terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Brasileiros Que Desenvolvem Aplicativos

Não faz muito tempo, qualquer coisa desenvolvida no exterior demorava uma eternidade pra chegar ao Brasil. Tem coisas que nunca chegaram pra valer, como por exemplo os telefones nos carros. Lembro que o primeiro aparelho celular que eu conquistei foi em 1994, depois de meses aguardando ser chamado pela operadora. Inventado em 1947, foi no início dos anos 80 que o celular "pegou" pra valer nos EUA. Mas só em 1990 chegou ao Brasil, inicialmente no Rio de Janeiro e depois Salvador.
A internet não foi diferente. Lembro dela funcionando mesmo a partir de 1994, mesmo assim era muito diferente da atual, tanto em velocidade como em utilidade.
Agora, estamos tão antenados que até desenvolvedores já estamos sendo, e dos bons. Jogos, softwares  e toda sorte de aplicativos tem brasileiro envolvido. Selecionei três casos, pra gente conhecer um pouquinho:

Brasileiro (de Blumenau-SC) está entre os finalistas do desafio do Google:

Um blumenauense que vive nos Estados Unidos é o único brasileiro selecionado em concurso da Google que vai escolher o melhor aplicativo desenvolvido por programadores de todo o mundo usando o Google Maps e dados públicos. São sistemas que têm como principal objetivo ajudar a comunidade.
Jonathan Kraemer desenvolveu o Enchentes.org. No endereço é possível saber quais os pontos de alagamento na cidade de acordo com o nível do Rio Itajaí-Açu. As informações são atualizadas automaticamente com base no banco de dados da prefeitura.
Além disso, o aplicativo conta com as funcionalidades usuais do Google Maps, como procurar por corpo de bombeiros, abrigos, supermercados, postos de combustível, postos da polícia. Também há a possibilidade de traçar rotas alternativas evitando as ruas alagadas.
O vencedor será definido por votação popular. Para votar, clique aqui, procure o aplicativo pelo nome e clique em “g+1”. Aproveite para conhecer mais de 40 aplicativos concorrentes, caso você esteja motivado à desenvolver o seu... Assista ao vídeo (em inglês) que explica o funcionamento do Enchentes.org.

Empreendedor cria rede social para jogadores amadores marcarem as tradicionais "peladas":

A dificuldade para achar novos companheiros para as tradicionais peladas inspirou o empreendedor Guilherme Castañon a criar a rede social Timecontra.com. É possível, por exemplo, montar seu time, desafiar adversários da mesma região e buscar jogadores para completar a equipe. Já um jogador solitário pode buscar times que se encaixam no seu perfil.
A rede ainda possibilita o planejamento de torneios, inclusão de ficha técnica e dos desenhos do escudo e uniforme do time. Já quem não tem um desenho personalizado pode criar seu próprio escudo na rede social.
Atualmente, a rede conta com mil usuários e 400 times, mas a meta é fechar 2013 com 100 mil usuários e 10 mil times. A rede social está em fase de pré-cadastramento e planeja a abertura dos desafios e interações a partir de quinta-feira, dia 20. Para colocar o projeto em prática, Guilherme investiu R$ 250 mil. E para ganhar dinheiro, a maior fatia deve ser de patrocínios. O projeto também não descarta a inclusão futura de conta premium e games sociais.
Início. A ideia do Timecontra.com surgiu da própria necessidade do empreendedor. Morador de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, Guilherme passou a infância jogando peladas com os amigos, mas o número de jogadores foi diminuindo com o tempo.
"Uns se mudaram, outros tiveram filhos e surgiram outros compromissos, outros estavam lesionados", conta. A situação piorou quando o empreendedor se mudou para Copacabana e não conhecia ninguém, situação que deu mais força para a criação da rede social. 
O Timecontra.com não está restrito aos jogadores de futebol. Também é possível encontrar praticantes de vôlei, basquete, handebol e rúgbi. O futebol tem a preferência de 70% dos usuários da rede, mas o rúgbi surpreendeu ao aparecer em segundo lugar, com 15, até agora.

Aplicativo brasileiro que custou R$ 15.000, auxilia os donos na localização de cães:
Andrea Giusti já trabalhava como voluntária em uma ONG que milita na adoção de animais domésticos quando foi visitar o Centro de Zoonoses de São Paulo. Lá, notou a quantidade de cartazes fixados por donos atrás de seus bichos perdidos, coisa que já vinha observando por meio de pedidos de ajuda em sua caixa de email ou em perfis que administrava nas redes sociais. Esse foi o estopim para a criação de seu primeiro negócio, o aplicativo Procura-se Cachorro, que entrou em operação no final de outubro.
A ferramenta, construída a partir do sistema de mapas e localização do Google, tem alcance em todo o Brasil. Permite o cadastramento de animais perdidos e encontrados, cruzando informações por meio de um robô, e envia alertas que podem ajudar na busca dos usuários.
“Que eu possa dizer com certeza, já tem um caso que ajudamos a resolver, em Belo Horizonte. Mas também já recebemos cinco emails de usuários pedindo para retirar o alerta de busca de seus cães do ar porque eles tinham encontrado os bichos”, afirma Andrea, que investiu R$ 15 mil na construção da plataforma e espera lucrar com a venda de publicidade.
Ramo promissor. Com um faturamento estimado em R$ 13,6 bilhões em 2012, o mercado que gravita em torno dos animais de estimação cresce na casa dos dois dígitos ao ano e, em proporção idêntica, atrai grande número de empreendedores.


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