando Vermelho, CV). Elas já controlam os principais presídios do Norte e do Nordeste. Estiveram por trás dos surtos de violência que ocorreram recentemente no Maranhão, no Rio Grande do Norte, Roraima e Rondônia.
O expansão do PCC é a que mais inquieta o setor de inteligência. A organização criminosa paulista revela-se mais uniforme e dispõe de maior capacidade econômica do que sua congênere carioca. Já começou a operar no Paraguai, onde disputa território com quadrilhas locais. Avalia-se em Brasília que o PCC persegue o modelo do Cartel de Medellín —a rede de traficantes de drogas que surgiu na Colômbia na década de 1970 e se espalhou na década de 1980 por países como Bolívia, Peru, Honduras e até Estados Unidos.
As inquietações do setor de inteligência contrastam com a incapacidade que o Estado vem demonstrando no Brasil de lidar com o avanço da criminalidade. O crime é organizado porque os governos estaduais e a União revelam-se cada vez maos avacalhados. A penúria do Tesouro Nacional e a ruína dos cofres estaduais tendem a agravar o problema.
By Josias de Souza

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

PEC 241 - A lenda 'çocialista'

Não suporto gente que fica MARTELANDO uma coisa que não existe...
Vou dar a essa gente que fica MARTELANDO sobre a PEC 241 reduzir o investimento em EDUCAÇÃO, uma chance de PARAR de reproduzir lixo e besteira nas redes sociais.
Não seria preciso, se pelo menos tivessem o trabalho de LER a PEC, mas não leem. Ficam só compartilhando asneiras ideológicas.
Leiam este textinho extraido da Folha de S.Paulo, onde escrevem os piores articulistas vermelho-sangue dos assassinados pelos regimes 'çocialistas' pelo mundo:

"Vejam, por exemplo, a pérola de Vladimir Safatle, aqui na Folha: 'o Brasil gasta US$ 3.000 por aluno do ensino básico, enquanto os outros países da OCDE (...) gastam, em média, US$ 8.200', concluindo que a situação piorará nos próximos 20 anos, por conta e obra da PEC 241.
À parte comparar o Brasil (renda per capita ao redor de US$ 15 mil) com países bem mais ricos (renda per capita média na casa de US$ 37 mil), Safatle se "esquece" de mencionar que: 
(1) o gasto com educação básica (três quartos da despesa pública com educação em geral) é de responsabilidade de Estados e municípios, que não estão sujeitos ao teto (assim como o Fundeb); 
(2) esse gasto representa 18% da despesa pública total, o que colocaria o Brasil em terceiro lugar entre países da OCDE, bem acima da média; 
(3) o gasto total com educação no Brasil é de 5,6% do PIB, pouco superior à média da OCDE (5,2% do PIB); 
(4) apesar disso, os resultados do país são lamentáveis (58º entre 65 países no exame Pisa); e, finalmente, 
(5) a PEC não limita o gasto com educação, que pode subir mais do que a inflação, desde que outras despesas cresçam menos.
Alguns desses pontos requerem 15 minutos de pesquisa; outros seriam esclarecidos com a mera leitura da PEC 241, que anuncia sua aplicação apenas para o governo federal no artigo 101, enquanto o artigo 104 deixa claro haver piso (mas não teto) de gasto em saúde e educação. Isto dito, para que se dar ao trabalho de ler a proposta e pesquisar se a conclusão está tomada a priori?"

