quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Quem é esse CARA?


Quem é o 'cara'... afinal?


  • O homem que esteve à frente desta nação e não teve coragem, nem competência, nem vontade para implantar reforma alguma neste país, pois as reformas tributárias e trabalhistas nunca saíram do papel, e a educação, a saúde e a segurança ficaram piores do que nunca.
  • O homem que mais teve amigos safados e aliados envolvidos, da cueca ao pescoço, em corrupção e roubalheira, gastando com os cartões corporativos e dentro de todos os tipos de esquemas.
  • O homem que conseguiu inchar o Estado brasileiro e as empresas estatais com tantos e tantos funcionários, tão vagabundos quanto ele, e ainda assim fazê-lo funcionar pior do que antes.
  • O homem que tem uma mulher medíocre, inútil, vulgar e gastadeira, que usava, indevidamente e desbragadamente, um cartão corporativo, ao qual ela não tinha direito constitucional, que ia de avião presidencial para São Paulo "fazer escova" no cabelo e retornar a Brasília. Talvez por isso tenha outra com quem viajava para o exterior sem fazer constar na relação de passageiros e lhe concedeu poderes para prevaricar, nomear e corromper o Estado.
  • O homem que ajudou seu filho a enriquecer, tornando-o milionário do dia para a noite, sem esforço próprio algum, só às custas de conchavos com empresas interessadas em mamar nas “tetas” do governo. E depois ainda disse para a nação: “esse garoto é um fenômeno, um Ronaldinho dos negócios”, e lhe concedeu um passaporte diplomático.
  • O homem que mais viajou inutilmente, quando presidente deste país, comprando um avião caríssimo só para viajar pelo mundo e hospedar-se às custas da nação brasileira nos mais caros hotéis, tão futilmente e às custas dos impostos que extorquiu do povo.
  • O homem que aceitou passivamente todas as ações e humilhações contra o Brasil e contra os brasileiros diante da Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai.
  • O homem que, perdulária e irresponsavelmente, e debochando da nossa inteligência, perdoou dívidas de países também corruptos, cujos mandatários são “esquerdistas”, e enviou dinheiro a título de doação para eles, esquecendo-se que no Brasil também temos miseráveis, carentes de bons hospitais, de escolas decentes e de um lugar digno para viver. Sem falar nos que sofrem com a seca e as enchentes.
  • O homem que, por tudo isso e mais um elenco de coisas imorais e absurdas, transformou este país num chiqueiro libertino e sem futuro para quem não está no seu "grande esquema".
  • O homem que transformou o Brasil em abrigo de marginais internacionais, FARC'anos etc., negando-se, por exemplo, a extraditar um criminoso (assassino), para um país democrático (Itália) que o julgou e condenou democraticamente. Esse homem representa o que mais nos envergonha pelo Mundo afora!!
  • O homem que transformou políticos corruptos e bandidos do passado em aliados de primeira linha.
  • O homem que transformou o Brasil num país de parasitas e vagabundos, com o Bolsa-Família, com o repasse sem limite de recursos ao MST, o maior latifúndio improdutivo do mundo e abrigo de bandidos e vagabundos e que manipulam alguns ingênuos e verdadeiros colonos.
Para se justificar a estes novos vagabundos, o homem lhes afirma ser desnecessário ESTUDAR e que, para se "dar bem" neste País, basta ser vagabundo, safado, esquerdista e esperto.
Aliás, neste caso, o homem fez inverter uma das mais importantes Leis da Física, que é a Lei da Atração e Repulsão; significa que força de idênticos sinais se repelem e as de sinais contrários se atraem.
Mas esse homem inventou que forças do mesmo sinal se atraem.
Por exemplo: ele (o homem) atrai, para sua base, políticos como JOSÉ SARNEY, COLLOR, MALUF, RENAN... que ficaram amiguinhos de seus comparsas JOSÉ DIRCEU, GENOÍNO, DELÚBIO, e ainda agregaram o apoio de juristas como LEWANDOVSKI, TOFOLI, etc...
É, homem... Você é o cara... É o cara-de-pau mais descarado que o Brasil já conheceu.
É, homem, você é o cara...
É o cara que não tem um pingo de vergonha na cara, não tem escrúpulos, é "o cara" mais nocivo que tivemos a infelicidade de ter como presidente do Brasil!
Mas... como diz o velho ditado popular:
NÃO HÁ MAL QUE SEMPRE DURE...

