segunda-feira, 29 de abril de 2013

De Panzer a Porsche

Excelente artigo de Cayetano Ros, publicado no último dia 25, no “El País”, analisa a evolução do futebol alemão, que está a um passo de abocanhar a Liga dos Campeões, num duelo privado de seus clubes: Bayern de Munique e Borussia Dortmund, ambos prestes a eliminar os todo-poderosos Barcelona e Real Madrid, potências da Espanha campeã mundial e bi europeia. 
Para entender como foi possível superar os espanhóis de forma tão convincente (Munique 4 x 0 Barcelona e Dortmund 4 x 1 Real Madrid), o jornalista conversou com dirigentes, jogadores e técnicos alemães. O ponto central de sua narrativa se baseia num longo papo com Jürgen Klopp, técnico do Borussia Dortmund. É ele quem revela o ponto de partida para a reestruturação da Bundesliga, dos clubes e da seleção germânica. 

Tudo começou na Euro da Bélgica e da Holanda, em 2000. Lá, a Alemanha não passou da primeira fase, empatando com a Romênia e sendo derrotada pela Inglaterra e por Portugal. Diante da séria ameaça de fazer um papel ridículo na Copa de 2006, em seu próprio país, os alemães radicalizaram: 

— Foi imposta a todos os clubes a obrigação de ter centros de treinamento, estudiosos de futebol e técnicos gabaritados para os juvenis, além de melhores condições gerais de trabalho. Quem não cumpria tal determinação simplesmente não obtinha a licença para a Primeira ou a Segunda Divisões — conta Klopp. 

Voltando os olhos para o exterior, a Federação alemã enviou seus técnicos a países como França, Holanda e Espanha. O objetivo era observar os trabalho desenvolvidos nas categorias de base. Uli Stielike, zagueiro e líder da seleção campeã da Euro em 1980, foi para uma temporada no Real Madrid: 

— Nos inspiramos em outros modelos, mas sempre preservando a nossa própria identidade — explica o veterano craque. 

Coincidência ou não (Atenção, atenção, técnicos brasileiros!!!), o futebol da Alemanha começou a incentivar o toque de bola e a valorizar mais a habilidade que a força. E foi aí que começaram a surgir talentos de todas as partes. Talentos que agora estão no apogeu: Müller (23 anos), Shürrle (22), Reus (22), Götze (20)... 
— Antigamente, a Alemanha era uma máquina de corrida e de resistência física. Agora não, tecnicamente podemos dar espetáculo. Mas sem arrogância — destaca Mesut Ozil (de 23 anos), outro jovem craque da seleção alemã e do Real Madrid, onde levou o técnico José Mourinho a relegar Kaká ao banco de reservas. 

Com a certeza de que renovação e modernização de seu jogo eram os únicos caminhos para voltar a ser uma potência futebolística, os germânicos nãotiveram medo de escalar jovens de 20 anos na equipe principal. 

— As coisas mudaram tanto que agora nos falta jogo aéreo. Não temos bons cabeceadores na seleção — se diverte Klopp. 


Em 2009, pela primeira vez em sua história, a Alemanha conquistou o título mundial sub-21. Neste time (e daí pra frente) foi abandonada de vez a tradicional, mas agora vista como anacrônica, figura do líbero (desempenhada por Mathäus, na malfadada Eurocopa de 2000). 


Abriu-se também a porta para a dupla nacionalidade dos imigrantes e seus descendentes: Ozil, Khedira, Gündogan, Boateng, Mario Gómez e Gonzalo Castro vieram nessa onda. 

— As divisões de base e a Liga nos dão uma grande formação — opina Khedira, outro destaque da seleção e do Real Madrid. Os alemães estiveram adormecidos muitos anos, mas nos últimos não param de crescer. Não somente produzem grandes jogadores mas também uma incrível excelência em tática e em disciplina — avalia. 

Parafraseando a chanceler Angela Merkel, rígida defensora do rigor orçamentário, o diretor geral do Schalke, Horst Held, é enfático: 

— Os clubes fizeram os seus deveres de casa. 

Hans-Joachim Watzke, o CEO do Borussia Dortmund, que viu seu faturameto crescer em 40%, alcançando 215 milhões de euros, com um lucro líquido de 34 milhões, faz coro: 

— É incrível como todos crescemos! 

Enquanto os clubes italianos e espanhóis são sufocados pela crise, os alemães avançam. Com uma peculiaridade em relação à Inglaterra, onde flui o dinheiro dos magnatas: por lei, na Bundesliga, os sócios controlam 51% dos clubes — o que aumenta o sentimento de que as equipes lhes pertencem. 

Diante de tanto sucesso, resta a conclusão bem-humorada de Jürgen Klopp: 

— Não sabíamos que poderíamos ser tão despreocupados, felizes e alegres. A Alemanha foi semifinalista nos dois últimos Mundias e entendeu que ia por um bom caminho. Estádios cheios, preços razoáveis, ambiente familiar, futebol total — conclui. 

Os “Panzers” (tanques de guerra), quem diria, foram aposentados. A nova Alemanha se move agora a bordo de sofisticados e velozes bólidos Porsche. Enquanto isso, por aqui... 

sábado, 27 de abril de 2013

'Melhores' Piores Momentos da Semana

Acho que foi 'imbatível' a notícia de que LULA, nosso 'ignorante sustentado' com uma coluna no New York Times. Todos sabemos que ele nem sabe ler, quanto mais escrever. E em inglês, ainda...
Mais uma 'peça de propaganda', nada mais que isso.
Mas o que me espanta é que os 'intelectuaiz' acreditam...
Pra quem não sabe, a 'garota' embaixo é aquela da propaganda da CAIXA, irmã do menino que 'desembucha' na leitura das placas do nosso banco oficial; ela então exclama: 'Genteeee! O Dudu tá lendooo!". Aliás, o Deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) anda com uma petição na Câmara pra investigar 'lavagem de dinheiro' na instituição. Diz ele que estão usando os jogos da loteria pra 'limpar' dinheiro. Entre os exemplos citados, um camarada ganhou mais de 100 vezes, num único dia em todos os sorteios diferentes e em sete estados da federação, ao mesmo tempo. E não foi só isso... tem vários casos!

