quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Luto.

Hoje estou de luto. É o último dia de janeiro de 2013, véspera do que poderia ser a redenção do Congresso Nacional Brasileiro. Último dia de mandato, como Presidente da Câmara, de um dos deputados mais cretinos da história do Brasil: o deputado do PT-RS, Marcos Maia. É também o último dia (?) de mandato do Senador José Sarney (PMDB-AP) como Presidente do Senado. Este senhor é GOVERNO desde o primeiro dia que se elegeu. O país já passou por uma ditadura, uma distensão  iniciou a democracia e agora vive um período negro de sua história com a governança compartilhada entre partidos socialistas e oportunistas que tem por objetivo único, perpetuar-se no poder! Este senhor esteve e está aliado com toda essa gente!
Amanhã o Congresso poderia eleger parlamentares que representem o que o país deveria ser: uma economia de mercado pujante, sustentável e democrática, que privilegiasse a livre iniciativa e a oportunidade para os que querem empreender, produzir e crescer! Mas não será assim...
Nosso Congresso vai eleger dois parlamentares (?) com uma folha corrida maior (inúmeros processos e acusações) do que os serviços prestados (nenhum) para o qual se elegeram. E ninguém, além deles mesmos, pode fazer nada pra impedir. Mesmo aqueles que não deveriam (parlamentares de oposição) vão votar nesses cretinos pra garantir uma 'boquinha' na Mesa Diretora de uma das casas. Não sem antes fazer 'jogo de cena' em frente as câmeras da TV e nos microfones para 'o povo' achar que eles são sérios, que são melhores do que aqueles em quem depositarão seu voto secreto na urna da vergonha nacional.

Essa 'coligação' foi idealizada pelo agora ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, que já tinha sido deputado federal e percebeu o tipo de gente que lá se elege, continuamente, mesmo depois de frequentar as páginas policiais e judiciais do país. Ex-presidente, eu disse? Ato falho! A presidAnta que lá está não passa de uma marionete, diariamente ela nos brinda com sua incompetência, com sua pose ridícula de 'gerentona' e vem as nossas casas pela TV pra anunciar 'agendas positivas' e depois, no dia seguinte, manda seus 'coveiros da economia destroçada' anunciar os aumentos, os erros, as falhas... E o povo imbeciloide  semi-analfabeto, ignorante, engole tudo e acha que está no paraíso. Esquece que este mesmo ex-presidente (?) COMPROU o apoio dessa gente com o Mensalão. Que defendeu os mensaleiros e incita, diariamente, as CUTs e MSTs da vida pra continuar negando que tudo existiu, mesmo depois que as câmeras e os microfones da TV Justiça nos escancararam durante meses, com a estupefação de ver magistrados com carteirinha do Partido dos Trabalhadores tentando negar o que as provas esfregavam nos seus narizes.

Vamos PERDER mais uma batalha pra esses usurpadores de impostos que nos custa o suor do rosto pra pagar. Vamos perder outras batalhas ainda, nas eleições futuras... Nós somos os culpados! Nós elegemos esses cretinos, de quatro em quatro anos... repetidamente! Quando não, os 'tiriricas' da vida, os seus filhos, mulheres e parentes, gente que eles apoiam e que cada vez mais ampliam seu poder nas nossas instituições. Eles nomeiam seus parentes, sua família, seus amigos e até seus amantes. Amantes que nomeiam os seus amigos, seus parentes, que vão emitir pareceres e documentos que vão gerar mais desgraça para o país. A corrupção!

A guerra contra eles ainda persiste, pelo menos em nossos corações!


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

UNEA... a pelega, se manifesta.


A direção da União Nacional dos Estudantes Amestrados (a UNEA, antiga UNE de saudosa memória) demorou dois dias para redigir um manifesto de 340 palavras sobre a tragédia de Santa Maria. Zero em produtividade: sete palavras por hora. Zero no conteúdo: o texto tem a consistência de um improviso de Dilma Rousseff e é tão sincero quanto uma declaração de Michel Temer. E zero na forma: em nenhum parágrafo a língua portuguesa é poupada de socos e pontapés.
Seguem-se, grifados, sete parágrafos, acompanhados por observações em negrito do colunista Augusto Nunes (VEJA.com):
A União Nacional dos Estudantes acompanha consternada a tragédia que vitimou 231 pessoas na cidade de Santa Maria, interior do Rio Grande do Sul, na madrugada do dia 27 de janeiro. (A tragédia “vitimou” muito mais que 231 pessoas. Os mortos já são 234. Vitimou muito mais gente. Já que para a UNEA parente não é vítima, poderia ter incluído na conta ao menos os feridos em estado grave.)
O presidente da UNE, Daniel Iliescu, e alguns diretores da entidade estão na cidade de Santa Maria para prestar solidariedade e todo o tipo de apoio que for preciso. (O parágrafo anterior já informou que Santa Maria é uma cidade. O artigo o entre “todo” e “tipo” faz tanto sentido quanto a presença de José Genoíno numa festinha de batizado.)
Junto às autoridades responsáveis, a UNE se coloca à disposição (à disposição de quem?para levar conforto a todos os familiares e garantir a devida assistência também aos que ainda se encontram internados, alguns em estado grave. (Os feridos que a tragédia não “vitimou” no segundo parágrafo foram finalmente socorridos.)
Muitos estudantes da UFSM participaram de dois encontros da UNE entre os dias 18 a 26 de janeiro em Recife e Olinda e voltavam para a casa quando tomaram conhecimento do ocorrido e a perda de amigos.(Depois daquele o infiltrado na expressão “todo tipo”, agora foi o artigo a que se intrometeu entre “para” e “casa”. Quem não sabe que se volta para casa precisa voltar imediatamente para o Jardim da Infância.)
A ferida que a tragédia de Santa Maria abriu no coração de todos os brasileiros é incurável. A juventude interrompida e o sonho ceifado de cada uma das vítimas deixou o mundo mais triste. (A juventude interrompida e o sonho ceifado são duas coisas distintas, certo? Imploram por verbo no plural, certo? Esse “deixou”. portanto, só deixou exposta a indigência mental dos responsáveis pelo besteirol. Estão todos obrigados a escrever 100 vezes no quadro negro: DEIXEMOS DE SER IMBECIS. O CERTO É ‘DEIXARAM’)
Para superarmos toda esse sofrimento será necessária uma apuração rápida e competente do caso. É urgente que todos os familiares tenham as respostas corretas e todo o  tipo de assistência e apoio das autoridades. (Pelo menos o sofrimento imposto à gramática seria abrandado com a simples troca de “toda” por “todo”. Mas bem pior é o que vem depois do ponto. Segundo a fórmula que mistura pieguice, cinismo e safadeza,o sofrimento dos familiares será superado assim que o episódio for esclarecido. Os dirigentes da UNEA ignoram que essa é a dor que não passa. Pode tornar-se menos aflitiva se os responsáveis por quase 250 homicídios culposos forem identificados e punidos. O manifesto faz de conta que foi coisa do destino. E não cobra o enquadramento de ninguém por medo de tropeçar em parceiros e cúmplices dos gigolôs da meia-entrada.)
Registramos também a nossa mais importante homenagem, que é para todos aqueles que em um instinto heroico ajudaram a salvar vidas durante o resgate das vítimas. (É preciso decifrar o enigma feito de seis palavras: “aqueles que em um instinto heroico”. O redator talvez tenha confundido “instinto” com “instante”. Talvez tenha estudado português junto com Lula. Talvez seja apenas uma das bestas quadradas que abundam no viveiro de estudantes profissionais.)
Distanciam-me da pelegagem da UNEA numerosas divergências de ordem política e ideológica, claro. Nenhuma é tâo profunda quanto as diferenças de ordem gramatical. Pouco importam as ideias de gente que não consegue ser inteligível quando tenta escrever quais são.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Tragédia de Santa Maria

Quer acabar com 'tragédias' dessas que ocorreram em Santa Maria? Prendam os políticos!
O que? "Lá vem eu de novo politizar tudo'? Não, não! A culpa é do prefeito, em primeiro lugar!
E o prefeito é um político. Então...
Por que do prefeito? Muito simples! Se houvesse fiscalização da prefeitura, com o alvará vencido não poderia ter a festa, certo? Então, não haveria incêndio...
Nem dá pro Sr. Cezar Augusto Schirmer (PMDB) dizer que não tem responsabilidade, pois é prefeito desde 2009 e está no segundo mandato.