Caio Lucas Macedo

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O 'çocialismo' é um truque de gente mau-caráter

Em sua coluna de hoje (ontem: 24/02/2014) na Folha, Luiz Felipe Pondé parte para um ataque sem dó nem piedade aos socialistas. A esquerda radical viveu por longos anos, especialmente no Brasil, em uma hegemonia cultural completa. Não está mais acostumada a ser confrontada no campo das ideias, por gente que não a teme, que conhece sua história, que tem bagagem cultural e leu os mesmos livros – ou muito mais.
Pondé argumenta, com razão, que o debate político no país está muito atrasado, ainda na pré-história. Por aqui, muitos ainda acham que socialismo e liberdade podem ser usados na mesma frase, como se não fossem antagônicos, como toda experiência prova. “Parece papo das assembleias da PUC do passado, manipuladoras e autoritárias, como sempre”.
A esquerda mente. Tenta enganar os incautos, os leigos. Finge ser uma “nova” esquerda, mas é a mesma velha de sempre, defensora de um modelo autoritário que sufoca o progresso e a liberdade individual. Basta ver sua reação quando se depara com gente que está disposta a enfrentá-la nos debates. Pessoas inteligentes sem medo da esquerda: eis o pavor dos esquerdistas.
Por isso a esquerda precisa apelar para o monopólio da virtude. Como diz o filósofo: “Ela, a esquerda, constrói para si a imagem de ‘humanista’, de superioridade moral, e de que quem discorda dela o faz porque é mau”. Está em pânico porque, agora, há quem a desafie e exponha tais métodos sem medo.
Professores esquerdistas perseguem e intimidam alunos de direita, e o mercado de trabalho acadêmico muitas vezes fica fechado para eles. A esquerda dissemina o ressentimento, ilusões, “ama a preguiça, a inveja e a censura”. Deseja criar pessoas dependentes dela e do estado, em vez de cidadãos livres e responsáveis por suas próprias vidas.
Pondé recomenda O livro politicamente incorreto da esquerda e do socialismo, do professor Kevin D. Williamson, cujo prefácio da edição brasileira foi escrito por Guilherme Fiuza e divulguei aqui. O autor derruba vários mitos de esquerda, mostra como ela sempre foi militarista, degradou o meio-ambiente e não deu certo nem na Suécia.
“O socialismo é tão pré-histórico quanto a escravatura”, diz Pondé. Até agora, conseguiu manter suas aparências de vanguardista, progressista, moderna. Mas a esquerda “não detém mais o monopólio do pensamento público no Brasil”. “Não temos mais medo dela”. Esse é o primeiro passo de sua derrocada. Quando as pessoas inteligentes não a temem mais, é questão de tempo até suas mentiras serem desmascaradas. Por isso o pânico de muitos esquerdistas. A hegemonia acabou.
Rodrigo Constantino em Veja.com
PS: Ontem tivemos a notícia de que agora, 'homossexualismo' na Uganda é CRIME! Foi uma gritaria entre os 'çocialistas' brasileiros, desde ex-BBBs virado deputado até os detentores do poder nacional. Mais ao sul da África, Robert Mugabe, ao celebrar seus 90 anos, disse que gays não têm vez em seu Zimbábue. Detalhe que passou despercebido: Mugabe é… socialista! De minha parte, acho que ambos são idiotas! Mas como não sou socialista, há quem queira transformar este post em 'bandeira de luta'...