terça-feira, 18 de outubro de 2016

TSE Está só Brincando

Subiu para R$ 1,41 bilhão o montante de doações eleitorais suspeitas na campanha municipal de 2016. Isso correponde a mais da metade de todo o dinheiro doado a candidatos e partidos: R$ 2,227 bilhões. A nova cifra foi revelada no levantamento mais recente do Tribunal Superior Eleitoral, divulgado nesta segunda-feira. Entre os lançamentos suspeitos há um beneficiário do Bolsa Família que aparece como doador de R$ 75 milhões. Outro beneficiário do programa assistencial do governo emerge do cruzamento de dados como sócio de uma empresa de produções que faturou R$ 3,57 milhões por serviços prestados às campanhas.
Outro doador despejou nas campanhas R$ 50 milhões. Esse não consta do cadastro do Bolsa Família. Mas tampouco exibe renda compatível com a generosidade. Há também no levantamento um prefeito que despejou nas arcas do diretório municipal do seu partido a bagatela de R$ 60 milhões. Não é só: o número de doadores mortos subiu para 290. Juntos, os casos considerados suspeitos somam 259.968 lançamentos. Os dados foram recolhidos em órgãos de controle que firmaram parceria com a Justiça Eleitroal. Coube ao Tribunal de Contas da União fazer o cruzamento das informações.
Este é o sexto levantamento parcial sobre a contabilidade das campanhas que o TSE divulga. O primeiro veio à luz no início de setembro. As suspeitas de irregularidades somavam, então, R$ 116 milhões. A cifra malcheirosa foi subindo uma semana após a outra. Passou de R$ 275 milhões na semana seguinte. Foi a R$ 388 milhões na terceira semana. Bateu em R$ 554 milhões no dia 27 de setembro. Chegou a R$ 659 milhões em 4 de outubro. E alcançou a cifra de R$ 1,41 neste novo levantamento, que foi fechado na última sexta-feira (14) e divulgado nesta segunda (17).
O TSE conta os milagres sem divulgar os nomes dos santos —doadores e recebedores. Mantém os nomes dos suspeitos em segredo sob a alegação de que o levantamento apresenta indícios de fraudes que ainda estão em fase de apuração. Segundo o tribunal, as informações foram “compartilhadas” com o Ministério Público Eleitoral. Os dados sobre “clientes” do Bolsa Família foram repassados ao Ministério do Desenvolvimento Social. De resto, os indícios de malfeitos foram colocados à disposição dos juízes eleitorais. Instrução normativa baixada pelo TSE no último dia 16 de agosto prevê que os juízes darão prioridade à elucidação desses casos.
By Josias de Sousa
Como vocês leram acima, o TSE divulga mas não mostra... Isso não é transparência! Se ainda está em investigação, não deveria divulgar. Pior: o que vai fazer a respeito? MULTAR? 
Sabemos que, quem está com essa grana toda pra 'investir' em eleição, está se lixando pra multinhas do TSE. O que queremos é a PUNIÇÃO exemplar: FRAUDOU eleições, perde o mandato, vai preso e fica INELEGÍVEL permanentemente. Quem não sabe exercer a DEMOCRACIA pelo voto não pode participar da festa...

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Coeficiente Eleitoral - Enganando eleitores

Dentre os maiores absurdos da nossa legislação eleitoral, talvez o MAIOR seja este tal coeficiente eleitoral, que ENGANA os eleitores: são eleitos não OS MAIS VOTADOS, mas parte deles em função da participação dos partidos políticos na totalização de votos. Uma aberração!
E chamam isso de DEMOCRACIA...

Peguei o exemplo do Rio de Janeiro, porque vai ter segundo turno para eleição do PREFEITO, então talvez seja prudente ver a composição da CÂMARA MUNICIPAL eleita, antes de dar seu voto para alguém que não vai conseguir fazer NADA pela cidade, só se a maioria parlamentar da Câmara deixar.

Estes foram os eleitos e seriam se o critério fosse APENAS a MAIOR quantidade de votos obtidos:


Agora a coisa começa a mudar... Como vocês podem ver, estes seriam eleitos (como efetivamente foram) mas já seriam classificados diferentemente do que preconiza a atual legislação eleitoral. Se fosse APENAS pelo critério de maior quantidade de votos (cor laranja), seriam elencados assim:


Mas o 'bicho pega' mesmo é nas últimas colocações, quando gente com 0,21% dos votos foi eleita e até quem teve 0,55%, ficou de fora:


Em São Paulo o PT elegeu NOVE vereadores, mas poderia ter elegido MENOS dois se não fosse a votação de Eduardo Suplicy, que puxou a votação da legenda, eliminando outros concorrentes de partidos adversários que seriam MAIS ÚTEIS a cidade.
Em Curitiba foram NOVE vereadores mais bem votados que outros, com METADE das suas votações, a ficar de fora da Câmara.