Outro caso 'SURPREENDENTE' (não 'nextepaíz') é a proposta de alteração da Constituição para atrelar o JUDICIÁRIO à Câmara dos Deputados; Querem, suas excelências (gente do quilate de um José Sarney, Renan Calheiros, Henrique Alves, João Paulo Cunha e José Genoino... entre centenas de outros), que decisões do STF passem pelo 'crivo' dos parlamentares. Quem decidiu isso? Por exemplo, dois dos condenados no 'mensalão'. Porque no Brasil é assim, bandido é que decide se vai ou não cumprir pena!
É... o 'gato' do judiciário SUBIU NO TELHADO.

Enquanto isso, aqui ao lado, na também 'bolivariana' Argentina, uma jornalista grega foi questionar o Ministro da Economia argentino (o Guido Mantega lá deles) e o rapaz se enrolou todo, sentiu-se constrangido com as perguntas (lá é proibido a mídia questionar) sobre a inflação e na maior cara-de-pau, abandonou a entrevista, dissendo para o seu assessor que queria IR EMBORA.
Sem responder, é claro!
Assistam a cena:
O cartunista Sponholz não perdeu a dica e já associou o caso a recente visita da presidentA brasileira à sua colega presidANTA argentina (ou seria o contrário?)

No âmbito doméstico, minha senhora dona esposa passou por uma cirurgia na última sexta-feira. Agora está em casa, tudo certinho!

Por isso mesmo o blog não foi atualizado como de costume.
Como o Sponholz, eu também não perdi a dica:

Tudo isso quem segue meu twitter (@dfernandocosta), viu primeiro!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Isto é WASABI?


Você pode ser frequentador assíduo de restaurantes japoneses e louco por sushi e sashimi. Mas se não esteve no Japão é provável que nunca tenha comido wasabi. Surpreso? Acontece que a pasta servida por aqui, como a do potinho da foto abaixo, é um condimento à base de raiz-forte e apenas lembra wasabi. O Paladar foi ao Japão conhecer o wasabi de verdade, plantado em riachos de água fria e cristalina.
Pode ser meio decepcionante, mas a pasta esmeralda da capa, conhecida dos frequentadores de restaurantes japoneses no Brasil como wasabi, de aroma e sabor característicos – não é wasabi. Tão indissociável de sushis e sashimis quanto o shoyu e o gengibre, esse condimento da capa é, na verdade, uma mistura de raiz-forte, corante e outros aditivos. Por serem da mesma família, as crucíferas, e compartilharem o mesmo componente responsável pela ardência (veja abaixo), é comum a raiz-forte e o wasabi serem tidos como “gêmeos”. Mas em estado natural, lado a lado, wasabi e raiz-forte não poderiam ser mais distintos.
A raiz-forte (Armoracia rusticana) é uma raiz de origem europeia. Segundo o botânico Gil Felippe, já era conhecida pelos egípcios, gregos e romanos. Alan Davidson, em The Oxford Companion to Food, conta que a raiz-forte era amplamente difundida por ser um dos poucos condimentos cativos nas cozinhas medievais antes da difusão das especiarias – cravo, canela, pimenta-do-reino – no século 16. Durante muito tempo, a raiz-forte foi fundamental para melhorar o sabor de carnes, peixes e ovos, além de ter ação antibacteriana.
Comum em toda a Europa, a raiz-forte é usada na forma de relish, em conservas com purê de maçã e preservada em vinagre. Por ser bastante perecível, não é muito consumida fresca, pois suas propriedades e sabores não se preservam por muito tempo.
Delicadeza. Ralado na hora, o wasabi conserva a cor e a complexidade de sabores. 
FOTO: Tiago Queiroz/ESTADÃO
O wasabi (Eutrema wasabi) natural do Oriente e cultivado no Japão e parte da China, tem um leve tom esverdeado e sabor mais sutil que a raiz-forte. O wasabi confere complexidade de sabor, enquanto a raiz forte dá mais picância. A pasta do wasabi fresca é picante, porém muito mais suave que a raiz-forte, e ligeiramente fibrosa. E o preço é alto: mesmo no Japão, poucos restaurantes oferecem o wasabi in natura. O de melhor qualidade chega a custar 2 mil ienes cada raiz, quase R$ 40. Ou mais, dependendo da região em que foi plantado, da época do ano e do tamanho.
“Wasabi é bom fresquinho. Ele dura uns dois dias no máximo em sua forma ideal, por isso no Japão os fornecedores entregam aos bons restaurantes a cada dois dias”, conta o sushiman Edson Yamashita, do paulistano Aze, que trabalhou em Tóquio quase uma década. “Aqui não chega wasabi fresco, ninguém cultiva no país”, diz.
A confusão entre wasabi e raiz-forte tem várias explicações, começando pela semelhança de sabor. E, para complicar, no Japão raiz-forte também é conhecida como seiyo wasabi. No Brasil, a bagunça chega a ponto de se ler “wasabi e raiz-forte” no rótulo de um mesmo produto.
Os mercados oferecem raiz-forte em pasta, já pronta, ou em pó para ser misturada com água – essa é a versão mais utilizada nos restaurantes de São Paulo. Algumas poucas casas mais sofisticadas, como Aizomê, Kinoshita, Shin-Zushi e Jun Sakamoto, recebem, esporadicamente, a raiz de wasabi ralada e congelada, comprada de importadores.
 