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Ilegalidades 'Çocialistas'

O (des)Governo Federal do Brasil, atualmente ocupado pelo PT e PMDB, com apoio de inúmeros partidos políticos desnecessários e inúteis, empresta DINHEIRO para países 'çocialistas' de viés comunista, tais como: Angola, Cuba, Venezuela, Equador, entre outros, de forma irresponsável - basta ver o estado deplorável que nossos portos, estradas, aeroportos, hospitais e demais áreas da dita 'infraestrutura nacional' se encontra - também é ILEGAL: Assista...

Dica da Jalusa Dal Bó, via Facebook

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Liberal, Aqui e Lá!

Nos Estados Unidos, ser liberal equivale a ser de esquerda. A direita seria conservadora. O Partido Democrata é liberal. O Republicano, conservador, apesar da ala libertária. É diferente do Brasil, onde liberal é associado à direta e tem uma conotação distinta, similar à europeia, de Estado Mínimo.

Os valores liberais aceitam uma maior intervenção do Estado na economia. Não que queiram um socialismo ou mesmo uma social-democracia nos moldes da Escandinávia ou da França. Mas algumas políticas keynesiana em determinados momentos de crise e regulamentação de determinados setores. Alguns presidentes democratas, como Bill Clinton, porém, desregulamentaram a economia, não sendo intervencionistas.

Na política externa, em teoria, os liberais seriam a favor da defesa dos direitos humanos internacionais, intervenções em defesa da paz e contrários a ataques preventivos. Portanto seriam a favor de ações como a da Bósnia, mas não como a do Iraque. Na prática, porém, os democratas tendem a ser realistas, como Obama. Não intervêm na Síria por saberem que esta alternativa não funcionaria. E realizam ataques preventivos com Drones.

Nas áreas sociais, os liberais são, atualmente, a favor do direito ao aborto, do casamento entre pessoas do mesmo sexo, da legalização da maconha, de maior acesso à saúde, da restrição ao porte de arma e da preocupação com as mudanças climáticas. Os democratas, em sua maioria, são a favor de todas estas políticas.

Os valores conservadores, por outro lado, são contrários a um envolvimento do Estado na economia. O livre mercado seria a melhor solução. Este seria, inclusive, o segredo de a economia americana ser a mais inovadora do mundo. Normalmente, os republicanos praticam estas políticas. Mas George W. Bush foi um dos presidentes que mais intervieram na economia, especialmente depois do colapso de 2008, quando praticamente estatizou da General Motors, além de adotar políticas keynesianas para tentar evitar uma nova depressão. Já a ala libertária defende até mesmo o fim do FED (Federal Reserve, Banco Central dos EUA).

Na política externa, os republicanos eram tradicionalmente realistas. Mas, com Bush, passaram a ser intervencionistas, com ataques preventivos, como no Iraque. Atualmente, uma ala isolacionistas, que também foi forte no passado, ganha cada vez mais espaço, sendo contra o envolvimento dos EUA em outros conflitos. Estes isolacionistas são capitaneados pelos libertários, que são contra políticas como a dos Drones (levadas adiante pelo suposto liberal Obama) e a espionagem da NSA (Snowden é republicano e libertário).

Na área social, os conservadores são contra o direito ao aborto, ao casamento de pessoas do mesmo sexo, à legalização da maconha, a saúde socializada, a restrições ao porte de armas e não acham que as mudanças climáticas sejam causadas pelos homens. Mas há muitos republicanos, como o novo prefeito de San Diego e jovens libertários, que defendem o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o direito ao aborto e a legalização da maconha. Outros grupos nas grandes cidades também são a favor de restrições ao porte de arma.

Os independentes, como ex-prefeito de NY Michael Bloomberg, são favor dos democratas na área social e dos republicanos na econômica. Outros são a favor dos democratas na economia, mas dos republicanos na social.