POR ISSO É TÃO IMPORTANTE QUE VOCÊ CONHEÇA
PRESSIONE SEU PARLAMENTAR (Deputado Federal e Senador)
PARA QUE O BRASIL PASSE A ADOTAR ESTE SISTEMA.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

UBER x TAXI

Nesta minha rápida passagem pelo Rio de Janeiro para o batizado e primeiro aniversário da minha neta Giovana, usei e abusei do serviço de taxi. Fiz trechos como Leblon - Botafogo, Botafogo - Laranjeiras, Botafogo de uma ponta a outra, Botafogo - Leme, Botafogo - Santos Dumont...
Usei também o metrô (Botafo-Leblon e Centro-Tijuca-Centro) e até o VLT, do Santos Dumont até a Praça Mauá e depois no sentido inverso.

O VLT é uma excelente opção para quem se desloca pelo Centro, sentido Rodoviária - Aeroporto Santos Dumont e vice-versa. O trenzinho é lindo, limpo e a velocidade ideal para a região: rápido e eficiente, mas é caro! Você precisa comprar um cartão e carregá-lo com créditos de viagem. As máquinas não funcionam e já apareceu um 'agente' que vende o cartão e cobra pela carga numa maquininha portátil. Claro, embutida uma módica 'comissão'...
Chama a atenção a motocicleta que circula a frente do veículo, para 'espantar' os motoristas sem educação, que param nos cruzamentos sobre os trilhos e as pessoas que atravessam fora da faixa, se colocando em risco de serem atropeladas. Falta uma linha pela orla a partir do Aeroporto Santos Dumont até a Barra, seria um espetáculo. Como não teremos mais Copa do Mundo e nem Olimpíadas é provável que esta linha jamais seja construida. A interligação do Santos Dumont com o Aeroporto do Galeão, mais ainda... é muito necessária!

O metrô do Rio não me impressionou. Os novos trens são de qualidade inferior aos velhos trens da decada de 70, mais espartanos e com aparência de serem mais velhos que as antigas composições. A operação é de 'serviço público', não funciona nos finais de semana até a Barra (linha 4), só opera o trecho antigo. Fui de Botafogo até o Leblon e foi necessário trocar de trem no final do antigo trecho; que projeto ruim para uma cidade longitudinal, bastaria 'seguir em frente'. Também usei a linha do Centro até a Tijuca, a mais antiga. Quem quer seguir em direção a Pavuna precisa trocar de trem na estação Estácio ou Central do Brasil (não lembro se em ambas ou numa delas); o que faz sentido porque a direção da linha original é Tijuca. Mas uma linha para Niterói já passou da hora de existir, assim como para o Aeroporto do Galeão. Uma estação que fizesse a interligação de VLT para estes dois destinos seria espetacular!

Mas a tal mobilidade urbana decantada em prosa e verso pelos governantes (e alguns amigos cariocas), não tive o prazer de conhecer. As ruas estão 'travadas', congestionamentos gigantes em alguns lugares até depois das 22h em Botafogo foi 'normal'. E no final de semana!
Com o Waze indicando as melhores rotas, levei mais de uma hora do Leblon à Botafogo antes do meio-dia numa sexta-feira. No sábado as onze da manhã, tudo parado nas Laranjeiras. Um trecho de 5 minutos foi feito em quase meia hora. Maioria das ruas concedem estacionamento nos dois lados da via, ou seja: as ruas são para estacionar, não para circulação dos veículos. O conceito foi deturpado para a prefeitura arrecadar com estacionamento. Mas isso não é privilégio do Rio de Janeiro, está tudo desse mesmo jeito pelo Brasil inteiro.

Mas e quanto ao Uber e o Táxi?

