terça-feira, 24 de julho de 2012

Estelionato Eleitoral

Neste fim de semana a leitura dos dois principais jornais de São Paulo, dão conta de que o partido que governa o Brasil é muito pior do que eu admitia. E por vezes até afirmei!
Numa reportagem na Folha de São Paulo, pode-se perceber claramente o método "engana eleitor" que o PT implementa nas eleições. Durante as campanhas de Lula e de Dilma, qual a tecla que o PT batia a mais não poder? Privatização, lembram? Chegaram a criar um slogan que dizia: "Dilma é o caminho, Serra é o pedágio!". No governo, o partido revolucionou o dicionário trocando a expressão "privatização" por "concessão".
Agora, tudo pode! Foi assim com os aeroportos, recentemente, uma "concessão" pra lá de mal conduzida e mal elaborada: a Infraero, a estatal da ineficiência e da malversação do dinheiro público, continua como "parte integrante" da empresa "concessionária" na administração aeroportuária. Só para não ficar aqui perdendo tempo com este assunto: Se a empresa concessionária não quiser o funcionário da Infraero por considera-lo, sei lá, incompetente; pra onde vai o tal "servidor"? Pra rua é que não vai! Então, quem continua pagando o seu salário? Entenderam? Não entender aqui nem vem ao caso, o empregado continua funcionário da Infraero e são seus impostos que continuam pagando o salário do rapaz!
Retomando o que eu estava dizendo, o Governo Federal se jogou nos braços das "concessões" e em agosto (dois meses antes das eleições nos municípios) a presidentA Dilma vai lançar um pacotes de privatizações, digo "concessões". Mas qual é o busílis?
É que o PT está em plena campanha para que o partido não seja "ligado" a este acontecimento, que a marca "PT" seja desvinculada das tais "concessões". Não acredita? Leia a reportagem:

PT busca “vacina” para concessões de Dilma a iniciativa privada
Preocupado com o pacote de concessões públicas que o governo Dilma Rousseff pretende lançar em agosto, o PT quer manter distância de qualquer coisa que associe a sigla, o governo ou suas lideranças à pauta “neoliberal”. Em suas bases eleitorais, representantes do partido já operam vacinas contra possíveis ataques políticos relacionados ao assunto concessões ou privatizações. Apesar de o partido pontuar de forma quase coreografada as diferenças entre as “concessões petistas” e as “privatizações tucanas”, há nos bastidores forte preocupação com a exploração eleitoral do conjunto de iniciativas definido pelo Palácio do Planalto para alavancar investimentos.
Alguns setores do PT reconhecem, reservadamente, que o tema concessões arranha o discurso histórico do partido contra a agenda neoliberal. No início deste ano, durante a preparação do leilão de três dos principais aeroportos brasileiros, tucanos acusaram petistas de praticar “estelionato eleitoral”, exigindo um pedido público de desculpas. A reação foi imediata. O PT usou as redes sociais e seus contatos políticos junto a sindicatos e entidades do movimento social para evitar que essas críticas “pegassem” no imaginário popular de sua militância.
Os petistas conhecem bem o potencial eleitoral do tema, explorado à exaustão pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha pela reeleição, em 2006, e depois pela própria Dilma Rousseff na campanha de 2010. Desta vez, porém, o pacote de concessões do governo federal é mais ambicioso, e exigirá um esforço extra para neutralizar o provável desgaste político. Par dar conta do desafio, emissários da sigla já voltaram a procurar seus contatos no mundo sindical. Eles também pedem para que, na medida do possível, o governo federal inclua representantes dos trabalhadores nas negociações em curso.

Ainda nesta mesma Folha, na coluna do Jânio de Freitas, o decano colunista resolveu achar que talvez tenha sido Palocci e não Zé Dirceu quem estava por trás das movimentações financeiras do partido durante o "mensalão". E acusa a Procuradoria Geral da União de ter "cismado" com o Zé (tadinho) quando o Palocci poderia ter sido muito mais "culpado" de algo que, o próprio colunista defende como sendo algo que não existiu de verdade. Que faltam provas... Olha! É de pirar com esses caras-de-pau!
Já no Estadão o assunto é da maior gravidade, embora no passado tenha sido praticado por Lula e todos acharam que era a coisa mais normal do mundo... É o método PT de fazer as safadezas e ninguém achar que está errado, afinal, eles estão fazendo aquilo pelo "bem" do Brasil. Mesmo sendo criminoso...
A matéria é auto explicativa, não cabe nem comentário adicional:

Dilma repete decretos de Lula e libera verbas “restritas” em período eleitoral

A presidente Dilma Rousseff repetiu seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva e editou decretos que permitem investimentos federais em novas obras durante o período eleitoral. Dilma já publicou seis desses decretos. Eles vão beneficiar 855 projetos, entre os quais a ampliação do Anel Rodoviário de Belo Horizonte, onde a presidente aposta alto na eleição do ex-ministro Patrus Ananias (PT) contra o agora adversário Marcio Lacerda (PSB), prefeito e candidato à reeleição.
A possibilidade de transformar por meio de decretos um repasse “voluntário”, proibido no período de eleição, em repasse “obrigatório”, que é liberado, foi dada a partir de medida provisória editada pelo governo Lula – e depois convertida em lei – no ano anterior à campanha municipal de 2008. A justificativa era não prejudicar obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).
A lei eleitoral de 1997 barra os repasses “voluntários” três meses antes da votação a fim de evitar o uso da máquina em benefício de aliados nos Estados e municípios – neste ano ela passou a valer no dia 7. Exceções ocorrem quando a obra já está em andamento ou quando há situação de emergência ou calamidade pública.
Além da ampliação e modernização do Anel Rodoviário de Belo Horizonte, uma antiga promessa dos políticos mineiros, os seis decretos que abrem a brecha na lei eleitoral liberam investimentos em projetos relacionados a saneamento básico, urbanização de favelas e habitação popular. A mudança na classificação das despesas de “voluntárias” para “obrigatórias” também permite repasses de verbas da União mesmo que as prefeituras beneficiárias estejam inadimplentes.

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