ORGULHO DE SER MESÁRIO?

As eleições estão quase na porta . . . E com elas a tal convocação para "mesário". Vocês já assistiram a campanha publicitária da Justiça Eleitoral, fazendo crer que ser mesário é motivo de orgulho, que a gente é responsável pela democracia se for mesário com um sorriso nos lábios e toda aquela papagaiada?

Eu assistí e tive ânsia de vômito . . . o que é um sintoma de pré-infarto!

Nós já somos obrigados a votar, porque se deixam por conta do nosso povo despolitizado, vão aparecer por lá só os que querem um "carguinho" pra ficar na vida mansa. Ou você vai querer me convencer de que vai deixar de curtir um dia de lazer pra ficar lá na fila de votação?

Nossa falta de educação, de politização, de consciência política e da necessidade que temos de votar certo é tanta, que está refletida no nosso poder legislativo e judiciário, senão vejamos:

• Mantém vigente, numa "democracia", a obrigatoriedade do voto;
• Convocam, e não convidam voluntários, para trabalhar nas eleições gratuitamente;
• Penalizam os que se recusam a fazer algo que deveria ser um desejo, uma opção . . .

O povo elege neste país, mais de 25 governadores, mais de 80 senadores, mais de 1.000 deputados e mais de 5.000 prefeitos; sem contar os milhares de vereadores. Estes caras não fazem absolutamente NADA interessante, além de receberem um salário absurdamente alto, fora da realidade do mercado de trabalho normal; ganham mordomias e privilégios, colocando-se ACIMA dos cidadãos trabalhadores e que pagam impostos absurdamente altos que vão pagar religiosamente estes salários absurdamente altos destes picaretas.

Estes caras não são processados durante os seus mandatos, ficam imunes à legislação que regula a população; nomeiam parentes, amigos e outros canalhas que vão ficar "mamando" o dinheiro dos impostos pagos pelo povo e não trabalham obrigatóriamente nas eleições. Para isso, a Justiça Eleitoral convoca cerca de 1,6 milhão de cidadãos, sem pagar um único centavo, para ficarem lá um dia inteiro a disposição para eleger estes cretinos.

Minha proposta é a seguinte:

- Se for convocado, se recuse! Pague a multa, ou vá à um posto de saúde e desmaie . . .

- Ao votar, escolha um candidato que NUNCA foi eleito pra nada, nem síndico . . .

Assim, vamos instaurar um CAOS na administração pública, já que ninguém vai saber o que fazer, não saberão como roubar, e a vida correrá sem a intromissão destes panacas!

Porque, enquanto você está recebendo um "santinho" pra reeleger o fulano, eles estão lá no plenário discutindo:

- Pra quem (qual amigo, parente) dar o cargo tal, no ministério tal, sem precisar trabalhar;

- Quem (financiador de campanha, amigo, parente) eles vão homenagear com a medalha de mérito tal, ou o título de cidadão honorário, ou o nome da rua, praça ou instalação pública;

- Qual é o melhor horário para transmitir jogo de futebol pela televisão (a câmara da cidade de São Paulo e a Assembléia Legislativa de São Paulo, estão promovendo "audiências públicas" para chegar a uma conclusão);

- Quem, dentre eles, vai ficar com a concessão de operação da rádio tal na cidade tal, bem como os canais de televisão;

- Quanto vai ser o novo salário do Presidente da República, afinal, com isso, fica estabelecido o efeito "cascata" que vai determinar o salário destes canalhas todos;

- Inúmeras outras inutilidades (pra nós) mas de muita conveniência (pra eles); como por exemplo: de quanto será o "mensalão" a ser pago pelo poder executivo para que eles votem a favor dos projetos do presidente, do governador ou do prefeito.

Enquanto isso, ficam engavetados os projetos:

- Reforma fiscal e tributária, para equalizar os impostos e tornar mais justa a arrecadação e distribuição dos recursos por todo o país (parado a quase 20 anos);

- Reforma adminsitrativa e trabalhista, para enxugar a máquina do estado e diminuir o "custo Brasil", proporcionando mais investimento, melhorias de infraestrutura e avanço economico (mais de 30 anos sem uma definição, no caso da lei trabalhista utilizamos a mesma do tempo de Getúlio Vargas);

- Reforma do poder judiciário, que desde 1940 utiliza as mesmas leis, entupindo as cadeias e penitênciárias com ladrões de galinha e sem penalizar as máfias, o crime organizado e os "poderosos"; como a gente está cansado de ver . . .

Era isso, o que eu estava pensando . . .