Noto, porém, que no Brasil alguns liberais, no sentido britânico, em economia, são conservadores em questões sociais, sendo, portanto, próximos da ala mais conservadora do Partido Republicano.

Guga Chacra - Estadão

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Dois Lados da Mesma Moeda

Não há MELHOR avaliação do que aquela que VOCÊ MESMO pode fazer de um fato:
Vídeo 1: Apoio de Lula à Nicolas Maduro nas eleições da Venezuela:

Video 2: Repressão do Governo Nicolas Maduro contra protesto estudantil, agora em Fevereiro/2014:

Sim... quando você AMA seu povo, você manda um TANQUE para esmaga-lo... Não?

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Além dos Limites

O que se pode esperar de um partido político cujas principais lideranças e, em consequência, sua militância são incapazes de distinguir o público do privado? Os petistas têm extrapolado todos os limites do comportamento democrático e republicano nas manifestações de repúdio à condenação dos mensaleiros pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O desacato ostensivamente praticado pelo petista André Vargas, vice-presidente da Câmara dos Deputados, ao presidente da Suprema Corte, Joaquim Barbosa, sentado a seu lado durante a solenidade de abertura do ano legislativo, mostra mais uma vez que o lulopetismo se considera acima das instituições da República: Joaquim Barbosa representava naquele ato o Poder Judiciário. Não podia ser tratado como um "inimigo" do PT e provocado pelo parlamentar paranaense com a reiterada exibição de um gesto, o punho cerrado, que se tornou o debochado símbolo de protesto dos mensaleiros encarcerados. Não bastasse isso, Vargas, em mensagens pelo celular, escreveu que gostaria de dar "uma cutovelada" em Barbosa. Ontem, desdisse o que havia escrito.
N.B. - Aliás, o termo 'cotovelada' foi assassinado pelo deputado, que também demonstra não saber escrever sua língua pátria. Talvez se de melhor escrevendo na língua falada em Cuba, país que o deputado rende homenagens costumeiramente.
A companheirada se considera detentora do monopólio da virtude e, nessa condição, autorizada a lançar mão de qualquer meio para cumprir sua missão redentora. Mas, no mundo real, os militantes partidários, mesmo quando investidos de mandato popular ou de autoridade delegada, estão, como toda a cidadania, obrigados a respeitar a lei, as instituições, os procedimentos da convivência democrática. E certamente a desrespeitosa atitude de André Vargas no plenário do Congresso Nacional não foi um bom exemplo, exceto para os correligionários habituados a se comportarem como torcedores de futebol organizados em gangues.
O episódio do mensalão tem oferecido ao lulopetismo todas as oportunidades de demonstrar que o partido, que há quase 35 anos se colocou na cena política com o propósito radical de lutar contra "tudo isso que está aí", acabou se transformando, depois de chegar ao poder, numa legenda igual ou pior do que todas aquelas que sempre combateu com violência e rancor.
De início, quando denunciado pelo cúmplice deputado Roberto Jefferson, o PT negou a existência de um esquema de compra de apoio parlamentar mediante o pagamento mensal de propina. No auge da repercussão negativa do episódio, Lula declarou que o PT deveria pedir desculpas à Nação. Já no exercício do segundo mandato, passou a se referir ao episódio como uma "farsa" que se dedicaria a desmontar tão logo deixasse o governo. Quando percebeu que o julgamento pelo STF era inevitável tentou, nem sempre com a conveniente discrição, influenciar os ministros. Anunciada a condenação dos criminosos, fingiu-se de morto. Mas desde então trabalha intensamente nos bastidores para criar junto à militância petista uma reação emocional ao julgamento "autoritário e injusto", para minimizar os efeitos politicamente negativos da prisão da elite petista. E esse trabalho inclui a tentativa de manter mobilizada uma militância frequentemente mal informada e ingênua, fazendo-a crer que é possível a anulação do julgamento.
A estratégia traçada pelo lulopetismo prioriza a "fulanização" da decisão do STF. Não é o colégio de 11 ministros, 8 deles nomeados pelos governos petistas, o responsável pela condenação dos heroicos ex-dirigentes do partido. O culpado é Joaquim Barbosa, o implacável ministro-relator da Ação Penal 470. E para regozijo dos petistas o próprio Barbosa facilita as coisas com reiteradas atitudes impulsivas e inexplicáveis, como a de ter entrado em férias sem assinar a ordem de prisão de João Paulo Cunha.
Foi a deixa para que o deputado dirigisse uma carta aberta ao presidente do STF vazada no caradurismo com que os petistas costumam subverter as evidências em benefício próprio. Cunha refere-se o tempo todo a Joaquim Barbosa como se ele fosse o único responsável por sua condenação. E insiste na falácia de que foi condenado "sem provas", aleivosia que respinga na ampla maioria de ministros que o penalizou pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Tudo era o que se podia esperar de pessoas que não têm noção de limites.
Editorial do Jornal 'Estadão' SP de 05.Fev.14

