domingo, 30 de maio de 2010

Senado Federal: Você sabia?

Em 2009, depois dos escândalos que quase derrubaram o Presidente do Senado, José Sarney; foi encomendado à FGV - Fundação Getúlio Vargas, uma reestruturação do Senado Federal. O custo deste trabalho? R$ 250.000,00.
A proposta da FGV falava em reduções, como o de 2.034 para 1.229 funcionários; limite máximo de 25 servidores por gabinete e redução de 40,3% na estrutura dos servidores com custo mensal de R$ 3 milhões, passando para R$ 1,8 milhões mensais.

A FGV deixou o país incrédulo ao constatar que haviam 181 diretorias (mais que o número de senadores eleitos) e sugeriu reduzi-las drasticamente para 7; número que só grandes conglomerados da iniciativa privada com 20, 30 mil empregados apresenta no seu quadro diretivo.

A proposta da FGV não agradou ao Senado, mais particularmente aos seus funcionários, que formaram um grupo de trabalho e apresentaram sua própria proposta. Depois disso, uma nova comissão de senadores foi formada e uma terceira proposta apresentada. Em Fevereiro deste ano, uma nova subcomissão de senadores foi designada para, afinal, dar uma sugestão definitiva que pudesse ser votada e aprovada. Note que estamos no meio de 2010.

Esta subcomissão encontrou algumas situações, no mínimo curiosas, para um trabalho desse tipo: as funções gratificadas da casa, saltaram de 436 para 1.229; as diretorias que passariam de 181 para 7, agora seriam 10; o limite de 25 funcionários por gabinete está agora em 79; além dos cargos em comissão que passaram de 623 para 690.

Conclusão: "melhor chamar a FGV para fazer um estudo e dar um parecer", concluiu a tal subcomissão. Custo do (re)trabalho: R$ 800.000,00.

Já na outra casa, na Câmara Federal, a semana começou com um novo "pacote de bondades", agora com reajustes salariais para funcionários públicos federais. O Governo está, neste ano de eleições, com dois grandes "abacaxis" para descascar: vetar ou não a lei que acaba com o fator de correção para os aposentados e este aumento para os seus funcionários. A saída vai ser conceder "abonos", pois isso tem validade apenas neste ano e fica para o próximo governante, a ser eleito, a solução definitiva do problema.

Enquanto isso, no "mundo real", o Brasil apresentou QUEDA de entrada de dinheiro estrangeiro para investimentos no nosso setor produtivo. Foi de 55% a queda dos investimentos, comparando ABRIL 2010 com o mesmo mês de 2009. Lembrem-se que 2009 foi o "ano da crise mundial". No acumulado do ano, a queda foi de 20% nos investimentos.

Nossos deputados e senadores servem PRA QUE mesmo?

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