segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Maquiagem Sem Fronteiras

A MAQUIAGEM promovida pela Prefeitura do Rio na favela Caminho do Zepellin, no Rio de Janeiro, para a visita-propaganda de 'Diuma' travestida de combatente do Aedes aegyPTi, neste sábado, foi como uma fotografia do descaso que o Estado dedica as 'comunidades' e, por isso mesmo, quem domina tudo são os traficantes.
“Começaram a fazer coisas que nunca fizeram aqui”, estranhou a dona de casa Diana Amorim Gonzalez, que contraiu zika há um mês.
“Até sofá velho que estava aí largado há muito tempo eles tiraram”, disse Vani Pereira, diretora de uma escola particular de ensino fundamental."
O governo deveria estudar a criação de um programa novo, o ‘Maquiagem sem Fronteiras’. A experiência não pode ficar restrita a uma favela carioca. Em vez de gastar dispersivamente com saúde e saneamento básico, o Tesouro aplicaria o dinheiro num grande projeto de camuflagem. Não elimina o mosquito. Mas, com uma generosa camada de blush, pode-se revolucionar a aparência dos doentes.
Numa segunda fase, o programa pode distribuir um kit de maquiagem para todos os brasileiros. Conteria base branca para tingir o rosto, batom para a pintar a boca engraçada e uma bola vermelha para realçar o nariz. Por último, o Planalto lançaria uma campanha na internet:
#somostodospalhacos

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