Tradição. Ralador de barbatana de tubarão deixa o wasabi fininho e impede a oxidação. 
FOTO: Felipe Rau/ESTADÃO
Ainda assim, o sabor e o aroma são completamente diferentes da experiência de provar o wasabi ralado na hora. Nos restaurantes mais sofisticados do Japão, o wasabi é ralado num ralador como o da foto acima, feito com barbatana de tubarão que é áspera como uma lixa e consegue ralar bem fininho. Além disso, por ser de material orgânico, o ralador de barbatana evita a oxidação. O apetrecho equivale à colher de madre pérola para servir caviar. É mais um item tradicional da cozinha japonesa, cheia de itens tradicionais. Na falta, usa-se o de cerâmica, mas jamais ralador de metal.
Considerado iguaria mesmo em casa, em razão do cultivo difícil, o wasabi ocupa o espaço entre o arroz e o peixe nos sushis e “tempera” os sashimis.
Também costumam ser acompanhados de wasabi pratos tradicionais como o zarusoba (soba frio servido em uma esteira de bambu e com os acompanhamentos à parte, cebolinha e caldo) e o ochazuke (arroz mergulhado em chá-verde e dashi em proporções iguais e com diferentes coberturas, como a de wasabi).
Em alguns restaurantes especializados em soba, o wasabi chega à mesa in natura para ser ralado pelo próprio cliente. Assim, o sabor da raiz pode ser apreciado em seu auge, pois o gosto começa a se perder em 15 a 20 minutos.
Além da raiz, as folhas, hastes e flores também são utilizadas na cozinha. Têm gosto picante – ainda que mais suave – e podem ser consumidas como tempurá, cozidas em shoyu ou misturadas no arroz. Também se prestam ao preparo de conservas. “A conserva de wasabi é elaborada com borra de saquê. Ela fica picante, doce e levemente alcoólica”, diz Marisa Ono, do blog Delícia.
DUELO RADICAL
Wasabi
Eutrema japonica
- A variedade mais cobiçada é cultivada em lagos de água fria nas encostas montanhosas do Japão
- A raiz intacta não tem cheiro – o sabor é suave, levemente pungente e a cor verde-clara
- No Japão, a raiz é ralada na hora da refeição em ralador de pele de tubarão
- As folhas e flores rendem uma conserva com borra de saquê
Raiz-forte
Armoracia rusticana
- É cultivada na terra. Por aqui ainda custa caro por ter poucos produtores. Um deles, Luis Yano, em Mogi das Cruzes, já aumentou a produção
- A raiz intacta também não tem cheiro. Precisa ser cortada ou ralada
- O ideal é usar ralador de cerâmica para não acelerar a oxidação (as raspas enegrecem rapidamente)
- Apenas a raiz se aproveita
NA PRATELEIRA
Em pó
A etiqueta em português não deixa claro se o pó é de wasabi ou raiz-forte: menciona os dois ingredientes, além de mostarda e amido. Para completar, o produto é coreano, não japonês.
No tubo
Apesar da praticidade e do nome, a pasta pronta japonesa não leva wasabi. É feita com raiz-forte, curcuma, goma xantana, corantes e outros ingredientes.
Wasabi ou raiz-forte?
Nenhum dos dois.  Este ‘wasabi’ em pó, importado do Japão, é na verdade uma mistura de raiz-forte, mostarda, amido de milho, aromatizante, corante e ácido ascórbico.
Por Cíntia Bertolino e Paula Moura
Publicado na revista PALADAR do Estadão

segunda-feira, 22 de abril de 2013

'Diumês' Castiço

O Estado de S.Paulo
Já se tornou proverbial a dificuldade que a presidente Dilma Rousseff tem de concatenar ideias, vírgulas e concordâncias quando discursa de improviso. No entanto, diante da paralisia do Brasil e da desastrada condução da política econômica, o que antes causaria somente riso e seria perdoável agora começa a preocupar. O despreparo da presidente da República, que se manifesta com frases estabanadas e raciocínio tortuoso, indica tempos muito difíceis pela frente, pois é principalmente dela que se esperam a inteligência e a habilidade para enfrentar o atual momento do País.
No mais recente atentado à lógica, à história e à língua pátria, ocorrido no último dia 16/4, Dilma comentava o que seu governo pretende fazer em relação à inflação e, lá pelas tantas, disparou: "E eu quero adentrar pela questão da inflação e dizer a vocês que a inflação foi uma conquista desses dez últimos anos do governo do presidente Lula e do meu governo". Na ânsia de, mais uma vez, assumir para si e para seu chefe, o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, os méritos por algo que não lhes diz respeito, Dilma, primeiro, cometeu ato falho e, depois, colocou na conta das "conquistas" do PT o controle da inflação, como se o PT não tivesse boicotado o Plano Real, este sim, responsável por acabar com a chaga da inflação no Brasil. Em 1994, quando disputava a Presidência contra Fernando Henrique Cardoso, Lula chegou a dizer que o Plano Real era um "estelionato eleitoral".
Deixando de lado a evidente má-fé da frase, deve-se atribuir a ato falho a afirmação de que a inflação é "uma conquista", pois é evidente que ela queria dizer que a conquista é o controle da inflação. Mas é justamente aí que está o problema todo: se a presidente não consegue se expressar com um mínimo de clareza em relação a um assunto tão importante, se ela é capaz de cometer deslizes tão primários, se ela quer dizer algo expressando seu exato oposto, como esperar que tenha capacidade para conduzir o governo de modo a debelar a escalada dos preços e a fazer o País voltar a crescer? Se o distinto público não consegue entender o que Dilma fala, como acreditar que seus muitos ministros consigam?
A impulsividade destrambelhada de Dilma (eu prefiro 'Diuma', que é como seus partidários se expressam com aquele sotaque de língua presa generalizado, mas como o texto não é meu...) já causou estragos reais. Em março, durante encontro dos Brics em Durban (África do Sul), a presidente disse aos jornalistas que não usaria juros para combater a inflação, sinalizando uma opção preferencial pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Em sua linguagem peculiar, a fala foi a seguinte: "Eu não concordo com políticas de combate à inflação que olhem a questão da redução do crescimento econômico. (...) Então, eu acredito o seguinte: esse receituário que quer matar o doente, ao invés de curar a doença, ele é complicado. Eu vou acabar com o crescimento no país? Isso está datado, isso eu acho que é uma política superada". Imediatamente, a declaração causou nervosismo nos mercados em relação aos juros futuros, o que obrigou Dilma a tentar negar que havia dito o que disse. E ela, claro, acusou os jornalistas de terem cometido uma "manipulação inadmissível" de suas declarações, que apontavam evidente tolerância com a inflação alta - para não falar da invasão da área exclusiva do Banco Central.
O fato é que o governo parece perdido sobre como atacar a alta dos preços e manter a estabilidade a duras penas conquistada, principalmente com um Banco Central submisso à presidente. Por razões puramente eleitorais, Dilma não deverá fazer o que dela se espera, isto é, adotar medidas amargas para conter a escalada inflacionária. Lançada candidata à reeleição por Lula, ela já está em campanha.
Num desses discursos de palanque, em Belo Horizonte, Dilma disse, em dilmês castiço, que a inflação já está sob controle, embora todos saibam que não está. "A inflação, quando olho para a frente, ela está em queda, apesar do índice anualizado do ano (sic) ainda estar acima do que nós queremos alcançar, do que nós queremos de ideal", afirmou. E completou: "Os alimentos também começaram a registrar, mesmo com todas as tentativas de transformar os alimentos no tomate (sic), os alimentos começaram uma tendência a reduzir de preço". Ganha um tomate quem conseguir entender essa frase.

domingo, 21 de abril de 2013

A NASA e o Asteróide

As vezes a gente assiste um filme de ficção científica e acha que o diretor 'pesou a mão', seja pela impossibilidade de crer na idéia ou mesmo pela ausência de tecnologia conhecida ou evolução provável. Mas isso está mudando!
A NASA vem apresentando idéias e está anunciando projetos que superam as propostas dos cineastas e autores de ficção. Este caso da captura de um asteróide me impressionou!

O projeto espetacular deve começar no ano que vem. E o objetivo final é fazer uma nave-robô localizar e capturar um pequeno asteroide próximo da Terra e redirecioná-lo para uma órbita lunar estável, onde astronautas — naturalmente viajando em outro veículo espacial — possam visitar e explorar cientificamente o corpo celeste.
No futuro, essa tecnologia servirá para identificar e neutralizar asteroides perigosos para a vida na Terra.
Ambicioso, o programa pretende desenvolver a um grau nunca visto a utilização de energia elétrica de origem solar para a propulsão de naves espaciais no espaço sem gravidade.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Nossa 'saúde' quase perfeita!

O Brasil é a nação de um dos mais importantes cirurgiões plásticos do mundo: Ivo Pitanguy. Tivemos também Adib Jatene, cirurgião cardiotorácico que criou um moderno procedimento para corrigir a transposição de grandes vasos do corpo humano, além de ações incomparáveis como Ministro da Saúde por duas vezes. Atualmente, já fazem mais de 12 anos, só passam por esta pasta gente do quilate de um 'Padilha', talvez por isso o que relato abaixo se explique.
O país contou também com o pioneirismo de Angelita Habr-Gama, primeira cirurgiã-mulher a receber o título da American Surgical Association e ser o primeiro médico latino-americano a receber o título da European Surgical Association.
Sem poder citar todos, não posso deixar de lembrar de Oswaldo Cruz, Carlos Chagas, Miguel Nicolelis...

Durante o governo Fernando Henrique, tivemos um salto na legislação da saúde no Brasil:
- Lei 9.656 de 1998, que regulamentou os planos de saúde;
- Lei 9.961 de 2000, que criou a ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar e definiu suas atribuições, estrutura, receita e vinculação ao Ministério da Saúde;
- Decreto 3.327 de 2000, que aprovou o Regulamento da ANS;
- Lei 10.185 de 2001, que dispôs sobre a especialização das sociedades seguradoras em planos privados de assistência à saúde.

Depois disso, portanto, desde 2003... NADA de importante aconteceu!
O que podemos deduzir?
1. Tudo que foi criado é tão bom que não precisa evoluir; ou
2. Os governos que sucederam aquele são muito incompetentes!

Obviamente, o primeiro caso não é verdade! Vou relatar apenas um exemplo:

Hoje, se você tiver um PLANO BÁSICO de saúde (tipo Unimed, pra efeito de entendimento) e precisar fazer uma cirurgia de vesícula, vai se deparar com a seguinte situação:
a) Faz a cirurgia em regime de urgência, em razão de muita dor e risco de complicações, em hospital público ou privado, usando o plano de saúde em ambulatório, internação por dois dias no mínimo e com os profissionais disponíveis no momento;
b) Programa a cirurgia, escolhe o cirurgião da sua confiança e requisita ao plano de saúde a autorização, através de uma Guia de Solicitação de Internação. O hospital será uma escolha sua, mas atrelada ao cirurgião, ou seja, onde ele costuma operar.

Atualmente, uma cirurgia deste tipo é feita, quando programada, com o uso de um pacote de vídeo e pinças, através de um orifício via umbigo (cabo do vídeo) e outros três para introdução das pinças. Você não encontra problemas maiores para aprovar isso no seu plano de saúde, assim como a cirurgia, o cirurgião e o hospital que você escolher.
Seus problemas começam com a aprovação da equipe cirúrgica!

O plano de saúde aprova, sem que você se envolva:
- Um cirurgião - que você escolhe (desde que ele preste serviços ao seu plano de saúde);
- Um anestesista - que seu médico escolhe e você tem uma consulta prévia;
- Dois auxiliares cirúrgicos;
- Taxas Hospitalares; e
- Pacote de vídeo, já citado.

Se precisar de mais de UM dia de internação, NOVA guia será necessária para aprovação do Plano de Saúde; o que é um absurdo... Você está lá internado, o MÉDICO não concede alta e isso não é suficiente pra determinar uma extensão da internação. Alguém da sua família vai precisar recorrer ao Plano pra APROVAR mais dia (ou dias) de internação.

O plano não aprova na equipe cirúrgica um profissional INSTRUMENTADOR, um dos dois auxiliares cirúrgicos deve fazer esta função. Por que? Porque esta 'profissão' não é REGULAMENTADA no Brasil.
Ou seja: o médico considera fundamental a presença deste profissional, o sucesso da cirurgia depende dos instrumentos que este profissional prepara, esteriliza e serve ao anestesista e cirurgião, durante a cirurgia. Mas os Planos de Saúde não reconhecem a sua existência!

Para ser INSTRUMENTADOR é necessário estar cursando o último período do curso técnico, fazer um curso adicional em instituição credenciada durante 22 meses, sendo 16 meses de aula teórica e 140 dias de estágio curricular em centro cirúrgico.
Mas a profissão NÃO É REGULAMENTADA!