Qualquer corretor de seguros 'mequetrefe' tem instalado num velho computador um 'sisteminha' onde estão inseridos seus clientes, a apólice de seguros e a data de vencimento da mesma. Semanas antes do vencimento, eles começam a ligar, mandar e-mails, telefonar; tudo pra renovar o seguro.
As prefeituras não! Eles carregam pesado na contratação de cupinchas e parentes com cargos comissionados e altos salários, gente que na imensa maioria nem trabalha e só vai ao banco receber a mufunfa. Essa é a realidade!
Os alvarás caducam, os fiscais inexistem (e quando se vê algum é pra 'molhar a mão' do safado que está atrás de propina) e as invasões de terras só fazem crescer, as construções ilegais prosperam e as tragédias se sucedem sem que as prefeituras façam sequer o mínimo. O máximo que fazem é recolher votos a cada quatro anos. Outra opinião você pode ler AQUI.

O segundo culpado é o comandante do corpo de bombeiros! Talvez não o atual, mas o que comandava a corporação quando o laudo foi expedido. Um lugar que cabe tanta gente, 'enclausurada' entre quatro paredes sem saídas de emergência compatíveis com a quantidade de público autorizado; não tem cabimento os bombeiros concederem o laudo. Pior ainda se não concedem, mas permitem, sem atuar com ação fiscalizadora, o funcionamento do local impróprio.
O terceiro culpado é a 'banda': fazer show pirotécnico em ambiente fechado é mais que estupidez!
O quarto culpado é o administrador da casa, que contrata uma banda de idiotas pra fazer show pirotécnico no já citado local impróprio,
Quem é o mais ou o menos culpado não me interessa! Afinal, as mais de duzentas e trinta vítimas não estão mais ou menos mortos, estão definitivamente mortos. Jovens com a idade dos meus filhos!

Antes dessa tragédia da casa noturna Kiss, de Santa Maria-RS, uma outra ainda maior aconteceu em Niterói-RJ em 1961. Foi no Gran Circus Norte-Americano, os detalhes podem ser conhecidos AQUI. Foram 372 mortos no momento e com o passar dos dias chegou à 503 vítimas fatais. Até hoje há suspeita de que os responsáveis condenados não foram mesmo os culpados, um deles sofria de demência e era conhecido por assumir culpas que não lhe cabiam.
Tem também a tragédia carioca do Bateau Mouche no reveillon  de 1989, que afundou e matou 55 pessoas; só pra focar no tema 'locais de diversão' superlotados.

Claro que há inúmeras outras de menor repercussão que aconteceram pelo Brasil afora desde então, mas nenhuma com as proporções desta em Santa Maria.
Quantas não acontecem por pura sorte, em locais onde os proprietários 'compram' os alvarás e não cumprem com as normas exigidas para proteger seus clientes?
Tenho o hábito de, quando chego em lugares como restaurantes, cinemas, casas de eventos e outras, observar onde estão as saídas de emergência. Acho que foi fruto de muito treinamento nas industrias onde trabalhei, a maioria multinacionais. Penso: se der uma briga aqui, pra onde me afastar em segurança? As vezes, quando vejo muita criança no local, também penso: será que as saídas estão vigiadas pra um 'praga' desses não ir sozinho pra rua? Mas eu vejo que a imensa maioria das pessoas não está nem aí pra essas coisas e só querem saber de 'se divertir'.

Antes que me acusem de 'neurótico', acho que é um bom hábito, cultivado por mais de 35 anos. Eu já saí de lugares onde não me sentia confortável, talvez por isso nunca estive em situações reais de risco até hoje.
Sorte?

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Arte Subaquática


Em um esforço para aumentar a conscientização sobre conservação e o meio ambiente, o fotógrafo de vida marinha Shawn Heinrichs colaborou com o fotógrafo de moda Kristian Schmidt neste projeto inspirador: imagens subaquáticas com um tubarão-baleia. As imagens possuem combinações encantadoras onde os modelos humanos nadam em sincronia com tubarões-baleia, o maior peixe do mundo. Para os desavisados, convém lembrar que as baleias (não o tubarão-baleia) são mamíferos e não peixes.

Heinrichs e Schmidt se conheceram em uma viagem de observação do tubarão-baleia e souberam imediatamente que seriam uma grande equipe. Assim, eles reuniram um grupo que inclui os modelos, um estilista, um especialista em mergulho e, claro, o peixe-baleia. Heinrichs descreve seu objetivo: "Para destacar a grandiosidade dessas criaturas e trazer beleza para uma audiência global é o nosso desafio, para transformar modelos em sereias e criar imagens hipnotizantes que conquistaram a única conexão entre o homem e o maior peixe no oceano".

Os envolvidos no projeto foram: o modelo italiano Roberta Mancino, a modelo subaquática Hannah Fraser, a estilista Fazli Krasniqi, e o fisiologista e artista Taro Smith. Como os modelos animais e humanos funcionaram perfeitamente em conjunto, os dois fotógrafos capturaram raros momentos de harmonia visual natural. Uma paixão forte para a preservação e proteção do nosso mundo é evidente neste projeto, e, através de seu trabalho árduo e mentes criativas, Heinrichs e Schmidt trouxeram pra nós uma coleção de momentos inovadoras que servem como um lembrete constante da fragilidade da natureza. Algumas imagens:

domingo, 27 de janeiro de 2013

"On Work"?

“Contratamos o profissional e, 
que pena, a pessoa veio junto!”;
 “Temos que separar a parte profissional da pessoal”;
 “Agora é trabalho, deixe os problemas para trás!”
“Aqui não é hora para se falar nisto!”
… e muitas outras frases que exemplificam bem o isolamento do papel profissional dos outros, como se fosse possível ligar um “ON WORK” na cabeça e esquecermos o lado da pessoa.

Este é um grande dilema no contexto corporativo e, se discutido abertamente numa roda de conversa, muitos problemas poderiam ser resolvidos, criando assim um ambiente de trabalho mais feliz e produtivo, cheio de emoções positivas. Mas na rotina intensa de trabalho, acabamos nos atropelando e, por tabela, impactamos as pessoas que estão conosco no cotidiano da empresa. Falta tempo para falar alguns minutos sobre a pessoa e não somente das metas. Quanta diferença faz um sorriso, um bom dia, alguns minutos para a pessoa colocar para fora os problemas de casa e, conforme for, um tempo maior para resolver os problemas. O trabalho posterior fica muito mais produtivo quando a pessoa estiver mais “leve”.

Esse tempo para a conversa com afeto além do profissional no dia a dia possibilita estreitar o laço de confiança. E desta relação mais humana, as outras competências fluem melhor. Esta liberdade do diálogo é para todos, assim como a responsabilidade da entrega do trabalho. Não temos como fugir disso, temos que dar resultados! Então, por que não fazê-lo de modo que possamos aprender um com o outro as dinâmicas das emoções humanas e construir algo maior juntos?
É neste aprendizado humano que conseguimos quebrar a rotina do trabalho. Aqui reside a beleza de estarmos abertos para viver os valores humanos da confiança, da transparência e da humildade tão importantes para qualquer carreira profissional de sucesso.

