terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Temos UM

Se você procurar no jornal do dia vai achar, pelo menos, um caso "estranho" envolvendo vereador, deputado, senador, prefeito e governador ou outro político qualquer (aqueles que não ganham votos e vão ser "comissionados").
A mídia se ocupa desses assuntos com a mesma ênfase que se debruça sobre os esportes, notadamente o futebol. Um gol marcado é matéria, se o jogador sonhou no dia anterior que faria o tento rende entrevista, visita a família e declarações de amigos do bairro.

Quando a mídia "pega" um político fazendo coisa fora do script, sempre rende assunto. E isso é ótimo! Quem não gosta disso são os próprios políticos, que querem estes assuntos longe das manchetes dos jornais e do noticiário eletrônico.

Mas, o contrário, não rende notícia com a mesma intensidade. Ou você já viu nos jornais e na TV chamadas entusiasmadas para uma matéria sobre "político honesto"?
Eu achei um caso e vou repassar aqui, porque não lí sobre isso na manchete de capa em nenhum jornal e nem vi como destaque em chamadas de nenhum telejornal; o que é uma pena.

O político honesto é o deputado federal ANTÔNIO REGUFFE, do PDT do Distrito Federal. Proporcionalmente, este foi o deputado com a maior votação do país: 19% (266 mil votos); mais de 3 vezes o percentual de 6% que amealhou Tiririca, em São Paulo, com seus mais de 1,3 milhão em números absolutos.

E este cidadão teve uma "oportunidade" de ouro pra deixar-se envolver pelos seus pares "safadinhos", pois era deputado distrital à época do escândalo conhecido como "Arrudagate" que culminou com a prisão do governador brasiliense. Saiu limpo e asseado sem que sobre ele fosse imputada qualquer suspeita ou insinuação.

Nem bem assumiu seu novo compromisso em Brasília e já foi mostrando a "cara limpa": enviou ofícios à mesa diretora da Câmara, abrindo mão de privilégios (vergonhosos) que a imensa maioria dos seus "coleguinhas" quase se mata pra abocanhar: não quer receber 14º nem 15º salários (a iniciativa privada e os demais funcionários públicos recebem, costumeiramente até o 13º salário, apenas); não quer receber a "verba indenizatória" de R$ 15mil/mensais; não quer receber também a cota de passagens aéreas e nem o auxílio moradia, já que reside em Brasília.

Só para você ter uma idéia, nesta tal cota de passagens aéreas, existem bilhetes para o deputado e o senador voarem de Brasília para o Rio de Janeiro que são mantidas desde o tempo da transferência da capital federal lá nos idos da década de 60. Deve ser um caso de "esquecimento crônico" de todos os presidentes de mesas diretoras do nosso Congresso Nacional, que até hoje ninguém lembrou que a capital do Brasil é Brasilia, e não mais o Rio de Janeiro, desde 1962.

Voltando ao nobre deputado, ele também reduziu de 25 para 9 a quantidade de assessores contratados para o seu gabinete, proporcionando aos cofres públicos uma economia de R$ 2,38 milhões ao fim do seu mandato.

Mas, ninguém é perfeito. O deputado não é chegado em Twitter, pelo visto. Seu @Reguffe (2.882 seguidores) paralizou em 15 de Junho de 2010 e não há mais notícias sobre o assunto desde então...

Um comentário:

  1. Nossa parabéns pela matéria postada, palmas para esse Deputado que realmente não conhecia... Precisamos de pessoas assim... e o Tiririca? Só ta coçando né? Bjks 4... saudades de seus comentários...Bjks

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