Deputado Federal e Senador são profissões reconhecidas no Brasil? Não?
Então o Ministério Público precisa BLOQUEAR o salário deles. Que tal?

segunda-feira, 15 de abril de 2013

EXCLUSIVA com o Cmte. Borges


— Comandante, ainda bem que você veio. Ontem me disseram que você não queria mais dar a entrevista.
— É, mas pensei melhor. Se eu prometi, está prometido. Alguém tem que manter a palavra neste país. Mas isso não impede, sem querer ofender ninguém, que eu ache esta entrevista uma palhaçada.
— Não entendi.
— Não vai sair nada do que eu disser, a imprensa está toda no bolso do governo, devendo à Previdência e à Receita e mamando as verbas de publicidade. A imprensa está aí para ajudar no fingimento de que há liberdade, vontade popular, opinião pública e essas besteiras feitas para declamação. Isto mesmo que eu acabo de dizer quero ver sair, não sai. Está gravando?
— Estou.
— Você está perdendo seu tempo, não vai sair nada. Grave aí que eu acho que essa democracia é para as negas deles, o que eles fazem é entrolhar todo mundo e fazer tudo da veneta deles. Você viu a do ensino? Agora é obrigatório botar o filho na escola aos quatro anos! A quem que eles perguntaram? Eles não conseguem dar conta nem de metade dos que já têm direito e inventam mais? Estamos cheios de grandes escolas públicas para todos, todo mundo na escola de barriga cheia desde os quatro anos, que beleza! Eu não sou otário, eu não sou otário! Eu queria que eles compreendessem que eu não sou otário!
— Eu pretendia chegar a assuntos como esse, sei que você tem opiniões muito firmes. Mas minha primeira pergunta ia ser outra, mais pessoal.
— Ah, desculpe, eu às vezes me exalto um pouco. Pode perguntar o que você quiser. Se eu contar coisas pessoais, também não sai, eu não sou pervertido, a imprensa só se interessa quando é a vida pessoal dos pervertidos. Não vai sair nada, mas eu respondo a qualquer pergunta.
— Bem, a pergunta é uma curiosidade minha. Frequentamos este mesmo boteco há não sei quantos anos e nunca vi você chegar dando risada sozinho, como vi hoje, na hora em que você estava descendo da sua famosa bicicleta elétrica. Dá para dizer qual foi a razão?
— Dá, eu não escondo nada. Não era riso de satisfação, nem de felicidade. Era uma risada mórbida que deu para me atacar de uns tempos para cá, uma espécie de humor negro. Eu estava me lembrando de um comercial. Não sei do que era, só me lembro da cena. Era um casal fazendo um piquenique romântico na Lagoa à noite, sentadinho com um pano de mesa estendido, luz de velas, cestinha de comida, parecia uma aquarela campestre. Aí eu fiquei pensando e me deu uma crise desse riso mórbido. E, na hora de minha chegada, não sei por quê, me lembrei de novo. Sempre que eu lembro, rio novamente, é incoercível. Piquenique na Lagoa é demais, não é, não?
— Demais como?
— Você não entendeu? Piquenique na Lagoa, piquenique na Lagoa! Só pode ser Walt Disney, e dos anos cinquenta! Quando o casal tivesse acabado de estender a toalha, já não ia ter mais cestinha, nem garrafinha, nem vela, nem piquenique nenhum! Seja sincero e realista e me responda quantos segundos você daria para um casal começar um piquenique à noite na Lagoa e o piquenique ser todo comido e possivelmente o casal também. Dou noventa segundos, mas ganha quem der um minuto. Aí eu fico pensando no que poderia acontecer a esse casal e o piquenique deles e tenho essas crises de riso, é tudo humor negro mesmo. Uns dois dimenores liquidavam tudo numa boa.
— Você tem uma birra com os menores, não tem?
— Eu não, eu só sou contra o que eu vou lhe figurar. Eu sou João Narigolé, traficante que de vez em quando precisa de outros serviços, notadamente os que envolvem dar cabo de alguém. Aí, quem é que eu chamo para fazer o serviço? Vou ao banco de dados de menores pistoleiros… Deve haver vários bancos de dados desse tipo, é capaz até de já ter no Facebook. Vou lá, escolho um, ofereço uma graninha e ele faz a execução. Se for preso, não pega nada e recebe a grana pelo serviço. Se me dedurar, sabe que eu posso mandar outro dimenor para rechear de azeitonas a cabeça dele e assim por diante, é um esquema perfeito. O dimenor é um grande patrimônio da criminalidade nacional.
— Então você é a favor da diminuição da maioridade penal.
— Eu não! Não distorça minhas palavras! A favor da diminuição geral, não, cada caso é um caso! Eu só tenho propostas sérias e eficazes, esse negócio de fixar idades com base em invencionices psicológicas não resolve nada. Eu sou a favor de uma coisa muito simples: teve idade para apontar a arma e dar o tiro, tem idade para ir em cana. Não é simples? É a coisa mais óbvia para qualquer um e somente os intelectuais é que não concordam, porque as soluções simples dão desemprego para eles, tudo aqui é em função do emprego.
— Você não acha que a responsabilidade penal do menor…
— Ninguém mais é responsável por nada! Isso era antigamente, agora todo mundo é vítima e qualquer sacanagem que apronte recebe um nome artístico, dado pelos psiquiatras! Um nome artístico e uma bolinha e está tudo resolvido, a culpa não é de ninguém, é da síndrome! A culpa não é dele, é das condições socioeconômicas! A culpa não é dela, é dos traumas de infância! Ninguém tem mais culpa de nada, ninguém fica preso, ninguém paga do próprio bolso as multas às empresas, ninguém é responsável por nenhum desastre, todo mundo rouba e mata, há muito tempo que isto é uma esculhambação! O que nós precisamos é de Robespierre! Nada de faxina! Para quem propina, rapina e assassina, o correto é guilhotina! Quero ver isso sair no jornal!
João Ubaldo Ribeiro