O grande desafio é que desde a nossa infância, na maioria das vezes, tivemos que fazer as coisas, sem explicação, de fora para dentro, no “tem que” e, como diz o ditado, na “porrada”. Isso deixa marcas e, então, seguimos os mesmos passos. O contrário seria ouvir verdadeiramente as pessoas, acolhê-las com afeto, abrir espaço para uma maior participação e depois, em conjunto e com mais subsídios, decidir o melhor caminho para o trabalho a ser realizado.
Faça um teste!
Quando for pedir algo para alguém fazer, inicie a conversa com um sorriso, feliz, com educação, focando primeiro na pessoa e depois veja que o profissional vem gratuitamente ou pelo menos com maior disposição para fazer o trabalho. Todos nós precisamos e gostamos de afeto!

Outra maneira simples de extrair mais a pessoa do profissional e vice-versa é solicitar um registro por escrito de quando se tem algo para decidir ou algum problema para resolver. Assim, ao fazer o registro, a pessoa tem o seu momento de introspecção e precisa organizar os seus pensamentos e ao compartilhar, ou não, ela realmente falará aquilo que é dela ao invés de concordar com alguém. Enfim, se ficarmos atentos à pessoa que existe dentro do profissional aprendemos muito sobre o outro, sobre nós mesmos e damos um sentido maior para o trabalho diário. Ganhos enormes em produtividade e felicidade são consequências!

Como dizia Piaget: “a afetividade está na base”! Ter a coragem de dar e receber afeto respeitosamente no trabalho já é um grande aprendizado pessoal. Aproveite então este longo tempo na empresa para exercer o respeito e o afeto e veja como o trabalho se transforma.

Pedro Chiamulera - Blog do Empreendedor

sábado, 26 de janeiro de 2013

Le Brésil n'est pas un pays sérieux

A 'mídia progressista' está alvoroçada contra a 'mídia tradicional' porque não aceita que se diga que o caso da redução da tarifa de energia elétrica está errada. Golpistas! Reacionários! É o mínimo que dizem de quem discorda da presidentA Dilma e sua fala ao país, não só reduzindo as tarifas como antecipando seus efeitos já pra conta de fevereiro. A causa é boa, mas tudo além disso foi feito errado!
- pra começar, 'obrigar' as empresas de energia a antecipar seus contratos de concessão e aceitar o cálculo de indenização do governo, é autoritarismo. Nem vou discutir!
- jogar a diferença do custo nas costas do Tesouro Nacional é uma burrice sem dimensão conhecida, afinal, o Governo não produz riqueza, todo o valor que dispõe é fruto dos impostos pagos pela população. Ou seja, a população é quem vai pagar a conta, se não nas tarifas, nos impostos que recolhe. E ponto!
- divulgar essa medida nos moldes adotados (transmissão pela TV e Rádio em pronunciamento da presidentA, como se fosse um 'pacote de bondades' e que a oposição ainda tentou impedir), foi uma canalhice. Pra não dizer coisa pior!
Mas o que esperar dessa gente? Desde 2003 que é só isso que vemos! Sem falar do mensalão, do rosegate e centenas de outras bandalheiras que lhes rendeu o adjetivo de 'petralhas'.

Isso tudo fez aparecer no país uma situação que muito preocupa: os 'cavaleiros das boas causas'. Existe exemplos pra todos os gostos e opiniões. Vou me ater a dois, apenas. Os demais já tratei aqui ou no twitter; no fundo, frutos da mesma raiz: o autoritarismo dos 'novos salvadores da pátria'.

Começo pelo menor, não em importância, mas o mais curtu de expor. Durante o processo do 'mensalão', houve necessidade do Governo Federal fazer ajustes na composição de sustentação da base alugada, desculpem - base aliada - (eu acabo sempre fazendo confusão com esse assunto). Lula tirou alguns ministérios do seu PT (já que é ele quem manda mesmo) e distribuiu entre a 'torcida organizada', que muito fizeram pra abafar o mensalão e é por isso que ele nem figurou entre os réus, apesar de ser 'the big boss' da coisa toda. Fato! Incontestável! Apesar dos Lewandowskys e Toffolis continuarem berrando e esperneando. Pois bem... Destituída do seu cargo de Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva - a beata da sustentabilidade - bandeou-se do PT para o PV. Em 2010 se lançou candidata a Presidência da República. Só falava coisas lindas! Encantou o mundo com sua causa de impedir a produção de alimentos pra aumentar a área de criação natural de burros e ruminantes em geral. Tudo por uma 'boa causa'... A pós-alfabetizada ganhou a simpatia dos que creem em carochinhas, duendes e fadas e foi pra galera aos milhões. Mais de vinte milhões de votos! Que serviram pra? NADA!

Pois a 'moça' está de volta agora com um novo partido (que não é de esquerda, nem de centro e muito menos de direita - é um arco-iris de modernidade e multiposicionado entre as correntes de pensamento localizadas bem no meio de coisa nenhuma - deve se chamar SEMEAR, pelo que andei lendo). Tenho uma certeza: vai semear as mesmas bobagens que leio e ouço ela falar desde sempre!
Quem não soube ou já esqueceu a pressão que esta senhora fez? - potencializada pela mídia progressista e adoradores de lorotas de plantão - para forçar as geradoras de energia elétrica a usar o sistema de funcionamento 'fio d'água', sem reservatórios; tudo em nome da 'boa causa' de ampliar alguns quilômetros quadrados de mata (um pixel no contexto do país com a maior área florestal do mundo). Conclusão? Veio a estiagem, não havia reservatórios de água pra gerar energia, liguem-se as termelétricas!

Psiu! Falem baixo! Não contém pra ninguém que termelétricas à óleo e carvão são altamente poluentes e geram energia quase DEZ VEZES mais cara que as hidrelétricas.

Ou seja: pela 'boa causa' de preservar grama para os idiotas almoçarem, estamos nessa situação de risco de apagão! Mas pensam que aprenderam? Nãooo! Estão todos babando na gravata a espera do dia do anúncio oficial do SEMEAR. Os microfones em riste pra perguntar: - A senhora, nossa musa, vai ser candidata à Presidência em 2014? (Meu voto é seu, heimmm! Dirão em off!). O que mais impressiona é que a mesma pessoa que geriu a energia elétrica nos últimos dez anos é até a presidentA do país! O que não quer dizer muito, afinal é a mesma pessoa que incentivou e financiou milhões na geração de energia eólica (vento, viu?) e não construiu as linhas de transmissão pra integrar a energia produzida à rede nacional. Ah! Achou isso uma patacoada? Então senta: além disso, a energia produzida é PAGA, as empresas geradoras recebem, mesmo a energia não estando sendo 'gasta' pelo sistema. É de matar...
Quem paga? O governo! Com que dinheiro? Adivinha...

A outra questão diz respeito a essas ONGs que coalham o pais de leste a oeste, do Oiapoque ao Chui. Eu poderia focar as ONGs criadas por 'militontos' do Partido Comunista que estão mamando firme nas tetas do Ministério dos Esportes. Afinal, a Copa do Mundo é nossa! E ainda tem as Olimpíadas em 2016! Haja tesouro nacional pra sustentar os capitalistas comunistas do Brasil e seu Programa Segundo Tempo!
Mas vou falar de uma 'boa causa' daquelas mesmo excelentes! Coisa mais cute-cute do papai! Uma ONG que passa 24h do dia só se preocupando com o consumismo infantil. Não é lindo? Todos preocupados com  essas propagandas de alimentos e brinquedos que ficam fazendo armadilhas pra fisgar a inocente da criancinha... depois os pais que se virem pra comprar o que a criança está a exigir.
Antes de entrar na questão propriamente dita, o blogueiro Reinaldo Azevedo (de direita, claro - pessoal das 'esquerdas' não ia se preocupar com isso e ir atrás do que está por trás de tanta disposição em ajudar as criancinhas) descobriu que os dois irmãos da tal ONG que vou falar (e que tem como conselheiro 'aquele' Frei Betto), são da família que é a maior acionista individual do Itaú, aquele banco que usa criancinhas nas suas propagandas. Guardem isso na memória e adiante...