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Choque de Gestão - CELPA

Em qualquer país, parte da energia elétrica não chega aonde deveria. É esperado que se perca um pouco nos fios de alta-tensão que transportam a energia das usinas aos consumidores. Isso, claro, no resto do mundo — no Brasil, a energia some mesmo é por causa dos “gatos”, as ligações clandestinas de energia tão comuns nas grandes cidades.
Pessoas conectam os próprios cabos em postes de luz e passam a usar energia de graça. O Brasil é um dos países em que as companhias de energia mais sofrem com perdas — em média, 17% do que é produzido fica pelo caminho, quase o triplo do percentual dos Estados Unidos. Mas é olhando os dados de cada região que se constata o tamanho real do problema.
A Região Norte do país, a pior nesse critério, desperdiça 40% da energia distribuída. O caos é tamanho que apagões são coisa da vida — é normal, nos estados da região, ficar algumas horas por semana no escuro.
Para as empresas de energia, fica a missão quase impossível de ganhar dinheiro num cenário desses. É o que os executivos da companhia elétrica Equatorial vêm tentando, a duras penas, fazer há pouco mais de um ano. 
Em setembro de 2012, a Equatorial comprou a Celpa, distribuidora de energia do Pará, quando o Grupo Rede, que controlava a empresa, entrou em crise. A aquisição custou 1 real, já que a Celpa dava prejuízo, tinha dívidas bilionárias e uma “gataria” de assustar qualquer um.
Um estudo feito antes da venda mostrou que havia, no estado, 150 000 ligações clandestinas. Os novos donos também identificaram que 600 000 clientes — 30% do total — pagavam as tarifas mínimas, muitos deles porque os medidores de consumo estavam simplesmente quebrados.
Depois de ter deixado seus clientes sem luz durante 102 horas em 2012 — a média nacional foi de 18 horas —, a empresa recebeu, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o título de pior companhia de energia do país. Mesmo assim, a Equatorial — empresa que tem entre os acionistas a Vinci Partners e o BTG Pactual — decidiu que valia a pena arriscar. Gastou sua moeda de 1 real e foi à luta.
O plano era tentar repetir na Celpa a mesma receita usada na Cemar, companhia de energia do Maranhão afundada em problemas que foi comprada pela Equatorial em 2004. A empresa, que era a pior do setor, virou exemplo de eficiência e saiu de um prejuízo de 31 milhões para um lucro de 385 milhões de reais.
No processo, a Equatorial recebeu cerca de 640 milhões de reais em dividendos. “Sabíamos que teríamos de fazer um choque de gestão, como ocorreu no Maranhão”, diz Nonato Castro, presidente da Celpa e um dos responsáveis pela reestruturação da Cemar. Em um ano, a Equatorial gastou 450 milhões de reais para começar a colocar a operação em ordem.
A prioridade número 1 (e 2, e 3) dos novos donos da Celpa foi acabar com os gatos. Usando o mapeamento dos executivos da Celpa, os novos donos enviaram 600 funcionários aos bairros mais problemáticos para desligar as ligações clandestinas. Em algumas áreas mais remotas da Floresta Amazônica, o acesso só é feito de barco.
De ­fevereiro a setembro, 25 000 pontos irregulares foram desfeitos. Em seguida, a companhia avaliou as informações de consumo de energia das casas que pagam as tarifas mínimas: cruzou os dados com a média de utilização de energia dos bairros em que estão e com o consumo na época em que os medidores funcionavam.
