sábado, 10 de julho de 2010

Política Nossa de Todo Dia

Semana passada, o PSDB registrou seu programa de governo no TSE, atendendo assim a lei eleitoral. O PT, cerca de 24h depois de registrar também o seu programa, mudou e remendou; atendendo exigências do seu aliado PMDB.
Estes partidos, agora, estão "legalizados" e podem concorrer com Serra e Dilma, à presidência da república do Brasil; em Outubro.
Mesmo que a candidata Dilma (PT) tenha declarado que "rubricou" todas as folhas do seu programa de governo, mas não leu.

Você já viu alguém ser eleito e DESTITUÍDO do cargo porque não cumpriu o tal "programa de governo" EXIGIDO pela justiça eleitoral?
Não viu porque NUNCA HOUVE esta situação!

Oras bolas! Pensando aqui com meus botões: um país cheio de problemas, onde não se respeita nada nem ninguém; como pode ter uma lei eleitoral cheia de "salamaleque" se não COBRA depois?
Vamos aos exemplos só desta semana:

- Apenas nos três primeiros dias de julho, o governo empenhou (autorizou para pagamento futuro) R$ 574,4 milhões em emendas de parlamentares e de bancada do Orçamento da União de 2010. Isso representa 38% do total de empenhos para essa finalidade em todo o ano de 2010, que até o momento já atingiu a marca de R$ 1,487 milhão, e é praticamente o mesmo valor empenhado em todo o mês de junho. A corrida pelo empenho visa a garantir recursos orçamentários para novas obras e projetos, que não podem ser contemplados no período oficial da campanha.

- A divulgação da previsão máxima das despesas de campanha dos presidenciáveis José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) levaram ambos os lados a justificarem suas cifras. O candidato tucano afirmou que seus gastos, orçados em R$ 180 milhões, são necessários para se contrapor à "mobilização da máquina" do governo federal. Dilma, por sua vez, não fez avaliações sobre a estimativa. Sua pré-campanha foi criticada por arcar com despesas de jatos particulares, maquiadora pessoal e aluguel de casas de luxo em bairro nobre de Brasília para abrigar sua equipe.

- O ministro Celso Amorim deu uma resposta padrão para as críticas em relação à visita de Lula a Guiné Equatorial dirigida pelo ditador Obiang Mbasogo: disse que "negócios são negócios". De fato, são. Mas a diplomacia sabe também que gestos são gestos. Uma coisa é visitar, outra é acolher na Comunidade de Língua Portuguesa um país que sequer fala o português. Quando convém, o governo Lula usa um dos três argumentos: da frieza comercial (Guiné Equatorial), da boa influência brasileira sobre maus governos (casos do Irã e Argélia), ou da não interferência em assuntos internos (quando o problema é em Cuba e Venezuela).

- Além de algumas concessões para atender a pressões por novos reajustes para os servidores do Legislativo e do Judiciário, o Congresso aprovou e o presidente Lula sancionou, nesses seis primeiros meses do ano, a criação de 37.101 cargos e funções comissionadas nos três poderes da República. O impacto dessas novas vagas é de R$ 1,94 bilhão ao ano, quando todas forem preenchidas — o que depende, na maioria dos casos, de realização de concursos. Na primeira metade do ano eleitoral, transformaram-se em lei 19 projetos criando novas vagas. No governo Lula, desde 2003, já foram criados 265.222 vagas, sendo 219.022 cargos (concursados) e mais 46.200 funções comissionadas.

- Os estudos geológicos para aferir o custo do trem-bala entre SP e Rio foram insuficientes e teriam que ser refeitos. Há custos subestimados e outros superestimados e, por isso, é impossível saber quanto custará a obra, segundo relatório do TCU (Tribunal de Contas da União). Ainda de acordo com o TCU, apenas 4,4% da quantidade mínima de sondagens para estimar o preço da obra foram realizados. Mesmo assim, o tribunal aprovou os estudos de viabilidade do trem-bala feitos pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). A ANTT estimou a obra em R$ 21 bilhões, 63% do total do projeto (R$ 33,1 bilhões). Nesta semana sairá o edital de licitação da obra.

Vai dizer que tudo isso estava descrito no tal PLANO DE GOVERNO do Presidente Lula lá atrás, quando foi eleito?! Tá . . . me engana que eu gosto!

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