Alana é uma ONG. Ela está preocupada com o consumismo infantil. É uma boa causa! Excelente! A ONG quer que o Estado proíba os fabricantes, fornecedores, prestadores de serviço, o diabo; não possam mais fazer propaganda (produzir, fornecer, vender, o raio que o parta) de alimentos com apelo infantil, melhor dizendo, que 'fisguem' as criancinhas com brinquedinhos, surpresinhas ou outro brinde qualquer... que criem na pessoinha essa coisa hedionda do consumismo. Eles acham que o pai e a mãe da criancinha é um idiota que não sabe como criar as meninas e meninos e que o Estado deve intervir. Urgente! Imediatamente! Hoje, se possível ontem, ainda! Lindo, né? Eu acho!

Problemas:
- A ONG, essa, quer que o Governo do Estado faça isso. Acontece que na Constituição está reservado ao Governo Federal a prerrogativa de legislar sobre o assunto. Mas é por uma 'boa causa', dizem eles. Eu sei! Mas e se for por uma 'boa causa' te cassarem os direitos individuais ANTES que você seja acusado, processado, julgado e condenado em última instância? Também vai valer? Ou só vale nos casos que a ONG, essa, acha que é uma 'boa causa'? Quem vai responder pelo governador que 'rasgar' a constituição e sancionar uma lei estadual inconstitucional? O governador ou os irmãos da ONG, essa?

- Quem disse que o Estado é MELHOR que os pais das crianças pra educar os filhos e lhes ensinar os valores? O Estado brasileiro atual tem 'ensinado' ao povo brasileiro que o crime compensa! A classe política tem dado exemplos de que, ao se apropriar de dinheiro público e enriquecer pode render votos, novos mandatos, altos salários e empregos para os correligionários e parentes... Fale sério: você prefere que seu filho seja um consumista de Kinder Ovo, McLanche Feliz, Trakinas ou sei lá qual outro alimento que dá brinde, ou quer que seu filho seja, no futuro, um Delúbio? Um Genoino, talvez? Um Zé Dirceu? Um presidente da Câmara ou do Senado? Uma Rose? Não, né? Uma Rose ninguém merece!

Uma boa causa pode ser muito boa, mas não pode cegar as pessoas e ultrapassar os limites da individualidade. Querer ser mais realista que o rei nunca resultou em coisa boa!
O Estado não é a solução, pode ser o 'meio'. Autoritarismo quanto maior, mais cruel será!
A sociedade precisa abrir os olhos contras estes oportunistas. Eles estão à espreita!
O que o título destas mal traçadas linhas tem a ver com o texto?
Simples!
A maioria das pessoas que não se ligaram nessas ONGs nem nos partidos políticos, anda achando que um Estado Forte é a solução de todos os nossos problemas. Mas já em 1962, Charles De Gaulle proferiu aquela frase lá no alto. Então... cuidado!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Eu tenho muita pena 'duzamericânu'


Coitados dos EUA!
Coitado de Barack Obama!
Coitados daqueles que a esquerda xexelenta brasileira chama “estadunidenses”!
Um dia eles terão samba no pé!
Um dia eles terão ziriguidum, balacobaco, telecoteco!
Um dia eles terão PMDB!
Um dia eles terão algo parecido com Medida Provisória — de caráter permanente — em sua legislação!
Um dia eles terão Lula (estão quase lá…)!
Um dia eles terão um sujeito que não foi eleito por ninguém cuidando da articulação do governo no Congresso.
Um dia eles terão o terceiro povo “mais feliz” do mundo: os butaneses continuarão em primeiro lugar; os bananeses nos manteremos em segundo, e aí virão os estadunidenses…
Se Obama conseguir concluir a sua obra, os EUA ainda cumprirão o seu ideal, e teremos um continente americano quase todo unido pela estupidez. Talvez o Canadá se salve por causa da Polícia Montada… “Como assim, Reinaldo?” Sei lá… Um povo que tem Polícia Montada me parece determinado a manter suas singularidades… Por que isso tudo?
O PSDB e o DEM recorreram ao Supremo contra a Medida Provisória que libera recursos do Orçamento de 2013: nada menos de R$ 42 bilhões. Por quê? Em razão da barafunda criada pela tentativa de derrubar os vetos da presidente Dilma à lei dos royalties do petróleo, o Congresso encerrou 2012 sem votar a peça orçamentária. Seria a versão cabocla (o conteúdo é bastante diferente) do abismo fiscal dos EUA. E é nesse ponto que eu tenho pena duzamericânu e da sua falta de ginga. Uzamericânu é tudo troxa; nóis sabe como se pega us peixe.
Por lá, se o Congresso não autoriza a elevação do limite do endividamento e a liberação de recursos, fim de papo: acaba o dinheiro. Daí aquela correria e a negociação frenética. Os bobalhões ainda estão nessa de que Poderes têm prerrogativas que não podem ser usurpadas. São mesmo um império em decadência. Vejam a beleza da China, hoje tão admirada por esquerdistas e por ditos liberais pragmáticos: o Congresso se reúne duas vezes por ano para homologar as decisões do Comitê Central do Partido — na verdade, aquele é apenas uma divisão deste. Ao longo do ano, o Poder Legislativo é apenas cartorial.
Uzamericânu é tão idiota que não dispõem nem do estatuto da Medida Provisória, que é aquele mecanismo que permite ao Executivo, no Brasil, governar sozinho. Como é que um povo assim pode aspirar à grandeza? São práticas como a independência entre os Poderes que permitem a emergência de gente como os republicanos. Só porque esses caras foram eleitos pelo povo, acham que podem debater a agenda do país com Barack Obama.
O Brasil não tem essas frescuras, razão por que uzamericânu são quem são — um povo infeliz, sem ziriguidum, balacobaco e telecoteco — e nós somos quem somos. Além da manemolência e do samba no pé, só não somos mais felizes do que os butaneses… A gente também não costuma dar tiro em escola, essas coisas detestáveis. Por aqui, mata-se quase seis vezes mais, mas é tudo a céu aberto mesmo…
A imprensa vai demonizar a oposição também?Devo contar as horas para que setores da imprensa brasileira comecem a demonizar também as oposições brasileiras, que decidiram recorrer ao Supremo? Espero que Jabor não vá à TV dizer que o PSDB e o DEM só estão cobrando o respeito à Constituição porque Dilma é mulher — assim como, segundo ele, os republicanos só combatem Obama porque ele é “negão”… Afinal, caso consigam uma liminar — o que eu duvido —, o repasse de dinheiro teria de ser suspenso.
Ou não! Em Banânia, com a sua compulsão para a felicidade e para o jeitinho, a Justiça determina uma coisa, e o governo faz o contrário. Vejam o caso do Fundo de Participação dos Estados. O Supremo decidiu que, na sua forma atual, ele é inconstitucional e deu prazo ao Congresso de TRINTA E CINCO MESES para votar uma nova lei. Ninguém votou zorra nenhuma! Mesmo assim, o Executivo manteve os repasses.
Como diz uma música breganeja, “nóis é jeca, mais nóis é jóia”. Em Banânia, um chefe partidário, um líder de facção, anuncia que vai passar a comandar a articulação do governo no Congresso, e boa parte da imprensa noticia isso como quem dissesse: “Hoje é terça-feira, 22 de janeiro…”
Assim, eu tenho de ter muita pena dessezamericânu bunda-mole, que não percebem que o grande defeito da democracia está, como vou dizer?, em ser democrática. Obama, é bem verdade, está fazendo um esforço danado — e com apoio de setores importantes da imprensa americana — para apressar a marcha dos EUA rumo à descoberta da felicidade terceiro-mundista, esse mundo, como notou Pero de Magalhães Gândavo, sem fé, sem lei nem rei… Quer dizer, fé e lei andam em baixa… Mas estamos bem perto na monarquia, só que do tipo absolutista (que é como vale a penas ser monarca, é claro!).
Uzamericâno ainda vão descobrir que o preço da governabilidade é o desrespeito contínuo e contumaz à lei. Sem isso, não se fabrica esse atraso orgulhoso de si, convicto e, como é sabido, feliz. Uma dia a gente ainda toma o lugar do Butão. É uma questão de tempo.
Por Reinaldo Azevedo - Veja.com

