A menina Alice acorda de um pesadelo e pergunta ao pai se ficou maluca. Ele mede sua febre carinhosamente e dá o diagnóstico: sim. “Mas deixe eu te contar um segredo: as melhores pessoas são”; ele diz.
A cena é uma das tantas que recheiam o filme Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton, em que o diretor pode colocar para fora seu amor pela excentricidade. O escuro e macabro é o belo, a loucura é a sanidade, não se encaixar é superar os limites da sociedade. E para que você não se perca em toda essa inversão do senso comum que permeia o novo filme da Disney, DAVINIANAS adaptou este manual das referências que levaram Alice às telas.
Alice Carroll, a Alice de Tim Burton
A nova versão de "Alice" contrasta com um arquivo disponível na internet. Trata-se da primeira versão cinematográfica da história: um curta-metragem produzido em 1903 pelos diretores Percy Stow e Cecil M. Hepworth. A atriz May Clark interpretou a protagonista.
Na versão atual, protagonizada por Mia Wasikowska, Alice volta ao "país das maravilhas" que havia visitado quando criança; agora uma adolescente pálida, com olhos fundos e olheiras escuras, cabelos despenteados, luvas listradas de preto e branco.
E, acredite, não é só no visual que ela tem a cara do diretor Tim Burton (Edward, Mãos-de-Tesoura; Batman, o Retorno; A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça). Nesta versão, ela não é mais uma criança, mas uma jovem esquisita de 19 anos que não se encaixa em lugar algum. O diretor chegou a declarar, durante a divulgação do filme: "Ela não se encaixa no mundo nem na idade que tem. Há uma certa tristeza em Alice, e eu me identifico muito com ela ".
O pai de Alice
A grande inspiração de Alice, e o homem que a ensina que “as melhores pessoas são meio malucas”, é seu pai Charles. O nome do personagem é uma homenagem a outro “pai” de Alice, o autor de Alice no País das Maravilhas, Lewis Carroll, que na verdade se chamava Charles Lutwidge Dodgson.
A rainha de Copas
Em seu livro, Carroll teve o cuidado de relacionar os símbolos das cartas de baralho com sua função na sociedade. As cartas de espadas (que no inglês são “spades”, que significa “pá”) são jardineiros.
As de paus, que no inglês é sinônimo de “porrete”, são soldados.
As de ouro são membros da corte e as de copas (no inglês “coração”) são as crianças reais. Seguindo essa lógica, a rainha de “coração”, explicou Carroll mais tarde, “é a incorporação da paixão desgovernada”.
A época, os costumes
Alice está imersa na sociedade vitoriana do Reino Unido. Chama-se Era Vitoriana o período que vai de 1837 a 1901, durante o qual o país foi governado pela Rainha Vitória.
A época é marcada por paz, expansão do Império Britânico, desenvolvimento industrial e surgimento de novas invenções. Com os lucros da indústria, uma grande classe média teve a oportunidade de se educar e a Inglaterra deu uma guinada para o liberalismo e ampliação do direito de votar. Apesar disso, a elite dessa sociedade é conhecida por ser extremamente austera, formal e frívola, como você pode perceber nas cenas iniciais do filme.
Chapeleiro Maluco
Enquanto Johnny Depp desenvolvia seu personagem, descobriu que os chapeleiros da época normalmente sofriam de envenenamento por mercúrio.
A cola que eles usavam para fazer cartolas tinha um alto teor da substância – e o efeito de deixá-los "lelés da cuca".
Depp achou que todo o corpo do personagem devia estar afetado pelo mercúrio, não só sua mente, e, por essa razão, o Chapeleiro ganhou cabelos cor de laranja.
Assim como no caso de Mia Wasikowska, também não foi muito bem recebida a interpretação de Jonhnny Deep pela crítica publicada na Folha de S. Paulo desta sexta-feira, 23 de Abril. Mas, de qualquer forma, não há uma condenação impeditiva que leve você a deixar de assistir o filme.
Mundo Subterrâneo
Para criar o visual sombrio do Mundo Subterrâneo, a equipe de Tim Burton se inspirou principalmente em uma fotografia da Segunda Guerra Mundial que mostrava uma família britânica tomando chá do lado de fora de sua casa.
“Ao fundo dava para ver as construções de Londres, tudo bastante caótico”, diz o diretor de arte Todd Cherniawsky. “Isso alimentou o arco do Mundo Subterrâneo como um mundo muito contido, deprimido e com uma gama de cores desbotadas”.
Detalhe: aqui fala-se de Underland e não de Wonderland. A explicação de Burton (que não fica muito explícita no filme) é a de que Alice teria entendido errado quando criança e trocado “under” (subterrâneo) por “wonder” (maravilha). Muito confuso pro meu gosto!
Tweedledee e Tweedledum
Uma das cenas mais ricas em referências do filme é a cena da batalha final. Vale reparar em duas coisas: o chão onde a batalha acontece é uma imitação de um tabuleiro de xadrez e o exército da rainha branca luta com armaduras de peças do jogo.
3D não é para todos
Finalmente, se você for ao cinema ver Alice e não conseguir enxergar nada além de fantasmas (imagens duplas), e ainda, sentiu a mesma sensação assistindo Avatar, procure um oftalmologista. Você pode ser um entre os 2 a 3% da população que sofre de ambliopia.
Essa deficiência acontece quando um dos olhos se desenvolve menos que o outro devido a alguma perturbação.
Mas não se apavore, afinal o astro Johnny Deep e até o gênio da pintura Rembrandt, foram diagnosticados com ambliopia, portanto . . .
Qta saudades de vc meu amigo!!!!
ResponderExcluirAchei q vc tinha abndonado a gente di vez.
To muito feliz mesmo di poder ler seus posts novamente e ver como vc esta mais engraçadinho, rsrsrsrss
Otimo dia pra vc!
Adorei seu blog!!
BjinhoOOos
*desculpa se te deu um esparrama, rsrsrss..
ORA, ORA, ORA
ResponderExcluirENTÃO VC EVOLUIU...
COMO UM POKEMON NÉ!
VEIO BLOGAR NA ELITE HEIN!
NÉ Q TA BUNI TINHO O BLOG
NÓS, AINDA TAMO NAKELA DE SPACEBLOG
V SE NAUM ESKECE OS AMIGOS
SUCESSO NA NOVA CASA
PARA SEMPRE QU4TRO!