domingo, 14 de abril de 2013

Semana pra NÃO Esquecer

Nesta semana foram tantas as 'bizarrices' políticas no país, que falta espaço nesse modesto blog pra recordar de tudo. Selecionei minhas principais 'anotações' no twitter. Vamos ver...
19h33 14.04.2013 - A Presidência da República informou que são funcionários do governo os dois passageiros que desembarcaram sexta-feira de um jato do Grupo de Transporte Especial (GTE) da FAB, no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Informou ainda que o casal de servidores pegou carona no avião que foi à cidade buscar a equipe do Escav (sigla de Escalão Avançado, composto principalmente de seguranças e pessoal de logística e comunicação) que atuou na preparação da visita da presidenta Dilma. Esse mesmo Escav seguiu para a Belo Horizonte, a fim de preparar outra visita presidencial, prevista para terça-feira. É a primeira vez que o Planalto se dispõe a dar informações sobre o casal não identificado que desembarcou do avião, um EMB 195 normalmente utilizado pelo vice-presidente Michel Temer. Mas isso só aconteceu após a publicação das fotos dos misteriosos passageiros. Na sexta-feira, uma funcionária da Secretaria de Comunicação Social da Presidência ficou muito nervosa, diante da pergunta que até agora não foi respondida: QUEM SÃO AS PESSOAS?, e de forma grosseira disse para indagar a Aeronáutica sobre a identidade do casal, quando se sabe que os militares não fazem o controle das comitivas, mas o Palácio do Planalto.

Pra fechar... esta charge que diz tudo:

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Loucomunismo!


A história não perdoa: o comunismo foi um grande equívoco. Provas abundam. A evolução do capitalismo não desaguou na revolução igualitária, mas na revolução consumista. Consumo, logo existo: este é o espírito das massas hoje, goste-se ou não.
O consumismo é o novo comunismo. A China é prova. A maior nação comunista não por acaso tornou-se a maior exploradora de mão de obra no mundo. Os países ricos do Ocidente terceirizaram a exploração do trabalhador exportando suas fábricas para as metrópoles chinesas, onde se trabalha barato 12 horas por dia quase todos os dias sem férias nem direitos trabalhistas. Mas os trabalhadores chineses nunca estiveram tão bem. Trabalham muito, mas consomem, e assim toleram a ditadura. Como no lema do PT: trabalhadores do Brasil, consumam!
Embora ainda existam muitos saudosistas, de Brasília a Moscou, é impossível negar que a vitória do capitalismo sobre o comunismo foi total. A península coreana, dividida ao meio entre capitalismo e comunismo desde o final dos anos 1940, serve de melhor exemplo vivo.
Ocupada pelo Japão desde 1910, a península foi dividia após a Segunda Guerra Mundial (1939-45) entre o sul capitalista pró-EUA e o norte comunista pró-União Soviética.
Quase 70 anos depois, a Coreia do Sul tornou-se um dos países mais prósperos e dinâmicos do mundo, e a Coreia do Norte, um dos mais pobres e atrasados, onde se morre de fome sob um regime insano.
A Coreia do Norte é uma prisão-país, dominada desde o nascimento por uma dinastia comunista maluca, que levou o culto à personalidade ao extremo, promovendo lavagem cerebral em escala nacional.
Na era da comunicação, não há contato com o mundo exterior, a família dominante é endeusada, os meios de comunicação se dedicam exclusivamente a louvar o líder e o regime. E a população morre de fome.
Agora, como faz com frequência assustadora, o regime norte-coreano cria deliberadamente crises e tensão militar com a Coreia do Sul, o Japão e os EUA para mobilizar a população e chantagear a comunidade internacional por redução das sanções instaladas desde que o país produziu armas nucleares. Sim, eles têm a bomba.
Os analistas afirmam que o ditador e líder supremo, Kim Jong-un, neto do "eterno presidente" Kim Il-sung, não é suicida, não usaria armas nucleares nem faria um ataque maciço com armas convencionais, pois isso geraria resposta arrasadora que acabaria com seu regime.
Espero que estejam certos. O comunismo e outros totalitarismos mancharam o século 20 com o sangue de dezenas de milhões de pessoas inocentes.
A carnificina continua, em escala menor, na Coreia do Norte. Se a comunidade internacional tivesse alma e coragem, não atuaria para conter o regime norte-coreano, mas para depô-lo.
Comunismo nunca mais.

Sérgio Malbergier é jornalista. Foi editor dos cadernos "Dinheiro" (2004-2010) e "Mundo" (2000-2004), correspondente em Londres (1994) e enviado especial da Folha a países como Iraque, Israel e Venezuela, entre outros. Dirigiu dois curta-metragens, "A Árvore" (1986) e "Carô no Inferno" (1987). Escreve às quintas no site da Folha.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Thatcher: the great transformer

Publicado no The Financial Times, o artigo de Martin Wolf sobre Margaret Thatcher  foi, de longe, o que melhor retrata sua obra e seu legado; gostemos ou não da 'Dama de Ferro':

"Pragmatic politician who defended free markets"

Margaret Thatcher was the most important peacetime prime minister of the UK since the late 19th century. She transformed the Conservative party and British politics, overturning the ruling assumptions about the relationship between the state and the market.
Thatcher was also a towering figure on the global stage. Her close ideological connection with US President Ronald Reagan helped give her a global role unlikely ever again to be occupied by a British politician.
True believers view her as a Saint Joan of free markets, dedicated to rolling back the state in all its dimensions. In reality, however, Thatcher was a pragmatic politician who showed little interest in embarking on politically suicidal attempts to demolish pillars of the welfare state, such as the National Health Service. Under her governments, public spending never fell below 39 per cent of gross domestic product.
Nevertheless, hers was a transformational premiership.The legacies of Thatcher’s governments include liberalisation of exchange controls, a huge cut in top income tax rates, liberalisation of labour markets, transformation of the legal position of trade unions and defeat of militant organised labour, notably in the miners’ strike of 1984-85, sale of a large part of the council housing stock, privatisation of most nationalised industries and the liberalisation of finance, including the "Big Bang" of 1986, which transformed the City of London into the world’s biggest international financial entrepôt.
 
In macroeconomic policy, Thatcher’s governments started with monetarism and ended with a row over the role of exchange rates in monetary policy. But the rejection of Keynesian fiscal policy and the shift to relying on monetary policy, in its place, were cemented during her period in power. It was left to the incoming Labour government to take the logical step of making the Bank of England independent, in 1997.
Thatcher also played a large role in Europe, contributing to launching the single market programme and the concomitant Single European Act, in 1986. She saw this as an attempt to export liberal economics to the rest of the European Community.