Descobriu que 200 000 casas estavam fora do padrão e decidiu mandar funcionários a cada uma delas para checar qual é o problema dos medidores. Se for o caso, vai mandar trocá-los — cada procedimento desse custa 1 500 reais para a distribuidora.
Falta ainda avaliar a situação de outras 400 000 residências que também pagam as tarifas mínimas. O custo total do projeto pode chegar a 1,1 bilhão de reais, e o plano é colocá-lo em prática ao longo de cinco anos. 
Em paralelo, a Equatorial passou a aplicar na Celpa a cartilha de redução de custos que deu certo na Cemar. Cortou benefícios a executivos, como o pagamento do aluguel de seus apartamentos. Os diretores também não têm mais direito a carro nem a secretárias exclusivas.
A empresa pressionou os fornecedores por descontos e mudou o esquema de trabalho de suas equipes de plantão, responsáveis por atender emergências. No passado, esses profissionais recebiam um valor fixo mensal, que independia da quantidade de trabalho.
Desde 2013, passaram a receber por serviço realizado (e a remuneração diminui se o serviço precisa ser refeito). Quando há poucos chamados, os funcionários adiantam a instalação de pontos para novos clientes ou trocam cabos antigos.
Os demais empregados ganharam metas de desempenho, e seu bônus depende de quanto geraram, individualmente, de receita para a empresa — o cálculo é feito com base numa metodologia criada pela consultoria Falconi para a Cemar. “Hoje, até o funcionário que troca fio no poste sabe o que é geração de caixa”, diz Eduardo Haiama, diretor financeiro da Equatorial.
Além disso, a dívida foi renegociada e a companhia fez dois planos de demissão voluntária, o que diminuiu o quadro de pessoal em 15%. Com as mudanças, fechou o terceiro trimestre de 2013 com um lucro de 100 milhões de reais, o primeiro resultado positivo em quatro anos. 
Toda semana no escuro
Apesar dos problemas, a compra da Celpa foi, pelo menos até agora, um bom negócio. As ações da Equatorial subiram 31% desde a aquisição, enquanto o Ibovespa desvalorizou 17%, e a empresa vale 4,5 bilhões de reais, perto de sua máxima histórica. Os investidores apostam que os novos donos vão conseguir replicar no Pará o modelo que deu certo no Maranhão.
Nonato Castro e seus executivos prometeram sanear a Celpa em cinco anos, e os próximos resultados da companhia dependem fortemente disso. A Celpa responde por 53% da receita operacional da Equatorial, cujo lucro caiu 12% depois da aquisição (a dívida aumentou 16%).
Boa parte dos investimentos está sendo financiada pelos recursos captados com uma oferta de ações de 1,4 bilhão de reais, o que mantém o endividamento da Equatorial sob controle. O caminho a percorrer, porém, é longo. A vida dos consumidores paraenses continua de desesperar.
O total de horas de falta de energia no Pará caiu de 102, em 2012, para 76, em 2013, mas esse ainda é o pior nível do país: equivale a quase 1 hora e meia sem energia por semana. O índice de perdas de energia da Celpa diminuiu pouco, de 37% para 36% — continua muito acima da média brasileira. Finalmente, ainda há mais de 120 000 gatos para eliminar. Haja energia.
Revista Exame - Maria Luíza Filgueiras