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Vergonhosa e Ofensiva


Quando a gente vê certas comédias encenadas em Brasília fica pensando por que é que a plateia não reage pelo menos fechando a cara e fazendo boca de nojo. Repare no roteiro que vai abaixo, preste atenção nas explicações de José Sarney e tire suas próprias confusões:
- Cena um: o Congresso Constituinte enfia dentro da Constituição de 1988 uma invenção chamada FPE, Fundo de Participação dos Estados. Coisa destinada a obrigar a União a repartir com os governos estaduais uma parte dos tributos que arrecada. Dali a um ano, anotou-se no texto constitucional, o Legislativo aprovaria uma lei definindo as regras de funcionamento do fundo.
- Cena dois: em 1989, como previsto, deputados e senadores aprovam a Lei Complementar 62. A peça resultou de um consenso precário. Ficou decidido que 85% das verbas do FPE iriam para os Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste; 15% para os Estados do Sul e do Sudeste. Os percentuais valeriam por dois anos. Em 1990, haveria um censo do IBGE. E o Congresso, munido dos resultados, olharia para o retrato sócio-econômico do país e aprovaria em 1991 novas regras para o rateio do FPE. Vigorariam a partir de 1992.
- Cena três: provocado por ações movidas pelos governos de quatro Estados (RS, GO, MT e MS), o STF decretou a inconstitucionalidade das regras usadas na divisão das verbas do FPE. Por quê? Decorridos 18 anos, o Congresso abstivera-se de votar, em 1991, a lei que atualizaria os critérios da partilha. Para evitar que o caos se instalasse na tesouraria dos Estados, o Supremo deu dois anos para que o Congresso corrigisse a omissão.
- Cena quatro: o prazo concedido pelo STF venceu em 31 de dezembro de 2012. E o Congresso não foi capaz de colocar as novas regras em pé. Nesta segunda-feira (21), os governadores Antonio Anastasia (MG), Eduardo Campos (PE), Jaques Wagner (BA) e Roseana Sarney (MA) protocolaram nova ação no STF. Uma ‘ação direta de inconstitucionalidade por omissão’. Pedem que o Supremo fixe novo prazo para que o Congresso cumpra sua obrigação e mantenha os repasses da União para os Estados até que a resolução da encrenca.
- Cena cinco: de plantão no Supremo, o ministro Ricardo Lewandowski enviou nesta terça (22) um ofício a José Sarney, presidente do Congresso. Pediu explicações sobre a omissão do Legislativo. Deu cinco dias para a elaboração da resposta.
- Cena seis: com a velocidade de um raio, Sarney respondeu em poucas horas. Antes que encerrasse o expediente da terça, mandou entregar no Supremo um texto preparado pela Advocacia-Geral do Senado. Sustenta-se na peça a tese segunda a qual o Congresso não se omitiu.
Como assim? Os congressistas produziram 19 propostas sobre o tema: dez tramitam no Senado; 19 recheiam os escaninhos da Câmara. Hã, hã… E daí? Faltou tempo para converter projetos em lei. Heim?!? Desde que foi instado pelo STF a agir, o Congresso atravessou dois recessos brancos: um em 2010, ano de sucessão presidencial; outro em 2012, ano de eleições municipais.
Noves fora a escassez de tempo, o tema revelou-se demasiado delicado.A matéria legislativa não é apenas complexa, mas politicamente sensível, revelando um verdadeiro embate entre os Estados, o Distrito Federal e os municípios, anota o documento enviado por Sarney a Lewandowski.
A pseudo-explicação do presidente do Congresso envergonha e ofende. É vergonhosa porque reconhece a incompetência do Legislativo, incapaz de desatar um nó que ele próprio amarrou. Depois de rodar como parafuso espanado em torno do FPE por duas décadas, um Congresso espremido pelo Supremo informa que não teve tempo para trabalhar.
A resposta é ofensiva porque faz a plateia de boba. O contribuinte observa a sequência de cenas e acha inacreditável que parlamentares pagos a peso de ouro, com direito a 14o e 15osalários, tratados como faraós –com casa, carro, gasolina, telefone, avião e todas as mordomias que o dinheiro público pode pagar—, não consigam votar uma lei em 20 anos e não tenham a menor dor de consciência.
Se o Brasil fosse um país lógico, essa gente seria assaltada (ops!) por um tremendo sentimento de culpa se não pintasse pelo menos duas ou três capelas Sistinas a cada 15 dias. Em vez disso, Suas Excelências tornaram-se operários de uma linha de montagem de medidas provisórias. Por vezes, conseguem piorar o que chega ruim do Planalto.
Josias de Souza - Blog UOL

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

MANUAL: Como Ser Rei

Assista e entenda tudo que é preciso fazer pra ter o poder. Depois, o que fazer com ele, porque PODER, se não for bem utilizado, pode se virar contra você!
Assista em 'tela cheia' - Legendado.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Fazendo Parte da Banda

“Passei a vida vendo a banda passar.É o que todo repórter deve fazer”. 
Foi o que disse o jornalista Joel Silveira, considerado "o melhor repórter do Brasil" de todos os tempos. Pena que quase nenhum repórter hoje em dia tenha aprendido a lição. Na ânsia de personalizar a matéria, acabam dando seus pitacos na história, em vez de contar a história como ela se apresentou. Querem fazer parte da banda!

O jornal Folha de S.Paulo desde o seu editorial até reportagens destinadas à sua versão na web, todos os 'pontos de vista' estão voltados para o massacre da internação compulsória de viciados em crack, mesmo que ontem não tenha havido nenhum caso. Lendo o jornal, tudo leva a crer que foram internados até os transeuntes que passavam desavisados pela Cracolândia.
É uma ação conjunta do Ministério Público, com a presença de um magistrado e da Defensoria Pública, em conjunto com as secretarias assistencialistas do Governo de São Paulo. Mas os tontos seguem pedindo 'políticas públicas' para o problema. Liberdade de ir e vir e fazer o que quiser, exige um padre e dezenas de outros responsáveis por ONGs que 'cuidam' dos viciados. Nunca vi, reunidos num espaço tão pequeno, tantos idiotas juntos... isso que não quero ser 'maldoso' e chama-los de aproveitadores. Ou ainda há quem acredite que, no Brasil, ONG não é sinônimo de OBG? Organização Bem Governamental! 

Não há um ministério do Governo Federal ou Secretaria Municipal ou Estadual que não forneça dinheiro pra uma ONG neste país! Vá lá que algumas fazem bom uso do dinheiro que recebem. Mas não são 'não governamentais'? É o bastante pra qualquer repórter aceitar ser pautado por uma delas, basta que citem 'números' e 'pesquisas' e lá vai o jornalista atrás da conversa dessa gente. São 'a fonte' de credibilidade irrefutável, os donos da verdade! Afinal, ver a banda passar, observar, apurar e relatar, dá um trabalho danado!