But she became anxious about the dirigiste consequences and was staunchly opposed to the single currency. Her speech to the College of Europe in Bruges, in September 1988 – when she said: “We have not successfully rolled back the frontiers of the state in Britain, only to see them re-imposed at a European level” – marked a turning point for Thatcher and her party.
On the world stage, Thatcher’s influence rested on both her outspoken defence of free markets and her close relationship with the US. On privatisation, she persuaded many around the world that even countries with socialist legacies could roll back state ownership.
How is one to assess Thatcher’s legacy, then, more than two decades after she was unceremoniously evicted from power?
For the UK, the 1980s, 1990s and 2000s did mark the first sustained period since the 19th century when GDP per head rose more than in the other large European economies. Unfortunately, the post-crisis economic malaise, the high inequality, the persistent regional imbalances and the over-reliance on an unstable financial sector mar this success.
Nevertheless, even though Thatcher was, and remains to this day, an intensely divisive figure, UK politics remain in her thrall. Even Ed Miliband’s Labour party has not dared to suggest a return to the policies of the 1970s. At home and abroad, the ideas with which she was most strongly associated – above all privatisation – remain influential.
On Europe, Thatcher’s worries about the obstacles to running a single currency for such different countries have proved prescient. Yet the project is still in place, while the UK creeps towards the edges of the EU.

Globally, the end of Thatcher’s period in office coincided with the collapse of the Soviet Union, a triumph for the roll-back of socialism that she proclaimed. After the Tiananmen protests, China’s reform seemed to have been aborted. Yet if one asks today which political leader did most to transform the world through a shift towards markets the answer would be Deng Xiaoping, not Reagan or Thatcher. The transformation of China is the great economic and political event of our era.

Thatcher was a political giant, albeit within a declining nation. She stood for a revival of free markets and a declining role of the state. Today, however, it is not the west but emerging economies, which are the flag-bearers of relatively free markets. This was far from her doing. But she could well have regarded this outcome as a great success.
Her appreciation would have surely been marred by disappointment over the state of her own country. History has not been kind to confidence in a durable British economic resurgence. Today, alas, the post-Thatcher renaissance looks as much illusion as reality.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

DEMÊNCIA ou OPORTUNISMO?


Os dois: demência e oportunismo!
Em sã consciência NINGUÉM (nem a China), aprova aquele idiota pós-adolescente.
Mas no Brasil-sil-sil, vivendo 12 anos de trevas, cheio de esquerdopatas delirantes, ainda temos que conviver com esta (e outras) inversões da realidade.
Leiam a 'nota' do PC do B "avalizada" por outros 'democratas': 

A escalada da tensão na Península Coreana, com a participação direta dos Estados Unidos, tem aumentado a pressão e a preocupação com um possível conflito internacional, apesar dos pedidos reiterados por diálogo enquanto a Coreia do Sul, apoiada pelos EUA, toma medidas belicistas.
Neste contexto, movimentos e partidos brasileiros que lutam contra o imperialismo belicista e pela manutenção da paz e da soberania das nações enviaram a seguinte declaração à embaixada da Coreia Popular:
Senhor Embaixador da República Popular e Democrática da Coreia;
A campanha de uma guerra nuclear desenvolvida pelos Estados Unidos contra a República Democrática Popular da Coreia passou dos limites e chegou à perigosa fase de combate real.
Apesar de repetidos avisos da RDP da Coréia, os Estados Unidos tem enviado para a Coréia do Sul os bombardeios nucleares estratégicos B-52 e, em seguida, outros meios sofisticados como aeronaves Stealth B-2, dentre outras armas.
Os exercícios com esses bombardeios contra a RDP da Coréia são ações que servem para desafiar e provocar uma reação nunca antes vista e torna a situação intolerável.
As atuais situações criadas na península coreana e as maquinações de guerra nuclear dos EUA e sua fantoche aliada Coréia do Sul além de seus parceiros que ameaçam a paz no mundo e da região, nos levam a afirmar:
1. Nosso total, irrestrito e absoluto apoio e solidariedade à luta do povo coreano para defender a soberania e a dignidade nacional do país;
2. Lutaremos para que o mundo se mobilize para que os Estados Unidos e Coréia do Sul devem cessar imediatamente os exercícios de guerra nuclear contra a RDP da Coréia;
3. Incentivaremos a humanidade e os povos progressistas de todo o mundo e que se opõem a guerra, que se manifestem com o objetivo de manter a Paz contra a coerção e as arbitrariedades do terrorismo dos EUA.
Conscientes de estarmos contribuindo e promovendo um ato de fé revolucionária pela paz mundial, as entidades abaixo manifestam esse apoio e solidariedade.
Brasília, 02 de abril de 2013.
PCdoB, PT, PSB, Cebrapaz, CUT, MST, MDD, UJS, UNE, Unegro, Unipop, CDRI, CDR/DF, MPS, CMP, CPB, Telesur, TV Comunitária de Brasília, Jornal Revolução Socialista.
PS: O 'Bob Esponja Calça Quadrada' mandou dizer que NÃO APÓIA as entidades que assinaram a nota. Nem o Huguinho, o Luizinho, o Zézinho, a Margarida, o Homem-Aranha... E daí?

