segunda-feira, 10 de outubro de 2016

UBER x TAXI

Nesta minha rápida passagem pelo Rio de Janeiro para o batizado e primeiro aniversário da minha neta Giovana, usei e abusei do serviço de taxi. Fiz trechos como Leblon - Botafogo, Botafogo - Laranjeiras, Botafogo de uma ponta a outra, Botafogo - Leme, Botafogo - Santos Dumont...
Usei também o metrô (Botafo-Leblon e Centro-Tijuca-Centro) e até o VLT, do Santos Dumont até a Praça Mauá e depois no sentido inverso.

O VLT é uma excelente opção para quem se desloca pelo Centro, sentido Rodoviária - Aeroporto Santos Dumont e vice-versa. O trenzinho é lindo, limpo e a velocidade ideal para a região: rápido e eficiente, mas é caro! Você precisa comprar um cartão e carregá-lo com créditos de viagem. As máquinas não funcionam e já apareceu um 'agente' que vende o cartão e cobra pela carga numa maquininha portátil. Claro, embutida uma módica 'comissão'...
Chama a atenção a motocicleta que circula a frente do veículo, para 'espantar' os motoristas sem educação, que param nos cruzamentos sobre os trilhos e as pessoas que atravessam fora da faixa, se colocando em risco de serem atropeladas. Falta uma linha pela orla a partir do Aeroporto Santos Dumont até a Barra, seria um espetáculo. Como não teremos mais Copa do Mundo e nem Olimpíadas é provável que esta linha jamais seja construida. A interligação do Santos Dumont com o Aeroporto do Galeão, mais ainda... é muito necessária!

O metrô do Rio não me impressionou. Os novos trens são de qualidade inferior aos velhos trens da decada de 70, mais espartanos e com aparência de serem mais velhos que as antigas composições. A operação é de 'serviço público', não funciona nos finais de semana até a Barra (linha 4), só opera o trecho antigo. Fui de Botafogo até o Leblon e foi necessário trocar de trem no final do antigo trecho; que projeto ruim para uma cidade longitudinal, bastaria 'seguir em frente'. Também usei a linha do Centro até a Tijuca, a mais antiga. Quem quer seguir em direção a Pavuna precisa trocar de trem na estação Estácio ou Central do Brasil (não lembro se em ambas ou numa delas); o que faz sentido porque a direção da linha original é Tijuca. Mas uma linha para Niterói já passou da hora de existir, assim como para o Aeroporto do Galeão. Uma estação que fizesse a interligação de VLT para estes dois destinos seria espetacular!

Mas a tal mobilidade urbana decantada em prosa e verso pelos governantes (e alguns amigos cariocas), não tive o prazer de conhecer. As ruas estão 'travadas', congestionamentos gigantes em alguns lugares até depois das 22h em Botafogo foi 'normal'. E no final de semana!
Com o Waze indicando as melhores rotas, levei mais de uma hora do Leblon à Botafogo antes do meio-dia numa sexta-feira. No sábado as onze da manhã, tudo parado nas Laranjeiras. Um trecho de 5 minutos foi feito em quase meia hora. Maioria das ruas concedem estacionamento nos dois lados da via, ou seja: as ruas são para estacionar, não para circulação dos veículos. O conceito foi deturpado para a prefeitura arrecadar com estacionamento. Mas isso não é privilégio do Rio de Janeiro, está tudo desse mesmo jeito pelo Brasil inteiro.

Mas e quanto ao Uber e o Táxi?

Dá pra entender porque os taxistas estão desesperados: o serviço do Uber é infinitamente MELHOR e o custo para o passageiro fica 36,4% mais barato, em média! Muitas mulheres ao volante no Uber. Esta comparação eu fiz nas oito viagens que realizei pelo UberX em relação a duas de táxi. No domingo o preço do táxi dispara, chega a custar 100% mais caro, em razão da 'bandeira dois'. Em pelo menos duas situações tive que participar de 'leilão' no Uber, o que acresceu R$ 2,00 ao preço da minha corrida. Também notei que a turma do Uber Black faz corridas como Uber X, o carro que me levou ao Santos Dumont, na volta, era um Toyota Corolla novíssimo e versão luxo.
Entendo que estamos em uma fase de acomodação. Tem motorista Uber fazendo 'bico' pra aumentar a renda familiar, tem gente que não é do ramo e está testando o trabalho (carro alugado para conferir faturamento) e profissionais do táxi que migraram. Mas todos estão satisfeitos, não ouvi reclamação de movimento, mesmo com o fim das Olímpiadas. Uma observação foi recorrente: é preciso trabalhar com GÁS VEICULAR, senão a conta não fecha.

Aqui em Curitiba ainda não usei o serviço, mas pretendo testar nos próximos dias. Minha primeira impressão foi positiva, espero que o setor público não ponha sua 'mão grande' sobre o serviço e inviabilize a iniciativa cobrando taxa até para fiscalizar a operação.

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