Dá pra entender porque os taxistas estão desesperados: o serviço do Uber é infinitamente MELHOR e o custo para o passageiro fica 36,4% mais barato, em média! Muitas mulheres ao volante no Uber. Esta comparação eu fiz nas oito viagens que realizei pelo UberX em relação a duas de táxi. No domingo o preço do táxi dispara, chega a custar 100% mais caro, em razão da 'bandeira dois'. Em pelo menos duas situações tive que participar de 'leilão' no Uber, o que acresceu R$ 2,00 ao preço da minha corrida. Também notei que a turma do Uber Black faz corridas como Uber X, o carro que me levou ao Santos Dumont, na volta, era um Toyota Corolla novíssimo e versão luxo.
Entendo que estamos em uma fase de acomodação. Tem motorista Uber fazendo 'bico' pra aumentar a renda familiar, tem gente que não é do ramo e está testando o trabalho (carro alugado para conferir faturamento) e profissionais do táxi que migraram. Mas todos estão satisfeitos, não ouvi reclamação de movimento, mesmo com o fim das Olímpiadas. Uma observação foi recorrente: é preciso trabalhar com GÁS VEICULAR, senão a conta não fecha.

Aqui em Curitiba ainda não usei o serviço, mas pretendo testar nos próximos dias. Minha primeira impressão foi positiva, espero que o setor público não ponha sua 'mão grande' sobre o serviço e inviabilize a iniciativa cobrando taxa até para fiscalizar a operação.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Minha Guerra Contra as Operadoras de TV e Internet

Quem me acompanha aqui e nas redes sociais soube que, desde o dia 14 de Setembro de 2016, estou sem internet. O motivo é simples: CANCELEI meu plano de TV, telefone e internet com a prestadora NET. Aquela mesma, que hoje forma com a Embratel e a Claro, uma só prestadora de serviços de TV por assinatura, telefone fixo e internet. O valor pago era estratosférico, se chove o telefone e a internet não funcionam e o sinal de TV cai hora sim, hora não. Isso que o Wi-Fi não cobre toda a área do meu domicílio. Então fui buscar outra opção e escolhi a VIVO, comprando um plano pela METADE do preço da NET com basicamente as mesmas opções que uso costumeiramente e MAIS 10Mb de internet que o plano anterior. Negoção!

No dia 14 eu pedi o desligamento da NET com a promessa da Vivo de instalar tudo no mesmo dia, mas isso não aconteceu. Ficou para o dia seguinte... e nada!
Dia sim e no outro também, liguei, fui na loja de atendimento, reclamei, remarquei... e nada!
No dia 23 viajei e só retornei dia 26, não sem antes comunicar a Vivo que não estaria na cidade nesse período. Adiantou?
- Não! Ligaram 'trocentas' vezes dizendo que tinham técnico disponível para fazer a instalação. Recebi até ligação durante o batizado da minha netinha, em plena igreja.

No dia 27, liguei para a Vivo liberando a instalação. No dia 28 um técnico se apresentou na portaria do edifício, rumou para o armário de distribuição do cabeamento e... Meu Deus! Apavorei!
O armário é uma 'árvore de natal' de conexões, um emaranhado de cabos interligados, como se fosse uma 'gambiarra' oficial. E pior... não existia ponto disponível para fazer a conexão da minha residência. Segundo o técnico, confirmado por uma ligação da Vivo horas depois, haveria necessidade de uma 'adequação' da caixa de distribuição, para efetivar minha aquisição.

Por curiosidade, pedi ao zelador para abrir os armários das outras operadoras e constatei que a situação era um pouco melhor, ou pelo menos mais 'organizada'. Esqueci de mencionar que a Vivo afirmava ser necessário até 14 dias de prazo para 'adequar' o armário e só então concluir minha instalação. Deixei rolar, enquanto pesquisava outras opções.

Durante este período, recebi um sem número de ligações de telemarketing, indicando que havia um ponto disponível da Vivo e se eu queria concretizar a instalação. Eu foi quem explicou para as meninas do telefone que não havia tal ponto e que havia a necessidade de adequação, etc... Mas elas insistiam, diziam que aquele ponto 'delas' acabara de vagar no 'sistema' e que um técnico poderia vir imediatamente para concluir a instalação. Eu autorizava, horas depois alguém ligava e dizia que não era possível instalar porque precisava fazer uma 'adequação'. Perdi as contas... Mas não foram menos de cinco casos.