sábado, 6 de abril de 2013

Cinismo Bolivariano Tupiniquim

O ex-presidentO  Lula não toma jeito. Fazendo propaganda para o presidente interino Nicolás Maduro nas eleições presidenciais do próximo dia 14 na Venezuela, num vídeo que dura pouco mais de 2 minutos e está sendo metralhado pela mídia governista no país do falecido caudilho Hugo Chávez, Lula jura que não pretende interferir nos assuntos internos do país — enquanto, o tempo todo, faz e-xa-ta-men-te isso.
Incrível, o cinismo.
O cinismo não está apenas aí. Lula se refere ao “extraordinário trabalho” de Maduro — ex-motorista de ônibus e ex-dirigente sindical dos metroviários de Caracas — como chefe da diplomacia da Venezuela entre 2006 e 2012, quando o ponto mais relevante dessa trajetória foi a aproximação do país com o regime pária dos aiatolás atômicos do Irã.
Mais adiante, Lula simplesmente mente, ao dizer da suposta grande preocupação de Chávez com a chamada “maldição do petróleo” — a dependência total do país em relação a sua principal riqueza — e da necessidade que o falecido caudilho sentia de industrializar a Venezuela e desenvolver sua agricultura.
Chávez, na verdade, concentrou-se o tempo todo em esforços para manter-se no poder, com políticas improvisadas de distribuição de dinheiro para famílias pobres e subsídios concedidos a torto e a direito para centenas de produtos. Não realizou uma vírgula para industrializar o país e desenvolver sua agricultura, tanto é que a Venezuela hoje — e Lula saberia disso, se lesse alguma coisa ou não estivesse disposto a qualquer coisa para eleger seu parceiro Maduro — importa entre 65 e 70% dos alimentos que consome!!!
Não sou eu quem afirma isso — mas sim Jorge Roig, vice-presidente da principal entidade empresarial do país, a Federação Venezuelana das Câmaras de Comércio e Indústria (Fedecamaras). Falta tudo: carne, frango, laticínios, farinha, óleo de cozinha, açúcar, café…
De todo modo, o apoio espalhafatoso de Lula a Maduro, algo que o ex-presidentO pretende repetir com outros candidatos “bolivarianos” em outros países, pode ser entendido como uma espécie de lançamento de sua candidatura a líder e inspirador do bolivarianismo, agora que o inventor dessa maluquice, Hugo Chávez, se foi.
Vejam o vídeo:
Por Ricardo Setti - Veja.com
" não querendo interferir, mas já interferindo..."
 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Inflação: - Voltei!

Lendo alguns artigos e posts na mídia eletrônica sobre o problema do 'pibinho', dos juros e a escalada inflacionária, que parece ser a única coisa a incomodar nossa imprensa "livre como um taxi" em relação ao (des)governo petista (abraçado e carregado no colo pelo PMDB e demais siglas de aluguel); encontrei este comentário que achei bem próximo de tudo que eu penso da atuação do nosso Banco Central e da área econômica da presidentA, que está por trazer de volta, com direito a tapete vermelho, nossa velha conhecida: a INFLAÇÃO!
O 'comentarista' é uma pessoa que diz se chamar Claudio. Ele começa mais ou menos assim: Mais uma vez, o blogueiro se mete em trapalhadas devido a teoria econômica. Existem milhões de críticas a serem feitas, mas não a do post. Já escreveram aí embaixo (referindo-se a outros comentários) respondendo parte da pergunta, mas eu faço um (pequeno) avanço:
1- Inflação é descompasso entre oferta agregada e demanda agregada. Como investimento faz parte da demanda agregada, um crescimento forte deste pode gerar inflação. Mas este não é o único canal que pode desequilibrar esta relação oferta-demanda. O outro componente é o consumo. E o governo vem, há muitos anos, incentivando o crescimento tanto do consumo público quanto privado (através de endividamento) e gerando o quadro atual. Mas a situação é tão insustentável (ninguém acredita que isso pode se manter) que o investimento vem despencando há bastante tempo (explicando este crescimento medíocre). Usando o comentário sobre tomates passado. É a situação onde a demanda por tomates aumentou de forma claramente transitória. Eu aumento meus preços, mas não busco aumentar a produção porque sei que, no futuro, não existirá esta demanda. Isto explica a situação de estagflação que temos hoje e porque isto claramente não é sustentável.
2- Políticas anti-inflacionárias, portanto, deveriam focar na diminuição do consumo (público e privado) ao mesmo tempo em que o governo deveria estimular o lado da oferta (estimulando tanto o aumento da produtividade quanto dos investimentos). O governo é muito confuso e incompetente para fazer esta segunda parte. A primeira, porém, deveria contar não só com este aperto monetário, mas, principalmente, com uma política fiscal mais restritiva. Mas o que o governo está fazendo? Ele busca desonerar produtos específicos que impactem os índices de preços pontualmente. Isto é uma burrice muito grande. Não só não ajuda como BOTA LENHA NA FOGUEIRA (a política fiscal está cada vez mais expansionista). Ao mesmo tempo, os esquemas de empréstimos via BNDES diminuem muito a eficácia da política monetária, o que é péssimo para nós.
3- Olhe só como são as expectativas. Se acho que a inflação vai comer solta e o governo não liga para isto, vou brigar por maiores salários, não vou me preocupar tanto em dar aumentos salariais aos meus empregados e por aí vai. Caso eu realmente acredite que o governo não vai deixar a inflação subir, eu já começo a achar um aumento de 5% muito bom, já não sou tão condescendente assim com pedido de aumento de preços de fornecedores ou empregados etc. Infelizmente, as expectativas estão muito deterioradas, e nada que o governo disser vai mudar isto (falar é fácil e todos sabem disto). Uma possível mudança (que não vai ocorrer) é uma mudança institucional que dê independência ao BC e caso coloquem na presidência alguém de reputação sólida. Ou seja, é necessário um fato concreto que efetivamente mude as expectativas.
PAUSA: O 'comentarista' não explica para QUEM este independente chefe todo poderoso do Banco Central vai prestar contas... Ou será que o presidente do Banco Central seria o(a) presidente(a) da república? Ou ainda: seria ele subordinado institucionalmente a Câmara Federal ou ao Senado? Você que está lendo aqui e agora: - Está disposto a ter um Banco Central independente subordinado a um, digamos, Henrique Alves? Um Renan Calheiros? Olha que já tivemos lá um João Paulo Cunha e um José Sarney, este último por quase um século...
4- Por fim, o desastre desta fala do Tombini. Ao contrário do que pensam as pessoas, um aumento da taxa de juros é ruim para os bancos e investidores. Isto porque o preço atual dos títulos tem que cair para a taxa de juros subir. Ou seja, um aumento da taxa de juros requer queda do preço dos títulos e, portanto, diminuição do valor das riquezas dos investidores. Quando eu anuncio que vou fazer isto daqui a um mês, eu só favoreço os especuladores. Isto é péssimo para a economia. Isto aumenta a instabilidade da economia. E o pior é que o Tombini sabe disto!!! E mesmo assim ele faz isto!!!
Bem... eu já não voto nessa gente, mas você que votou, espero que daqui pra frente tenha em mente que 'eles' não sabem o que estão fazendo. Ou então estão de sacanagem! E as duas coisas não interessam para o país.