quinta-feira, 28 de março de 2013

Brasil do Atraso

Li no blog da Veja (Reinaldo Azevedo) e resolvi resumir aqui o que horas de reflexão poderiam demonstrar nosso atraso em pequenos detalhes do cotidiano. Sim, já fabricamos aviões e exportamos pra mais de 18 países - Estados Unidos incluso, graças também ao pai do meu amigo Roberto Silva e tio da querida Tania Varella; o coronel Renato - recentemente falecido. Faltou uma sessão do Congresso Nacional pra homenagear este visionário e importante empreendedor brasileiro. Mas aquela casa está mais ocupada em fazer dinheiro para seus ocupantes do que trabalhar pelo desenvolvimento do Brasil, então já não me espanto mais...

Voltando ao assunto que me fez postar esta matéria, assim como temos tecnologia de ponta pra fabricar aviões, temos falta de quase tudo para as ações mais simples do nosso cotidiano. Faltam médicos nos hospitais públicos do Andaraí e Bonsucesso - algumas das unidades de transplante mais importantes do país - porque um profissional capacitado custa anos de aperfeiçoamento, mas quem quer trabalhar lá por R$ 2 mil mensais? Enquanto isso no Congresso um mensaleiro condenado, digo, parlamentar, recebe no mínimo R$ 25 mil todo mês.

A sutil comparação está na observação dessas reproduções artísticas clássicas com a última imagem, uma fotografia atualíssima... acompanhe e compare:
“Açougue”, de Pieter Aertsen (1508-1575)
“O Açougue” de Annibale Caracci (1569-1609)
”O Açougue”, de Annibale Passerotti (1529-1592)
David Teniers o Jovem (1610-1690), pintou o seu “Açougue”
“O Açougue” de Reinier Coveyin (1636-1674)
 
E agora, a imagem de 2013 - fotografia de Sérgio Dutti,
num matadouro de Vazante - Minas Gerais. É de arrepiar!

O Brasil tem uma das pecuárias mais desenvolvidas e produtivas do mundo. O próprio ministro é um grande e competente produtor, até onde se sabe. É evidente que o país não pode conviver com essas cenas de horror. O que se tem ali é uma óbvia ameaça à saúde das pessoas. Estabelecimentos que praticam abates nessas condições não podem ser autuados. Têm de ser fechados.
O ministro, que ganhou uma pasta num daqueles acordões do governo Dilma com o PMDB, não pode fazer de conta que a coisa não lhe diz respeito. Sustentar que ignorava a existência do abatedouro clandestino, com o qual sua empresa negocia, ofende a inteligência e os fatos. Absurdos como esse correm o mundo e depõem contra o bom produtor brasileiro, que nada tem a ver com o descalabro.
Não! Não é mentira... é real.

DESDOBRAMENTOS:
(1) Polícia fecha abatedouro. Veja AQUI;
(2) PPS quer explicações do Ministro. Veja AQUI.
 

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