quinta-feira, 28 de abril de 2016

O 17 (novos) Corruptos Denunciados

A Força Tarefa Lava Jato apresentou nesta quinta-feira (28), em coletiva de imprensa, na sede do Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba, novas denúncias contra investigados na operação. As denúncias são relacionadas a 23ª fase, chamada de Acarajé, e a 26ª fase, a Xepa.
Na Operação Acarajé, a Força Tarefa investigou pagamentos feitos ao marqueteiro de campanhas do Partido dos Trabalhadores (PT), João Santana. Na Xepa, o alvo foi o departamento da empreiteira Odebrecht que seria responsável pelo pagamento de vantagens ilícitas a servidores públicos. Os dois processos foram devolvidos na semana passada ao juiz Sérgio Moro, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).

LISTA DE DENUNCIADOS:

DENÚNCIA I

1) Zwi Skornicki
2) Pedro José Barusco Filho
3) Renato de Souza Duque
4) Monica Regina Cunha Moura
5) Joao Cerqueira de Santana Filho
6) João Vaccari Neto
7) José Carlos de Medeiros Ferraz
8) Eduardo Costa Vaz Musa

DENÚNCIA II

1) Marcelo Bahia Odebrecht
2) Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho
3) Luiz Eduardo da Rocha Soares
4) Fernando Migliaccio da Silva
5) Maria Lucia Guimarães Tavares
6) Angela Palmeira Ferreira
7) Isaias Ubiraci Chaves Santos
8) Monica Regina Cunha Moura
9) João Cerqueira de Santana Filho
10) João Vaccari Neto
11) Olívio Rodrigues Junior
12) Marcelo Rodrigues
Entre os investigados citados pelo MPF estão o marqueteiro João Santana e a esposa Mônica Moura. Além deles, na lista, o operador de propinas Zwi Skornicki também é citado. Os três já foram denunciados pelo MPF em março, mas como a denúncia ficou suspensa com o envio do processo ao Supremo Tribunal Federal (STF), agora ela pode ser reapresentada.
Agora, a lista de denunciados seguem para a Justiça Federal e o juiz Sérgio Moro decide se aceita, ou não, essas denúncias. Caso elas sejam aceitas, os investigados passam a ser réus no processo.
Na outra denúncia, relacionada a empreiteira Odebrecht, denunciou o então presidente do grupo Marcelo Odebrecht, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari e, novamente, João Santana e a esposa Monica Moura. Essa é a terceira acusação contra Marcelo Odebrecht envolvendo o casal.
As investigações contra Odebrecht avançaram após a delação premiada da ex-funcionária da empreiteira Maria Lúcia Tavares, que trabalhava no setor investigado. Na delação, Maria detalhou o funcionamento e a operação do setor que era destinado ao pagamento de propina para agentes públicos. Após a prisão de Marcelo Odebrecht, o setor foi desestruturado e os diretores envolvidos foram enviados ao exterior para dificultar as investigações, afirma o MPF.

OPERAÇÕES

Em março, Moro decidiu enviar os processos decorrentes das Operações Acarajé e Xepa por conta da lista que trata dos pagamentos feitos pela Odebrecht a políticos, vários deles com foro privilegiado. Como o processo era público, o material chegou a ser divulgado na imprensa. Mas, em seguida, o juiz colocou a lista em segredo de Justiça e remeteu o processo ao STF.
Entre os investigados presos na Operação Acarajé (23.ª fase), deflagrada em 22 de fevereiro, estão o publicitário João Santana e a esposa, Monica Moura, que trabalharam no marketing de várias campanhas eleitorais, principalmente do PT, e o empresário Zwi Skornicki, apontado como operador de propina em contratos da Petrobras.
Os três já foram denunciados em março pelo Ministério Público Federal. Mas como a denúncia ficou suspensa com o envio do processo ao STF, ela pode ser reapresentada. A investigação se concentrou em transferências financeiras não declaradas de cerca de US$ 7,5 milhões para o publicitário e a esposa, por meio offshores ligadas ao Grupo Odebrecht e a Zwi Scornick.
Na operação, foram apreendidas as planilhas com os nomes dos políticos que receberam doações da Odebrecht. Elas estavam com o presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa da Silva Júnior.
Na Operação Xepa (26.ª fase), deflagrada em 22 de março, a força tarefa investigou o Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, mantido por aproximadamente seis anos para supostos pagamentos de propinas e operação de caixa dois.
A investigação é uma decorrência da operação Acarajé. Entre os investigados, está o executivo da Odebrecht Hilberto Mascarenhas da Silva Filho, considerado o líder do setor de contabilidade paralela da empreiteira.
Fonte: ParanáPortal

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