Aqui no Paraná, a Copel, empresa de energia elétrica do Governo do Estado, tem uma subsidiária denominada Copel Telecomunicações. A Copel Telecom oferece banda larga a partir de 50Mb em Curitiba (em outras cidades do estado oferece a partir de 30Mb), com fibra ótica até o ponto no interior do domicílio. Um foguete! Estável! Excelente! É mais cara cerca de 33% que as demais e ainda cobra uma taxa de instalação de quase R$ 100,00. Meu cunhado assina e está satisfeito.
Liguei para o 0800 41 4181 para mais detalhes. Foram 18 tentativas: todas caem na espera e você fica ouvindo uma mulher propagandear os serviços da Copel, mas atendimento que é bom, nada! Não existe loja física para atendimento presencial.

No dia 30, finalmente, uma moça me atendeu no 0800 da Copel. Explicou o plano, foi lembrando de coisas que precisava dizer durante a conversa e quando disse do meu interesse, fez um cadastro que demorou quase 15 minutos. Despreparada para a função é o mínimo que posso dizer.
Finalmente, concluido tudo, ela me passou o prazo de instalação: de 30 a 40 dias! Cancelei tudo imediatamente. Se no prédio existe a instalação, se outros moradores já utilizam o serviço, porque diabos um técnico não instala no meu apartamento em, digamos, 3 dias? Seria razoável! Mas sabe como é: funcionário público, aquela boa vontade descomunal, participação nos lucros, licença prêmio, estabilidade... Leva 30 dias pra trocar o pé de lá pra cá. Privatizar é preciso!

Outra opção: Claro TV... lá fui eu. Foi neste momento que descobri que Claro e NET são a mesma coisa, agora. Mas pasmem: os preços são diferentes para o mesmo 'combo', como eles chamam. Na Claro, com 20MB menos de internet e menos 100 canais de TV, eu teria que pagar uma instalação de R$ 240,00; sendo que a instalação está no meu apartamento intocável desde que cancelei o pacote da Net.
- Não posso excluir a instalação, senhor...
- Eu sei, senhor, mas faz parte do plano, senhor...
- Não posso deixar de cobrar, senhor...
- Foda-se, senhor!

Na Net, mesmo protestando, você paga R$ 60,00 de instalação, sem que o técnico tenha que lançar um milimetro de cabo, só conectar aparelhos... É claro que não fechei com a Claro.

Quando já era 5 de outubro, voltei na Vivo pra saber se a 'adequação' sai ou não sai. Não sai! Segundo uma pessoa responsável (?) pelo serviço, o síndico do meu prédio 'não autorizou' a adequação. Era mentira! Na verdade, o síndico implora para que as operadores façam a adequação, diminuindo os riscos de curtos circuitos, incêndios; segurança, enfim!
Questionada, a moça do atendimento me confessou: a Vivo não dispõe de orçamento este ano para fazer a adequação do armário no meu edifício e não será possível instalar meu 'combo' este ano, pelo menos. Mas não é só isso: no sistema da Vivo, um ponto disponível aparece no meu endereço predial. Assim, qualquer pessoa do meu condomínio que se dirija a Vivo para comprar um 'combo' será atendida e o processo fica em looping, como no meu caso. Até que a pessoa desista de esperar a instalação e mande a Vivo para o inferno e compre de outra operadora. Só esta semana mais duas pessoas do prédio passaram pela mesma situação, além de mim.

Enquanto isso, o desGoverno do PT mandou dinheiro do BNDES que nunca mais veremos, para Cuba, Angola, Venezuela, entre dezenas de outros países amigos da esquerda caviar brasileira, para obras de infraestrutura. Aplicados no Brasil não teríamos esses problemas todos...

No dia 6 de outubro, voltei para a Net. Eram 10h30 da manhã quando fechei a aquisição de um novo combo. As 17h30 minha TV por assinatura estava de volta, assisti a goleada do Brasil na Bolívia (5 x 0) pelo SporTV e não precisei aturar a transmissão do Galvão Bueno. Hoje, 6h30 da manhã, minha TV estava sem sinal. Liguei as 7h para o técnico que instalou, ele virá mais tarde ver qual o problema. A internet está funcionando... até quando? Não sei!