Ainda no Folha de ontem, uma mulher foi tentar resgatar o pai, viciado em crack, pra tentar mais uma internação. O que deveria render uma matéria de 'solidariedade', 'um ato de amor', rendeu uma critica velada ao Governo do Estado e 'um ato de esperteza' da filha. Como o pai estava muito agitado, a filha deu um calmante escondido num copo de suco. Como a moça é de classe média alta, fazer o 'duplo sentido' ficou fácil: 'Filha dopa pai' pra conseguir internação! Entenderam? Virou 'filha do papai', pejorativamente.
No texto as mais absurdas críticas e suposições, indignas para alguém que se diz 'jornalista'.

Também no dia de ontem, o Babalorixá de Banânia reuniu Ministros de Estado e Assessores da Presidência para 'discutir' sabe-se lá o que... o encontro não foi aberto à imprensa. Neste caso, pode-se dizer, uma reunião política contra a presidentA em exercício do cargo. Ou não? Não deveria ser ela quem devesse reunir os ministros e assessores para dizer o que quer que seja feito? Ninguém, nem o Governo no seu Diário Oficial, nem a mídia, veio diante do povo brasileiro e declarou que o ex-presidente agora é o novo Secretário de Relações Institucionais ou mesmo o Ministro da Casa Civil; órgãos que, ao longo dos governos anteriores, vinham cuidando da relação política com os parlamentares e partidos. Semana passada ele já fez isso com o novo prefeito de São Paulo e seus secretários, a diferença é que o 'coxinha' participou, afinal, ele é só o poste que foi fincado pelo ex-presidente, que é quem vai dar a 'luz' que iluminará a todos os paulistanos.

Mesmo de fora do 'seminário' a mídia não deixou de especular que é 'legítimo' que o ex-presidente se apodere dessas funções sem ser convocado pela presidentA, afinal ele é um mito, o descobridor do Brasil em 2003 (antes o país nunca existiu, só para pagar indenizações aos índios, aos quilombolas, aos militantes comunistas que resolveram tomar o país a força contra o regime ditatorial de direita pós 1964). Não importa a quantidade de bandalheiras que tenha realizado, afinal, não há provas (principalmente quando não se quer  enxergar o mensalão, o caso do BMG e as cartas aos aposentados, o Rosegate...). Uma ova! Está em curso um golpe contra a presidentA com o objetivo de impedi-la de tentar a reeleição, o Babalorixá de Banânia quer voltar ao Planalto. Mas quer ser 'chamado pelo povo', quer que lhe supliquem, quer ser o 'salvador' do país contra os que querem salvar o país desses petralhas que estão sugando tudo por onde passam. Mas para isso é preciso que os repórteres façam parte da banda, toquem afinados e convençam o povo da necessidade da sua volta e não que nos conte o que viu, quando a banda das denúncias passar.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Babão de Gravata & Babona de Tailleur


A cada vez que vejo um colunista ou uma colunista brasileiros babando na gravata ou no tailleur contra o Partido Republicano, dos EUA, constato a que distância estamos de uma democracia de direito, que respeite a independência entre os Poderes e as leis. Todos nos habituamos a ler e a ouvir esses sábios — que, infelizmente, pontificam em veículos da grande imprensa — a lamentar as supostas ações de “sabotagem” contra o governo Obama.
Eleitos pelos americanos, assim como foram os democratas, os republicanos discordam das propostas do presidente de seu país para o Orçamento e de suas prioridades. Vejam que coisa: nos EUA, deputados eleitos por um partido costumam ser fiéis à pauta desse partido. Que coisa exótica! Por lá, o presidente não dispõe de 25 mil cargos federais e de mais uma penca de autarquias e estatais para acomodar pilantras. Não tem como comprar o apoio de ninguém. Que coisa pitoresca! Naquelas terras, o eventual descumprimento de uma decisão da Suprema Corte rende cadeia, e, flagrado, não resta ao vivente outra saída que não a renúncia. Ou o sujeito é banido do mundo dos vivos. A imprensa o trata como lixo. No Brasil, corruptores e formadores de quadrilha são colunistas.
“Ah, mas e o risco do abismo fiscal?” O risco do abismo fiscal, senhor Babão de Gravata, senhora Babona de Tailleur, decorre do fato de aquele ser um país que se pauta pelas leis. O abismo é evitado porque o Executivo, no caso de não ter maioria nas duas Casas, se vê obrigado a negociar. Os babões no Brasil dizem que os republicanos só fazem isso porque são reacionários, racistas e não suportam o “governo do negão”. Errado! Eles defendem a sua pauta porque respeitam aqueles que os elegeram.
Um desses colunistas do regime, aqui no Brasil, descobriu, quando se prenunciou o risco de abismo fiscal no fim de 2011, o que faltava a Obama: segundo disse, o presidente americano não tinha a sorte de contar com um PMDB (o PSD ainda não existia….). Isto mesmo: segundo o preclaro, Obama precisava ter um Henrique Alves para chamar de seu, que não fosse nem democrata nem republicano. Precisava de um Renan Calheiros no Senado, que fosse governista, sim, mas apenas sob certas condições.
Todos costumamos dizer que a democracia tem um preço ou, se quiserem, um custo. Trata-se de uma metáfora de virtuosa compreensão: isso quer dizer que, nesse regime, ninguém faz tudo o que quer, como quer. É preciso negociar. Em Banânia, a noção de preço e de custo foi tomada na sua literalidade. Se Obama tivesse um PMDB com que conversar, como especulou aquele, bastar-lhe-ia meter a mão no caixa e comprar o apoio. O Babão de Gravata e a Babona de Tailleur, que vertem a sua gosma antirrepublicana — et pour cause, antidemocrática — se acostumaram ao modo brasileiro de fazer as coisas. Mas, claro!, não se diga que não defendem a ética na política. Só não gostam de ver tal ética aplicada na prática.
O FPEVejam, agora, o caso do FPE, o Fundo de Participação do Estados. O Supremo, a nossa Suprema Corte, já decidiu que, na forma como está, ele é inconstitucional. Isso se deu em 2010. Concedeu um prazo longo para o ajuste: 35 meses. O Congresso não se mexeu. A base de apoio não se mexeu. A oposição também não se deu conta do risco, preocupada que está em… Bem, sei lá em quê!
E o governo faz o quê? Para evitar o “abismo fiscal” à moda cabocla — que, de fato, criaria dificuldades a alguns estados —, o governo federal opera os repasses ao arrepio do que decidiu a Justiça. Ah!!! Isso, sim, é que democracia digna de respeito. Isso, sim, é que é coisa de país progressista. Por aqui, felizmente, não existem aqueles republicanos horrorosos, que fazem questão de exercer as suas prerrogativas e de respeitar a vontade daqueles que os elegeram. Por aqui, nós sabemos como fazer, nós damos um jeitinho, nós evitamos os extremismos. Tudo é muito simples e se resume a uma ação corriqueira: desrespeitar a lei e a decisão da Justiça. E o melhor: isso se faz sem consequências. Por aqui, “dura lex, sed lex” virou, no máximo, rima para produto cosmético: “no cabelo, só Gumex” — necessariamente tingidos, como os de Edison Lobão…
Republicanos americanos, dizem o Babão de Gravata e a Babona de Tailleur, ainda não perceberam os valores da nova ordem, do novo tempo, da nova aurora. Ainda estão naquela coisa de cultura do individualismo, entenderam?, que não se preocupa com o coletivo. Têm muito a aprender com a democracia brasileira. Em Banânia, caso minorias influentes considerem que o cumprimento da lei é ruim para a sua causa — logo transformada por setores da imprensa em um imperativo da maioria —, prega-se abertamente o desrespeito ao que está escrito.
E depois…Pois é… Não obstante o ódio essencial à democracia, essa gente se espanta quando os Alves e os Calheiros se apresentam para o serviço, contando com o apoio de boa parte das lideranças políticas. Ora, é o nosso “jeitinho” de fazer democracia, não é? Estão reclamando do quê? Se os EUA tivessem um PMDB (e congêneres), não haveria risco de abismo fiscal por lá. A América seria um Brasilzão de 300 milhões de habitantes e mazelas proporcionais.
Passivismo congressualFrequentemente se reclama do ativismo do Poder Judiciário no Brasil. Eu mesmo já critiquei o Poder por exercer papéis que cabem ao Congresso. No mérito, minha crítica está certa, mas começo a considerar a necessidade de revisá-la na espécie. Vejam aí: no caso do FPE, o STF não decidiu — deu um prazo de 35 meses para que o Congresso cumprisse a sua função. Não aconteceu nada!
O Babão e a Babona atacam a Câmara dos EUA, de maioria republicana, porque a Casa decide exercitar suas prerrogativas. Bom mesmo é o Congresso brasileiro e seu “passivismo”, sempre a reboque do Executivo, não importa qual seja o tema.
A síntese é a seguinte: ao efetuar o repasse para os Estados, ao arrepio da decisão judicial, o governo federal decidiu descumprir deliberadamente a lei. Temos um Poder dando um pé no traseiro do outro. Agora o Babão de Gravata e a Babona de Tailleur tentem convencer o Fulano de Almeida a não estacionar sobre a calçada, a não fechar o cruzamento, a fazer xixi na rua, a não violar o taxímetro, a não jogar lixo na rua…
Se Dilma Rousseff não precisa cumprir uma determinação do Supremo, por que o Fulano de Almeida se sentiria obrigado a cumprir algumas regras do decoro?
Reinaldo Azevedo VEJA.COM

