terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Guerra no PDT

Lauro Jardim, articulista da VEJA escreveu no seu blog:


É ponto pacifico na bancada do PDT da Câmara que a imagem do atual líder do partido, André Figueiredo, anda mais do que queimada com Dilma Rousseff.
Mas nos tempos atuais (com a seca de cargos e emendas parlamentares), ser impopular no Planalto é o que vem garantindo o sucesso de Figueiredo com os colegas.
No início de de novembro, Brizola Neto apareceu na reunião da bancada do PDT na Câmara dizendo que levava a chave do cofre do governo na mão.
Aproveitando que Figueiredo estava em viagem á China, Brizolinha chamou um grupo de pedetistas a uma sala reservada e pôs as cartas na mesa: a partir de então, todas as emendas de deputados do PDT passariam por ele.
Afirmou que o Executivo só liberaria o dinheiro para quem votasse em João Dado para líder da bancada. O deputado que estivesse com Figueiredo ficaria a pão e água.
A um dos parlamentares, ofereceu o comando da secretaria regional do Trabalho no estado de origem do deputado. Oferta recusada.
Como chantagem nem sempre dá certo no Congresso, a movimentação de Brizolinha só ajudou a unir os deputados em torno de Figueiredo.
Se o clima na bancada do PDT da Câmara já era dos piores com a movimentação de Brizola Neto, a coisa piorou muito. Na semana passada, o governo determinou o congelamento de várias emendas de parlamentares pedetistas, algumas delas já empenhadas.
André Figueiredo então resolveu reagir. Reuniu-se com Ideli Salvatti na sexta-feira e ouviu que o contingenciamento era, sim, uma retaliação, mas não tinha qualquer relação com a briga pela liderança.
Segundo Figueiredo, Ideli colocou a punição à bancada na conta de Giovani Queiroz, que vem causando problemas ao Planalto com sucessivas obstruções na Comissão Mista do Orçamento (CMO). Figueiredo diz que, apesar de tudo, saiu do encontro esperançoso. Atribui à Ideli a promessa de liberação das emendas.
Resta saber se Brizola Neto está sabendo disso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário