quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Por que os países árabes ricos abandonam os refugiados sírios?

A mídia ocidental está relatando a crise dos refugiados muçulmanos como um problema humanitário que o Ocidente precisa resolver. Mas onde estão as perguntas da mídia sobre os grandes recursos financeiros e de terras disponíveis em países muçulmanos ricos? Onde está a solução islâmica para essa equação?
O mundo é frequentemente indagado sobre a urgência de mostrar compaixão e respeito pelos árabes, mas onde estão as ações do próprio mundo árabe para resgatar os companheiros muçulmanos das garras do ISIS?
Onde estão as feministas árabes, principalmente aquelas que fizeram protesto contra a proibição da França contra o uso do hijab? Elas estão quietas e não estão fazendo nada para ajudar milhares de mulheres que são vítimas dos estupros e escravidão pelos jihadistas islâmicos. As únicas mulheres que ajudam as outras no Oriente Médio são as madres Teresas cristãs e as Kayla Muellers do mundo ocidental.
Onde estão os exércitos árabes que agitaram dúzias de guerras contra Israel? Por que eles não estão combatendo o ISIS e construindo cidades de lona nos vastos desertos da Arábia, Egito, Jordão e no rico golfo? Eles estão dizendo que são muçulmanos “moderados” e que são contra o ISIS. Mas o que eles fizeram de concreto?
Onde estão os milhares de grupos islâmicos humanitários no Ocidente, como o CAIR e o ISNA, que estão dedicando toda a sua energia e milhões de dólares contra a discriminação contra os muçulmanos e contra a “islamofobia” no Ocidente? Este é o mesmo Ocidente para o qual os refugiados escapam.
É obvio que os árabes e os governos islâmicos não prepararam ou planejaram as consequências do tumulto islâmico por todo o oriente Médio. A crise dos refugiados já deveria ser esperada e um desastre esperava para acontecer desde que a primavera Árabe falhara em produzir um estado Islâmico no Egito e o ISIS surgiu na Síria. Mas os países islâmicos ignoraram a crise humanitária resultante do comportamento bárbaro do Estado Islâmico.
Abaixo estão alguns motivos pelos quais os países raramente se preparam para um desastre e se escoram pesadamente no Ocidente para socorrer as vítimas da jihad:
* Os muçulmanos sabem que o Ocidente vai tomar conta de seus erros, então eles não precisam evitar as consequências negativas de suas ações.
* Os países ocidentais vêm rapidamente ao socorro, abrem suas fronteiras e terras para provarem ao mundo que não são islamofóbico.
* Os países árabes carecem de compaixão e ações para resgatarem uns aos outros, apesar de sua retórica da unidade Árabe/muçulmana. A Arábia Saudita e o Golfo nunca abrem suas fronteiras para os muçulmanos pobres em conflito. Até o Egito rejeitou os refugiados de Darfur que foram mais tardes forçados a irem a Israel, que os acolheu.
* Os países ricos em petróleo tornam o turismo muito difícil, a não ser que seja para o Hajj (peregrinação). Eles são muito tribais e se recusam a diluir sua cultura com o influxo de estrangeiros. Os trabalhadores de terceiro mundo são tratados de forma desumana e raramente ganham residência permanente ou direitos iguais como cidadãos.
* Os árabes preferem gastar seus petrodólares em expandir sua influencia no Ocidente do que tornar a vida melhor para seus próprios cidadãos ou ajudar outras nações muçulmanas que são menos afortunadas financeiramente.
* Grupos islâmicos acreditam que os refugiados da Síria, Iraque e Afeganistão irão espalhar a Sharia na Europa, que é o principal objetivo da jihad.
* O fato de limpar as áreas da oposição dos cidadãos que não estão contribuindo para o crescimento do ISIS ajuda o grupo a se expandir além da Síria e do Iraque. A Europa e a América estão absorvendo a oposição ao ISIS, então para que atrapalhá-los?
* A vida e o resgate de vidas, bem como evitar as tragédias humanas não são mais importantes do que a jihad na cultura árabe.
Espero que o Ocidente pense duas vezes antes de aceitar milhares de refugiados do Oriente Médio.
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Sobre a autora:  Nonie Darwish nascida no Egito e naturalizada americana, é uma ex muçulmana ativista a favor dos direitos humanos e fundadora do Arabs for Israel e diretora do Former Muslims United. É autora de vários livros, entre eles, The Devil We Don’t Know: The Dark Side of Revolutions in the Middle East (O diabo que não conhecemos: o lado escuro da revolução no Oriente Médio).