sábado, 19 de janeiro de 2013

SHOW on Cologne Wallrafplatz

Flashmob diferente na Alemanha, 
um show para fans de Star Wars
Imperdível!

WDR Radio Orchestra on Cologne Wallrafplatz

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Isso Que é Show - The Ross Sister

O vídeo a seguir é uma recuperação de 1944, digitalizado e colorido, parte de uma coreografia do filme 'Broadway Rhythm'. As moças (Aggie, Maggie e Elmira) são as The Ross Sister, estrelas à época.
No primeiro minuto elas interpretam a canção, mas depois um show de contorcionismo tem início, com movimentos que parecem impossíveis para o corpo humano. Assista!

Dica do @Roxmo no Twitter

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

LIVE-ACTION TOY STORY

Dois adolescentes americanos, do Arizona, tiveram uma ideia que vai deixar muitos fãs de Toy Story felizes da vida. Eles resolveram refilmar a animação do ano de 1995 usando brinquedos de verdade da série. 
O projeto, chamado Live-Action Toy Story Project, foi finalizado após três anos e a refilmagem foi postada no Youtube. A postagem foi autorizada pela Pixar, criadora da animação, que reconheceu a grande homenagem dos adolescentes. 



Segundo o site Hypeness, Jonason Pauley e Jesse Perrotta contaram com a ajuda de amigos e fizeram as gravações aos sábados, já que era o dia que todos estavam livres. Para a reprodução do desenho do início ao fim, os adolescentes usaram técnicas de animação como stop-motion, fantoches e variados efeitos visuais. Com a refilmagem, os meninos viraram notícia em todo o mundo.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Oferta de ABEL

Se você não quiser participar dessa oferta, tenho outra com um número de conta bancária que vai direto pra mim. Também estou precisando...E NÃO FAÇA CONTA!

Para este cidadão, o Governo do Brasil concedeu PASSAPORTE DIPLOMÁTICO por "interesse do país"; como foi publicado no Diário Oficial da União desta semana.


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

É o Bicho


André Luis Vargas Ilário, deputado federal pelo Paraná e secretário de Comunicação do PT, tem sido um leão na defesa dos mensaleiros condenados pela Suprema Corte. Notabiliza-se pela fartura de declarações de efeito contra a mídia e o que ele chama de elites conservadoras; um besteirol sem tamanho feito sob medida para ecoar na militância petista mais radical.
Juvenil, na ânsia de proteger o réu José Genoíno (PT-SP) fez o dever de casa ao contrário e puxou uma sujeira protegida pelo tapete dos companheiros há mais de uma década: a relação suspeita entre o PT e o jogo do bicho.
Irritado com a reprimenda pública que o ex-governador Olívio Dutra fez ao recém-empossado deputado José Genoíno durante entrevista à Rádio Guaíba – “Eu acho que tu deverias pensar na tua biografia, na trajetória que tem dentro do partido... que tu deverias renunciar” -, André Vargas sacou do coldre a cobertura que o PT dera a Dutra na CPI estadual do jogo do bicho, em 2001.
“Para quem teve a compreensão do conjunto do partido em um momento difícil, ele está sendo pouco compreensivo”, disparou.
Pela cabeça do parlamentar, que está prestes a virar vice-presidente da Câmara, não ocorreu que estava colocando lenha em uma fogueira que nem brasa mais tinha.
Por 36 votos a favor e 10 contra, a CPI da Segurança Pública (jogo do bicho) realizada pela Assembleia do Rio Grande do Sul chegou a enquadrar Dutra por improbidade administrativa e crime de responsabilidade. Depois disso, o processo caminhou devagar e acabou sendo rejeitado pelo Ministério Público.
Em 2004 o tema voltou à baila quando a loteria gaúcha foi entregue a Carlos Almeida Ramos. Ele mesmo, o Carlinhos Cachoeira.
No ano seguinte, o esquema foi alvo de denúncia do deputado José Vicente Goulart Brizola, ex-diretor da loteria estadual. Na CPI dos Bingos, ele afirmou que fora coagido por petistas gaúchos a buscar recursos de campanha com donos de bingos e bicheiros.
Os petistas negaram. Viraram bichos. Literalmente.
Tido como um dos responsáveis por fazer a presidente Dilma Rousseff trocar o PDT pelo PT, José Vicente Goulart Brizola morreu, prematuramente, aos 61 anos, no último dia 28 de dezembro.
O filho do ex-governador Leonel Brizola, pai do ministro Brizola Neto, não está mais aqui para cobrar a reabertura do caso. Mas investigar os elos que, por mais de uma década, ligam o PT a bicheiros é algo inadiável depois de o deputado André Vargas confessar a proteção propiciada pela “compreensão do conjunto”.
O bicho pode até não pegar. Mas não abrir novas diligências será incompreensível.

Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, @maryzaidan

domingo, 13 de janeiro de 2013

Operação Chacrinha

Alexandre Schwartsman
Publicado na Folha/Blog Instituto Millenium

É chato, eu sei, e já me desculpo aos 18 leitores por voltar ao tema, mas, como o governo insiste em repetir os mesmos erros, tenho que comentá-los. Em nome dos 18, aproveito para deixar meu apelo por erros novos, por favor.
Feito o pedido, ao trabalho. Soubemos na semana passada, mesmo antes da divulgação oficial dos números de dezembro, que naquele mês o governo lançou mão não de uma, mas de várias manobras contábeis para garantir, formalmente, o cumprimento da meta fiscal, cerca de R$ 140 bilhões (3,1% do PIB), definida pelo próprio Executivo.
Pelo que foi noticiado, a Caixa Econômica Federal e o BNDES anteciparam dividendos para o Tesouro, num valor próximo de R$ 7 bilhões (devidamente financiados… pelo Tesouro!).
Além disso, o governo teria sacado também cerca de R$ 12 bilhões do Fundo Soberano (parte em ações da Petrobras, vendidas… ao BNDES!).
Caso o raro leitor tenha ficado confuso, não se apoquente: isso foi feito para confundir (não para explicar) e, no final das contas, não faz a menor diferença, pois são todas transações entre os diversos bolsos de um mesmo governo, com o intuito de obscurecer o óbvio, a saber, que, apesar das promessas, o governo ficou muito longe da meta.
Não sei a quem o governo quer enganar; qualquer analista experiente consegue identificar a macumba fiscal
Há duas ordens de consequências. A mais óbvia é que, apesar da Operação Chacrinha, não há como fugir do fato de que a política fiscal foi bem mais expansionista do que normalmente presumido, em particular pelo Banco Central, que, ainda em dezembro, baseava suas projeções na suposição de que o superavit primário atingiria “em torno de 3,1% do PIB”.
Talvez ainda haja alguém no governo que vá defender essa posição como uma estratégia anticíclica, isto é, uma política mais expansiva em anos de baixo crescimento, a ser compensada por uma política mais restritiva em anos de crescimento mais forte.
Exceto, é claro, que tal compensação nunca ocorre, senão como explicar o crescimento persistente das despesas federais, de 14% do PIB em 1997 para mais de 18% do PIB ano passado?
No curto prazo, isso significa inflação mais alta, ainda mais dado o descaso do Banco Central. Não é por acidente, portanto, que a inflação permaneça teimosamente há três anos acima da meta e deva continuar assim até onde a vista alcança.
A médio e longo prazo, porém, além da questão inflacionária, também o crescimento é afetado. O gasto adicional não foi direcionado ao investimento, que continua insuficiente, mas à despesa corrente.
Além de tal gasto tipicamente não se traduzir em elevação do potencial de crescimento do país, ele sofre o inconveniente de ser praticamente impossível de ser reduzido, sugerindo que, para fazer espaço no Orçamento dos próximos anos, o investimento federal se tornará ainda mais escasso.
Por fim, a contrapartida do gasto mais alto são tributos mais pesados, cujo impacto sobre o crescimento não é apenas óbvio mas principalmente negativo.
Já a segunda ordem de consequências é mais sutil, embora não menos importante. Ao longo dos últimos anos, o governo tem abusado de manobras contábeis como as empregadas no fim do ano passado, de dividendos extraordinários de empresas estatais à aquisição das reservas de petróleo pela Petrobras (em troca de ações, não de dinheiro), passando pelas operações com o BNDES e outras feitiçarias.
Não sei, sinceramente, a quem o governo quer enganar. Talvez a si próprio, pois qualquer analista com um tanto de experiência consegue identificar a macumba fiscal, ainda que alguns, talvez por dever de ofício, omitam-se valentemente da tarefa de denunciá-la.De qualquer forma, isso só serve para acrescer à perda de credibilidade das instituições. Não bastasse o Banco Central fazer letra morta do regime de metas para a inflação, temos agora o Tesouro cuidadosamente rasgando a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Estamos, é verdade, ainda longe do ponto em que isso se tornará um problema patológico, mas já na estrada que leva para lá.

sábado, 12 de janeiro de 2013

A BANCADA DA CORRUPÇÃO


É normal ocorrer no Congresso a formação de bancadas suprapartidárias por parlamentares que, a despeito de suas legendas, se unem para defender causas comuns. A bancada "ruralista" representa o agronegócio. A "da bola", os clubes de futebol. Já a bancada "da bala" quer leis mais duras para a segurança pública.

Ao retornar das férias, em fevereiro, a Câmara terá pela primeira vez, de forma pública, uma "bancada da corrupção", a ser integrada pelos deputados condenados no julgamento do mensalão: José Genoino (PT), João Paulo (PT), Valdemar Costa Neto (PR) e Pedro Henry (PP).

Seu objetivo é claro: defender a tese de que o STF não tem o direito de cassar os seus mandatos. Na visão dessa turma, só o próprio Legislativo pode tomar tal decisão. Ao STF caberia apenas a tarefa de pedir à Câmara a análise dessa possibilidade.

O grupo ainda não explicou como um deputado condenado à prisão poderia, na prática, exercer suas prerrogativas. Voto à distância? Discurso por meio de conferência eletrônica? Não se sabe. Mas, mesmo assim, já obteve apoios. O atual presidente da Câmara, Marco Maia (PT), que chegou a bater boca com ministros do STF, declarou cogitar a hipótese de dar abrigo aos parlamentares para impedir suas prisões.

O seu provável sucessor, Henrique Alves (PMDB), também é simpatizante da causa dos condenados. Há 42 anos na Câmara, tem afinidades políticas com o grupo, integrando a base de Dilma. Na época em que era aliado de FHC, vale lembrar, chegou a ser indicado como vice-presidente na chapa de Serra (PSDB), mas desistiu após a notícia de que sua ex-mulher afirmara à Justiça que ele tinha US$ 15 milhões em paraísos fiscais.

A fim de divulgar sua causa, a "bancada da corrupção" poderia emprestar, ou melhor, se apropriar de um grito de guerra difundido na redemocratização. Com uma pequena alteração, evidentemente: "Mensaleiro unido jamais será vencido".

Rogério Gentile é Secretário de Redação da Folha. Entre outras funções, foi editor da coluna "Painel" e do caderno "Cotidiano". Escreve a coluna "São Paulo", na Página A2 da versão impressa da FOLHA, às quintas.

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IMPRESSIONANTE: Despesas SECRETAS da Presidência da República entre 2003 e 2010, durante o governo Lula da Silva, com CARTÕES DE CRÉDITO CORPORATIVO. Click AQUI!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Crise venezuelana vai piorar!


Como todo autoproclamado messias, Hugo Chávez não poderia nos deixar sem espetacularizar a sua morte. Nesse teatro de dois palcos, Caracas e Havana, o chavismo pós-Chávez esticará a mística do caudilho o quanto puder para entreter os venezuelanos e consolidar o seu poder antes de enfrentar a Constituição e a oposição.
O pequeno Paraguai por muito menos foi suspenso do Mercosul, punido pelo impeachment relâmpago (mas constitucional) do presidente Lugo.
Como só o Paraguai não havia ainda aprovado a entrada plena da Venezuela no Mercosul, a suspensão serviu para tornar a adesão venezuelana fato consumado, um ato cínico que enlameou não só o bloco como também a diplomacia brasileira.
Já na Venezuela (e em Cuba), Chávez não dá sinal de vida há quase mês, os boletins médicos não esclarecem nada, mas mesmo assim a Justiça "revolucionária" venezuelana decretou que a posse para o novo mandato seria mera formalidade, apesar de exigida pela Constituição.
Como o Mercosul tornou-se um bloco de esquerda, os governos de Brasil, Argentina e Uruguai sequer questionam o casuísmo autoritário venezuelano.
Se o martírio chavista se prolongar muito, até que seu sucessor se consolide, a crise crescerá. Se depois de eventual morte de Chávez, a orfandade chavista, composta basicamente de castristas e castrenses, castrarem de vez a democracia, barrando a convocação de novas eleições, como manda a Constituição, o Brasil ficará em situação mais delicada.
O chavismo atávico dos governos petistas pode comprometer ainda mais o valioso compromisso brasileiro com a democracia regional.
Chávez ascendeu ao poder em 1999, 4 anos antes de Lula, respondendo aos mesmos anseios das massas latino-americanas por vida melhor, mas com o viés truculento do revolucionário militar, não o viés conciliador do líder sindical.
Para seguir ganhando projeção e investimentos globais, o Brasil precisa voltar a se diferenciar dos sócios do Mercosul, cada vez menos democráticos e capitalistas. A hora da verdade da Venezuela pode ser a hora da verdade da diplomacia brasileira.

Sérgio Malbergier é jornalista. Foi editor dos cadernos "Dinheiro" (2004-2010) e "Mundo" (2000-2004), correspondente em Londres (1994) e enviado especial da Folha a países como Iraque, Israel e Venezuela, entre outros. Dirigiu dois curta-metragens, "A Árvore" (1986) e "Carô no Inferno" (1987). Escreve às quintas no site da Folha.