sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Tomando no TCU

Eu aqui na minha 'santa ignorância' não entendo: PORQUE o tal dono da UTC que fez DELAÇÃO PREMIADA não é chamado a depor e alguém (pode ser até o carcereiro 'japonês' da Federal) não pergunta pra ele: VOCÊ PAGOU O CARA?
- Paguei! ou
- Não paguei!
Fica a história restrita ao " - Veja bem..." e se arrastando por meses, vai durar anos, enquanto o juiz (juiz?) permanece no TCU e no STJ julgando, 'cagando' sentenças que não se sabe se são suas (do direito) ou compradas.
É do balacobaco! Lendo o artigo do articulista Josias de Souza, a seguir, a gente pensa: Eles não tem cara-de-pau, o que eles tem é cara-de-aço. E o pior: NINGUÉM (Ministério Público, Ministério da Justiça, Imprensa, STJ, STF, N-I-N-G-U-É-M) SE MANIFESTA CONTRA ESTA SITUAÇÃO OU SIMPLESMENTE IMPEDE QUE CONTINUE.
O ministro Raimundo Carreiro, do Tribunal de Contas da União, desempenha no momento dois papeis incompatíveis. No TCU, ele é o relator do acordo de leniência que a empreiteira UTC negocia com o governo. No STF, Carreiro é investigado por suspetia de ter recebido propina de Ricardo Pessoa, dono da UTC. Deve-se a informação ao repórter Vinicius Sassini.
Acordo de leniência é o nome técnico da delação premiada feita por empresas. Apontado como coordenador do cartel de empreiteiras que pilhou a Petrobras, Ricardo Pessoa reivindica o acerto para que sua construtora volte a celebrar contratos com o governo. Faz isso depois de já ter virado delator como pessoa física. Foi nessa condição que ele mencionou o nome de Raimundo Carreiro em depoimento à força-tarefa da Operação Lava Jato.
Ricardo Pessoa contou aos investigadores que pagou mesada de R$ 50 mil mensais ao advogado Tiago Cedraz. Vem a ser filho do presidente do TCU, Aroldo Cedraz. Segundo o delator, os pagamentos eram feitos em troca de informações privilegiadas sobre um processo que corre no TCU. Refere-se às obras da usina Nuclear de Angra 3, tocadas por um consórcio de empresas que incluiu a UTC. Negócio de R$ 1,75 bilhão. O relator do caso é Raimundo Carreiro.
O dono da UTC acrescentou que Tiago Cedraz lhe pediu uma propina de R$ 1 milhão, em dinheiro vivo. Na interpretação do empreiteiro, a verba destinava-se a Raimundo Carreiro. Acionado, o Supremo Tribunal Federal autorizou, em junho de 2015, a abertura de um inquérito sigiloso para investigar o ministro Carreiro e o advogado Cedraz. No mês seguinte, Carreiro virou relator do acordo de leniência da UTC.
Carreiro foi procurado pelo repórter na tarde desta quinta-feira. Aparentemente, caiu-lhe a ficha: “A relatoria foi sorteada para mim. Em 2 de julho, proferi um despacho, com anuência do Ministério Público junto ao TCU, com a definição de que as duas primeiras etapas seriam analisadas uma única vez. Vou me declarar impedido. Não tenho nenhum problema, mas, por estar no foco, vou me declarar impedido.”
O ministro prestou depoimento à Polícia Federal em outubro de 2015. Disse ter encontrado Tiago Cedraz em duas escassas ocasiões: nos casamentos do advogado e da irmã dele. Negou ter recebido, por intermédio de Cedraz ou de terceiros, dinheiro para ajeitar o julgamento do processo sobre Angra 3 aos interesses da UTC.

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